O envelhecimento e as dores na coluna

A coluna vertebral pode ser comparada a um pilar de sustentação, do qual todo o organismo depende. Se ela não estiver bem, o corpo todo pode padecer. Com o passar dos anos e o envelhecimento das células, a coluna também está sujeita a diminuir a resistência, ser acometida de doenças e desencadear dores em outras partes do corpo.

A discopatia degenerativa, por exemplo, apesar de não ser propriamente uma doença, se refere a uma alteração normal que ocorre nos discos intervertebrais por conseqüência do envelhecimento e precisa de cuidados. Em alguns casos, a discopatia degenerativa pode apresentar sintomas bastante similares aos de uma Espondilite Anquilosante, ou seja, uma inflamação nas vértebras. As alterações que ocorrem nos discos podem resultar em dores no pescoço ou nas costas, além de osteoartrite e hérnias de disco. No entanto, o surgimento e a intensidade das dores pode variar de pessoa para pessoa e de acordo com o local da coluna vertebral afetado.

O médico ortopedista e traumatologista, Joaquim Reichmann explica que se o disco afetado estiver na região do pescoço, os sintomas podem incluir dores cervicais ou no braço. Se a dor for na região inferior da coluna, o paciente pode apresentar dores lombares, nas nádegas ou nas pernas e ainda dormências nos membros. “Independente do caso, uma tendência é a dor piorar com os movimentos de flexão e de extensão da coluna, como por exemplo, se abaixar para amarrar um cadarço ou se esticar para pegar algo em local mais alto”, acrescenta.

O médico orienta que se o paciente, em idade avançada, apresentar um destes sintomas deve procurar um especialista para identificar quais as causas da dor e, sendo discopatiadegenerativa, avaliar o estágio que se encontra. Os principais exames solicitados são radiografias, cintilografias, tomografias computadorizadas e ressonância nuclear magnética da coluna vertebral.

Reichmann aponta que o envelhecimento causa uma perda significativa do conteúdo líquido dos discos invertebrais, ocasionando a diminuição da capacidade amortecedora, da espessura dos discos e da distância entre as vértebras. A aproximação entre as vértebras provoca a instabilidade da coluna vertebral que tende a ser compensada pelo organismo através da formação de pontes ósseas, chamadas de osteófitos. Estas pontes acabam pressionando as raízes nervosas ou a própria medula, provocando dor e comprometendo as funções do nervo afetado. “O risco de apresentar discopatia degenerativa é mais freqüente em pessoas que fumam, que executam trabalhos com sobrecargas de peso e em pessoas obesas” alerta o médico.

Para o tratamento são necessárias compressas frias ou quentes, comprimidos ou injeções de antiinflamatórios, que podem ajudar a aliviar o desconforto, cirurgias, fisioterapia ou alongamentos. No entanto, o médico Joaquim Reichmann enfatiza que “nenhum procedimento deve ser feito sem orientação e acompanhamento médico”.

Por:
Marcos A. Bedin
Registro jornalista profissional MTb SC-00085-JP
MB Comunicação
Assessoria de Imprensa
(49) 3323-4244, (49) 9967-4244
mb@mbcomunicacao.com.br
Av. Getúlio Vargas, 870-N, sala
89801-901 Chapecó (SC)