4 de abril de 2012

Portal orienta sobre agricultura de baixo carbono

Entre os meses de julho de 2011 e fevereiro de 2012, o número de contratações registradas por meio do programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) cresceu e atingiu R$ 501,2 milhões. Os dados mostram que os empreendedores rurais estão cada vez mais buscando alternativas sustentáveis para a produção, visualizando através das boas práticas agrícolas melhores resultados para as atividades no campo. No entanto, a procura poderia ser ainda maior se os produtores rurais buscassem orientações para elaborar projetos voltados a atender as exigências dos financiamentos, avalia o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.

Com a intenção de auxiliar produtores na elaboração de propostas ao Programa ABC, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) disponibiliza um portal com todas as informações e orientações necessárias: www.canaldoprodutor.com.br/agriculturabaixocarbono. Nesse endereço eletrônico também está à disposição o Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono.abc

De acordo com Pedrozo, os empreendedores rurais catarinenses devem visualizar nessa ação uma oportunidade para modernizar as atividades agropecuárias, agregar investimentos para a propriedade e aumentar a produção sem causar prejuízos ao meio ambiente.

O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que o total financiado para custeio, investimento e comercialização no país foi de R$ 70,7 bilhões nos últimos meses. A agricultura empresarial aplicou R$ 61,7 bi no mesmo período. “Há recursos disponíveis e também existem milhares de soluções que contribuem para a modernização do campo, com ações eficientes e ecologicamente sustentáveis. Nosso papel é mostrar o caminho aos produtores, para que tenham acesso aos benefícios”, enfatiza o dirigente.

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, entende que o desafio é evoluir das práticas convencionais para uma agricultura de baixa emissão de carbono, sem deixar de proporcionar renda aos agricultores e alimentos de qualidade e baratos para a população. “Os produtores brasileiros estão preparados para enfrentar esse desafio e elevar a agropecuária nacional para um novo patamar de sustentabilidade”.

O Programa prevê a redução de emissão de gases de efeito estufa na agricultura (Programa ABC) através do financiamento de práticas e tecnologias adequadas e também de sistemas produtivos eficientes. Além disso, garante ao produtor maior capacidade de pagamento, pois o crédito é oferecido com prazos de carência e de pagamento diferenciados, além de taxas de juros mais baixas.

O limite de crédito é de R$ 1 milhão por beneficiário e por ano-safra, independentemente de outros créditos que o produtor ou cooperativa tenha recebido ao amparo de recursos controlados do crédito rural. A taxa de juros é de 5,5% ao ano.

Os recursos são acessados nas agências do Banco do Brasil em todo País. No entanto, as propostas precisam atender aos objetivos do Programa e devem ser acompanhadas de documentação e projeto técnico específicos. O Banco do Brasil possui quadro técnico habilitado para analisar o projeto quanto ao enquadramento e a viabilidade técnico-agronômica.

Os projetos devem ser voltados à recuperação de áreas e pastagens degradadas; implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária; melhoria de sistemas de plantio direto na palha e de integração lavoura-pecuária, lavoura-floresta, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta.

Além disso, objetiva a implantação, manutenção e manejo de florestas comerciais, inclusive as destinadas ao uso industrial ou à produção de carvão vegetal; adequação ou regularização das propriedades rurais frente à legislação ambiental, recuperação da reserva legal, de áreas de preservação permanente e o tratamento de dejetos e resíduos, entre outros, além da implantação de planos de manejo florestal sustentável.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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1 de abril de 2012

190 anos do nascimento de Fritz Müller

Nascido em uma pequena aldeia da Alemanha em 1822, aos 22 anos o jovem Johann Friedrich Theodor Müller obteve o título de Doutor em Filosofia pela Universidade de Berlim. Em 1849 concluiu o curso de Medicina na Universidade de Greifswald, mas não colou grau, por se negar a proferir as palavras cristãs contidas no juramento. Em 1852 emigrou com familiares para a recém-fundada Colônia de Blumenau, no Vale do Itajaí, e em 1856 partiu para Desterro (atual Florianópolis), naturalizando-se brasileiro para assumir cargo público de professor no Liceu Provincial (antigo Colégio Jesuíta, atualmente representado pelo Colégio Catarinense).

É nesse momento que inicia o período mais produtivo da obra científica de Fritz Müller. Em Desterro o naturalista tem seu reconhecimento internacional entre a comunidade científica. Ele mantém correspondência com eminências científicas da época, como Max Schultze, Herman von Ihering, August Weismann, Louis Agassiz, Ernst Haeckel e em especial com Charles Darwin (cuja extensa e contínua correspondência se estende por 17 anos, até a morte de Darwin). A história de Fritz Müller completou neste sábado, dia 31 de março, 190 anos, desde o nascimento na Alemanha.

Um site está sendo construído por um grupo de professores da Universidade Federal de Santa Catarina envolvidos com a divulgação da obra do naturalista. O site organiza informações sobre a história, a vida, a obra, as principais homenagens póstumas e os escritos de Fritz Müller, cientista mundialmente conhecido pela concepção do fenômeno mimetismo mulleriano, estudado em todo o mundo.FritzMuller

Fritz Müller foi pioneiro ao publicar, em 1864, o primeiro livro no mundo em apoio à teoria evolutiva de Darwin, com provas factuais obtidas em estudos sobre crustáceos, realizados em Florianópolis. Este livro, que atuou decisivamente na consolidação da teoria da evolução das espécies proposta por Darwin, tornou-o mundialmente famoso e o levou a receber, em vida, duas vezes o título de Doutor Honoris Causa, emitido por universidades alemãs.

Diferentes datas têm sido aproveitadas para rememorar a vida e a trajetória do naturalista. Em 2009, ano do bicentenário do nascimento de Charles Darwin e dos 150 anos da publicação do seu revolucionário livro Origem das Espécies, a Universidade Federal de Santa Catarina reconheceu o valor da obra de Fritz Müller. Concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa post-mortem, recebido pelo seu descendente Alberto Lindner, professor do Departamento de Ecologia e Zoologia.

Em 2009 a Editora da UFSC lançou uma nova tradução do livro Para Darwin (Für Darwin, 1864), escrito por Fritz Müller. Elaborada por Luiz Roberto Fontes, médico legista e biólogo, e por Stefano Hagen, médico veterinário, biólogo e professor, a nova tradução se distingue das outras duas que a antecederam por usar como base a primeira edição do livro, em alemão. A publicação foi viabilizada com apoio financeiro da UFSC, Fapesc e Ministério da Ciência e Tecnologia.

“Homenagear Fritz Muller no ano de 2012, quando completaria 190 anos de idade, representa resgatar para a memória nacional o nosso maior naturalista novecentista, brasileiro por opção e com grandes feitos para a história da ciência brasileira e mundial. Representa também homenagear o Estado de Santa Catarina, que em suas publicações tornou-se mundialmente conhecido, principalmente as localidades de Blumenau, Itajai e Desterro”, destaca Luiz Roberto Fontes.

Por: Arley Reis / Jornalista da Agecom

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