20 de novembro de 2010

Avicultura catarinense cresce 6% em 2010

Apesar de prejudicado pela situação cambial que derrubou a competitividades nas vendas ao mercado externo, a avicultura industrial barriga-verde crescerá 6% neste ano, de acordo com o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Clever Pirola Ávila.

Santa Catarina rivaliza com o Paraná na posição de maior produtor e exportador nacional de carne de frango, tem mais de 10.000 avicultores produzindo num setor que emprega diretamente 40 mil pessoas e, indiretamente, mais de 80 mil trabalhadores.
Galinha(Foto:SeuLuiz)


Nessa entrevista, o presidente da ACAV faz um balanço de 2010 e antecipa o que o setor espera do governo que se instala em janeiro próximo.  Considerado um dos mais experientes executivos da indústria brasileira de carnes, com 30 anos de atividade na área, Clever Ávila é engenheiro químico pós-graduado em processamento de alimentos. Tem 52 anos de idade e é natural de Criciúma (SC).

Como o Sr. avalia o ano de 2010 para a avicultura industrial catarinense?
Clever Pirola Ávila – Certamente houve uma evolução sobre 2009. Entretanto temos que ter em mente que a base de comparação não é uma das melhores, uma vez que foi o ano impactado pela crise financeira internacional.

As dificuldades de 2008 e 2009 foram totalmente superadas em 2010?
Ávila – Sob os aspectos das causas da crise internacional e seu impacto no crédito internacional podemos afirmar que já estamos chegando bem próximo da normalidade.

Qual o patamar que deve atingir a produção catarinense de carnes de aves nesse ano que se encerra?
Ávila – Se nada mais acontecer de excepcional até o final do ano, podemos afirmar num crescimento na ordem de 6%.
Clever Pirola Ávila, presidente da Acav(Foto:MB Comunicação)


O encarecimento dos insumos, especialmente do milho, reduziu a rentabilidade do setor?
Ávila – Alguém já afirmou que o aumento de custos vem a jato e a reação nos preços, quando vem, vem de bicicleta. É nesta fase que estamos na exportação – custos adicionais e os mesmos preços. No mercado interno os preços já reagiram, porém aquém dos custos adicionais. Desta forma houve realmente um impacto negativo na rentabilidade do setor.

A ACAV tem alguma proposta para aumentar a produção de milho em SC e reduzir o déficit que chega a 1,5 milhão de toneladas?
Ávila – Temos pleiteado ações junto ao governo do Estado de Santa Catarina para esta política de ampliação da nossa produção de milho. Entendemos que estas ações produzem pequeno impacto na produção local, porém, são importantes. Em paralelo estamos trabalhando junto ao Governo Federal em duas frentes: uma focada na mesma política que o Nordeste tem, ou seja, um subsidio logístico para equiparar a concorrência nos Estados de Santa Catarina e Paraná. A outra frente é tentar a liberação da importação de milho da Argentina, ainda em debate com as autoridades Brasileiras.

Qual foi o impacto das deficiências logísticas de SC – rodovias e portos, em especial – na produção de carne de frango em 2010?
Ávila – Apesar do impacto já estar minimizado no último trimestre, em 2010 ainda pagamos o preço pela falta dos berços do porto de Itajaí em função das cheias do final de 2008. As empresas Catarinenses tiveram que deslocar seus produtos para os portos marítimos de Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS), aumentando consideravelmente os custos logísticos.

Qual foi o desempenho das exportações, pelos números parciais até aqui conhecidos?
Ávila – As exportações sinalizam um crescimento de 6% em 2010, mas com uma rentabilidade totalmente afetada pelo câmbio atual – que premia os importadores e penaliza os exportadores.

A política de câmbio flutuante derrubou a competitividade da avicultura industrial catarinense em 2010?
Ávila – Diria que não é política de câmbio flutuante e sim a forma artificial como os chineses e norteamericanos manobraram suas moedas, desvalorizando o Dólar Americano e deixando o Brasil muito menos competitivo. Atualmente nossos custos produtivos são maiores que os dos USA, mostrando aí que há algo de muito errado.

As indústrias devem retomar os planos de investimentos abandonados em 2008 ou ainda devem esperar o comportamento do mercado em 2011?
Ávila – Observamos que em Santa Catarina não há investimentos de grande monta no aumento da produção, mas sim investimentos focados na busca da competitividade perdida pelo câmbio e, portanto, são investimentos fortes em automatização.

Quanto se deixou de investir em 2008 e 2009 em decorrência da crise financeira internacional, já que havia mais de 1 bilhão de reais de investimentos previstos pelas grandes empresas avícolas de SC?
Ávila – As indústrias somente sequenciaram o que haviam começado e os demais investimentos foram suspensos por tempo indeterminado.

Quais são as suas expectativas em relação à economia em 2011 e o comportamento  do mercado de carnes? 
Ávila – Nossa expectativa é de um ano melhor. Baseamos esta expectativa no aumento do poder aquisitivo da população Brasileira, a busca da maturação de mercados abertos, como a China, e num trabalho árduo de abertura de novos mercados, como Malásia e Indonésia.

O que a avicultura brasileira espera da nova administração federal que se inicia em janeiro?
Ávila – Parecemos “papagaio” repetindo sempre a mesma coisa. O que o setor precisa é de uma visão de longo prazo. Não podemos continuar a trabalhar por impulsos a cada quatro anos com um novo Governo. Precisamos que haja um acordo catarinense e nacional suprapartidário e no qual todos fiquem imbuídos no planejamento e execução do que queremos ser daqui há pelo menos 50 anos. Esperamos que o  Governo nos ouça na busca desta visão: precisamos sair do discurso de reforma tributária e caminhar para sua aprovação. Esperamos uma sensibilização e ações referentes à questão cambial, pois hoje o Brasil está aniquilando o setor exportador Brasileiro. Esperamos uma evolução no sistema brasileiro de biossegurança, priorizando a condição sanitária que é um dos maiores patrimônios de Santa Catarina. Esperamos uma nova legislação que agilize as aprovações legais de rotulagem, pois o mercado demanda maior velocidade e não encontramos ainda este caminho. Esperamos continuar num alto nível profissional sobre as questões que desafiam o setor, o Estado e o País sobre as barreiras não-comerciais, as quais demandam nossa reação em tempo real. Esperamos trabalhar juntos: iniciativa privada e setor público.

Por: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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19 de novembro de 2010

Zumbi dos Palmares

A imagem da cabeça arrancada de Zumbi, levada ao Recife em 1695 e exibida publicamente, produz dois sentidos antagônicos: o poder opressor é capaz de derrotar os insurgidos, mas uma boa luta de fato nunca morre. Não por acaso, a imagem virou monumento no Rio de Janeiro.
Sabe-se pouco desse grande brasileiro. Nascido no quilombo de Palmares, localizado na Serra da Barriga, hoje estado de Alagoas, Zumbi se afirma como grande guerreiro, chefe destemido e último líder do maior foco de resistência negra contra a escravidão no Brasil. Em 1662, ainda menino, teria sido capturado por soldados e entregue ao padre Antônio Melo, que lhe deu o nome de Francisco e os conhecimentos de leitura e escrita em português e latim.
Aos 15 anos, fugiu e retornou a Palmares, adotando o nome Zumbi, evocando, na origem africana, o termo dzumbi: guerreiro, defunto, deus da guerra ou até morto-vivo. No quilombo, que chegou a ter 50 mil habitantes, liderou lutas vitoriosas contra os portugueses. Em 1678, diante de um 
acordo entre Ganga-Zumba, seu tio e chefe do quilombo, e o governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, que garantia liberdade aos nascidos em Palmares, Zumbi envenena Ganga-Zumba, assume a chefia e recusa o acordo. Para ele não bastava viver livre, era necessário libertar os ainda escravos.
Zumbi(Ife/British Museum)

Zumbi queria a abolição da escravatura, não apenas a liberdade parcial de seu grupo. As investidas contra Palmares se intensificam e a resposta é dada com extraordinária resistência. Zumbi luta e faz aos seus homens o convite à morte pela liberdade. Em 1694, Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista conhecido pela impiedade, foi convocado pelo governador para liderar a milícia que tinha como missão encontrar e destruir Palmares. Com um grupo de dois mil homens e apoio de pesada artilharia, Velho inicia a busca. Chegou a batalhar com Zumbi, baleando o líder quilombola. O episódio faz surgir o boato de sua morte. No ano de 1695, no entanto, Zumbi lidera ataques a povoados em Pernambuco.
É nesse mesmo ano que Velho chega ao ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares. Uma intensa batalha se iniciou e a comunidade resistiu por vinte e dois dias, antes de ser derrubada. Zumbi foi ferido, mas escapou, continuando a lutar com abnegada resistência. Entretanto, traído por um antigo companheiro, é denunciado, preso e degolado em 20 de Novembro de 1695. Estava morto o herói brasileiro. A data marca no calendário do país o Dia Nacional da Consciência Negra, lembrando a história do homem nascido livre e morto por desejar a liberdade de seu povo.
Fonte: Livro 100 Brasileiros (2004)
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17 de novembro de 2010

Editor de Partituras Livre

O Editor de Partituras Livres EDITOM chega ao Portal do Software Público Brasileiro em clima de comemoração. O lançamento foi durante evento dedicado à organização da Copa2014, nas instalações da FINEP no Rio de Janeiro. A cerimônia contou com a presença do compositor e cantor Gabriel o Pensador que foi ao evento especialmente para participar da disponibilização do EDITOM. No lançamento também estiveram presentes o diretor de inovação da FINEP Eduardo Costa, o empresário Roberto Bittar, responsável pela criação do EDITOM, e o coordenador do Portal SPB, Corinto Meffe.


Na visão do empresário Roberto Bittar o EDITOM poderá ser utilizado agora por qualquer pessoa, em particular pelas crianças que estão em idade escolar. "Com a aprovação da legislação federal que retorna o ensino da música nas escolas, o EDITOM certamente será uma ferramenta que vai estimular ainda mais o estudo da música por parte das crianças", completa Bittar.

A solução pode ser acessada direto no Portal do Software Público Brasileiro pelo endereçohttp://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/detail-community, clicando no botão "Acesse a comunidade EdiTom e baixe o software"

Algumas das principais características do EDITOM são apresentadas a seguir:

Possui tutores de flauta, violão e teclado, mostrando as posições de cada nota ou acorde, na sequência da partitura escolhida. Os tutores têm o objetivo de facilitar a execução de músicas a partir da partitura, orientando os primeiros passos do aluno.

Ouvido Digital - Para os iniciantes reconhecerem as notas a partir da emissão de algum som é algo muito difícil. Para facilitar a criação da relação entre os sons produzidos e a música, o software transforma seu assobio em notas colocadas na partitura, interpretando as notas, durações e oitavas.

Além da forma tradicional da partitura, o software possui mais 5  formas diferentes de apresentar a partitura. Iniciando por ovais coloridos sem o pentagrama, as simbologias  de escrita vão sendo acrescentadas em cada forma, até se completar na sexta forma que é a partitura tradicional.

São duas formas de edição de partitura convencional: ícone de nota e de letras.

Permite tocar uma partitura, como se fosse um software de Karaokê possibilitando repetir o exercício ou acompanhar a partitura, utilizando o teclado do computador como se fosse um instrumento musical.

O software possui várias funções facilitadoras que permitem mudanças de tom, de escala, de ritmo, com apenas um clique do mouse (botão da direita).

Permite a criação de acordes a partir da digitação de Cifras musicais. Para ativar o criador de acordes, selecione o modo próprio de edição (ícone de letras) e dê um duplo clique na partitura.


Fonte: Portal do Software Público Brasileiro



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