5 de outubro de 2012

301 planos de saúde estão suspensos

A partir desta sexta-feira (5), 301 planos de saúde administrados por 38 operadoras estão proibidos de ser comercializados em todo o País. A suspensão, anunciada na última terça-feira (2) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), valerá até que as operadoras se adequem ao que estabelece a Resolução Normativa 259, que determina prazos máximos para marcação de consultas, exames e cirurgias.

Entre julho e setembro, foram registradas mais de 10 mil reclamações referentes ao não cumprimento dos prazos estabelecidos. Na lista dos planos suspensos, 80 receberão essa penalidade pela primeira vez. Os outros 221 já tiveram sua comercialização suspensa na última avaliação realizada em julho. Veja a listados planos suspensos.

A ANS informou que quem já é beneficiário dos planos suspensos não terá o atendimento prejudicado. A suspensão consiste em impedir as operadoras de vender os planos a novos segurados.

“A suspensão das vendas de novos planos mexe com algo bem sensível, que é o bolso das empresas, e também com a imagem que elas têm no mercado. Por isso, com ações como essa, acreditamos que as repostas das operados poderão ser mais rápidas e elas se esforçarão para garantir um atendimento de maior qualidade aos usuários”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na última terça.

A orientação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) para quem vai contratar um plano de saúde é fazer uma pesquisa no site da ANS. Com o nome ou o registro da operadora, é possível saber a situação do plano e o índice de reclamação dos consumidores.planos de saude

Reclamações
Entre 19 de julho e 18 de setembro, foram feitas 10.144 reclamações por beneficiários de planos de saúde referentes ao não cumprimento dos prazos. Das 1.006 operadoras médico-hospitalares existentes no País, 241 receberam, pelo menos, uma queixa.

Destas, 38 se encaixam na maior faixa de reprovação (Nota 4) nos últimos dois períodos de avaliação, de março a junho e de julho a setembro de 2012. Isto significa que estas 38 empresas tiveram indicador de reclamações 75% acima da média estipulada pela agência.

Penalidades
As operadoras de planos de saúde que não cumprem os prazos máximos previstos estão sujeitas a multas de R$ 80 mil a R$ 100 mil. Em casos de descumprimento reiterado, as empresas podem sofrer medidas administrativas, como a suspensão da comercialização de parte ou da totalidade dos seus planos de saúde e a decretação do regime especial de direção técnica, que prevê até a possibilidade de afastamento dos dirigentes.

“O acompanhamento junto às operadoras de planos de saúde é contínuo e a divulgação dos dados apurados é feita pela ANS a cada três meses”, ressaltou o diretor-presidente da agência, Maurício Ceschin.

Orientações
A ANS alerta que, após tentar agendar o atendimento com os profissionais ou estabelecimentos de saúde credenciados pelo plano e não conseguir dentro do prazo máximo previsto, o beneficiário deve entrar em contato com a operadora do plano para obter uma alternativa para o atendimento solicitado. Neste contato, o consumidor não deve se esquecer de anotar o número de protocolo, que servirá como comprovante da solicitação feita.

Se a operadora não oferecer solução para o caso, o beneficiário deverá (com o número do protocolo) fazer denúncia à ANS por meio de um dos canais de atendimento ao consumidor: Disque ANS (0800 701 9656), Central de Relacionamento no portal da agência ou, ainda, presencialmente, em um dos 12 Núcleos da ANS nas principais capitais brasileiras.

Restabelecimento
Das 37 operadoras que tiveram planos com comercialização suspensa no último mês de julho, oito já podem voltar a comercializar produtos (em um total de 45 planos restabelecidos), por conseguirem readequar o acesso dos beneficiários à rede contratada.

Fonte: Portal Brasil

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30 de setembro de 2012

Como nasceu a Estação da Luz

O desenvolvimento de São Paulo, a Metrópole do Café, não teria sido possível sem a implantação das estradas de ferro, que permitiram levar o Ouro Verde das zonas produtoras ao porto de Santos, distribuindo produtos das indústrias e trazendo matérias primas. Em 1867, a São Paulo Railway Co., com sede em Londres, inaugurou uma ferrovia ligando Santos a Jundiaí. Esta ferrovia percorria várzeas e lugares planos; passando pelo povoado da Lapa e pelos Campos Elísios, atingia a freguesia da Luz, próxima ao centro, antes de seguir pelo Brás rumo ao litoral.

Junto às estações, foram surgindo armazéns e indústrias. No bairro da Luz, devido ao grande movimento comercial, intensifestacaoluz2icou-se a função administrativa, policial e militar, surgindo nas cercanias a Cadeia Pública, quartéis de infantaria e cavalaria, escolas para oficiais e um hospital militar. Em 1872, inauguraram-se 231 km da Estrada de Ferro São Paulo – Rio de Janeiro, que partindo da Estação do Norte, no Brás, chegava à cidade de Cachoeira, no nordeste do estado. Atravessando o rio Paraíba em balsas, mercadorias e passageiros atingiam a Estrada de Ferro Dom Pedro II, que levava ao Rio de Janeiro, então capital do Brasil.

Em 1890, o problema da baldeação foi resolvido por uma ponte que uniu as duas ferrovias, formando a futura Estrada de Ferro Central do Brasil. Nas décadas seguintes, novas ferrovias se estenderiam pelo interior de São Paulo, ligando-o a outros estados no Oeste e Sul do país. A Estação da Luz, nó central dos grandes entroncamentos ferroviários, não ficou à margem das reformas por que passava São Paulo no final do século XIX.estacaodaluz1

Em 1896, iniciaram-se as obras de uma imponente estação que custou à São Paulo Railway cerca de 150.000 libras esterlinas, 4.500 contos de réis, em dinheiro da época, e foi construída no lugar de um primitivo edifício. No ano de 1901, estava pronta a nova Estação da Luz, cópia fiel da Estação de Sydney, na Austrália. Todo o material de construção foi importado da Inglaterra. A obra tornou-se um cartão de visita de São Paulo, motivo de orgulho para seus habitantes e de espanto para os estrangeiros que, como Alberto I, rei da Bélgica, visitaram-na encantados por sua beleza.

Fonte: Nosso Século, Abril Cultural, 1980

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