14 de outubro de 2011

Moda de viola aproxima gerações na EFAPI 2011

O senhor Aneto Spanhol nasceu no primeiro ano da década de 1940. Já Juliano, da dupla Elias e Juliano, tem apenas 22 anos, quase meio século menos que Seu Aneto, como é conhecido o simpático senhor de olhos azuis. A vida dos dois poderia não ter absolutamente nada em comum, não fosse ela: a paixão pela viola caipira.

    Seu Aneto, quando criança, ouvia no rádio de madeira a moda de viola da dupla Tonico e Tinoco. Quando a “Dupla Coração do Brasil” anunciou um show em Joaçaba, Seu Aneto tinha 16 anos. Não pensou duas vezes: chegou cedo para prestigiar os que são hoje sua grande inspiração. A dupla não sabia, mas lá no meio da “multidão” de seis mil pessoas, as músicas encantavam o então menino Aneto e o faziam querer aprender a tocar viola.

    Juliano cresceu ouvindo viola nas reuniões de família. Há nove anos formou a dupla com Elias, o irmão mais velho. Para Juliano, a música caipira “não faz muito a cabeça do povo” da região Sul. “Mas no Sudeste e Centro-oeste a moda de viola é muito forte. Muita gente confunde música caipira com sertaSeuanetonejo e outros estilos. Tem muita gente que diz que não gosta, mas na verdade não conhece”, complementa.

    A música caipira, também chamada de música de raiz, tem temática rural, fala do estilo de vida no campo, amor, família e religiosidade; conta causos e mostra a beleza das coisas simples. As letras geralmente são tristes, mas a dança é alegre. Uma das músicas favoritas de Seu Aneto é da dupla Tonico e Tinoco e chama-se “Filho de carpinteiro”. Conta a história de um menino, filho de carpinteiro, que vendia jornais para ajudar na renda da casa e teve de anunciar, em voz alta para o público da cidade, a morte do próprio pai estampada no jornal.

    A típica viola caipira tem 10 cordas e é um pouco menor que o violão. Tanto Seu Aneto quanto Juliano são autodidatas: Seu Aneto aprendeu viola imitando os movimentos dos violeiros que via se apresentar na cidade, mas conta que os livrinhos de música comprados na banca de jornal também ajudaram. Viola mesmo, não tinha. Seu Aneto pegava o violão do irmão mais velho e fazia a afinação ficar parecida com a da viola caipira. Sua primeira viola foi comprada muito tempo depois, e o acompanha até hoje nos shows.

    Juliano aprendeu a tocar com os mais velhos da família, que logo acharam que o menino levava jeito. Hoje Juliano dá aulas de viola em um projeto da SAVI. Até Seu Aneto já foi aluno. Elias e Juliano estão gravando o primeiro CD, que deve sair até o final do ano. “Algumas regravações, mas a maioria são composições próprias”, ressalta.

Juliano e Seu Aneto fazem parte da Sociedade Amigos da Viola (SAVI), associação criada em Chapecó há 12 anos para difundir a música caipira na região. A entidade realiza jantares caipiras e encontros de violeiros, além de tocar nas feiras agroecológicas da prefeitura aos sábados. De acordo com a secretária da SAVI, Eliane Corona, a associação também promove, em parceria com a Fundação Cultural de Chapecó (FCC), aulas de viola para cerca de 50 crianças carentes. “Tudo com o objetivo de divulgar a música caipira”, comenta Eliane. A SAVI tem hoje cerca de 40 duplas. A SAVI se apresentou no palco alternativo da EFAPI 2011, nesta semana.

De acordo com a coordenadora das apresentações do palco alternativo na EFAPI 2011, Marlei Dambros, este novo espaço, cedido pela FCC e instalado pela primeira vez na feira, oportuniza um grande número de artistas a divulgar os seus trabalhos. “Temos uma média de seis artistas se apresentando por dia, cada um permanece de 45 minutos à uma hora no palco. É uma divulgação legal”, comenta Marlei.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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13 de outubro de 2011

Ouro é utilizado para controlar pragas

Parece filme de ficção, mas é pura realidade. Nas pesquisas sobre pragas de grande importância econômica para o Brasil, que atacam culturas como hortaliças, citros, trigo, tomate, arroz e espécies florestais, esta técnica já está sendo usada. Um fio de ouro colocado nas costas de insetos sugadores é capaz de mostrar seu comportamento alimentar. Analisando as informações geradas, é possível definir estratégias de combate a esse tipo de praga e, com isso, evitar prejuízos a culturas agrícolas e florestais.

Conhecida como Monitoramento Eletrônico - EPG (Electrical Penetration Graph), esta técnica, foi desenvolvida pelo holandês Freddy Tjallingii, que hoje a difunde por todo o mundo. Ela pode ser utilizada tanto para avaliação da resistência de plantas a insetos como também para estudo da transmissão de viroses e resposta dos insetos a toxinas, como inseticidas e os resultados desse tipo de pesquisa podem trazer novas orientações ao manejo integrado de pragas (MIP).ouro

Com o auxílio de uma lupa, fios de ouro são colocados com cola de prata nas costas dos insetos e depois conectados a eletrodos. Dentro de uma gaiola Faraday, que permite isolamento elétrico, os insetos são colocados em folhas ou ramos do seu hospedeiro, que podem ser diversas espécies de plantas, e o aparelho vai fazer a leitura dos sinais dos eletrodos. Esta leitura é transferida para um computador que transforma a informação em ondas, que são previamente determinadas para cada grupo de inseto sugador.

Essas informações ajudam a entender melhor a resposta do inseto a determinados fatores e mesmo mostrar, por exemplo, se ele ataca melhor uma espécie de planta ou outra. No Brasil, somente Embrapa, Esalq/USP e Epamig utilizam a técnica e, no mundo, somente duas a utilizam com pragas florestais, sendo a Embrapa Florestas uma delas.

Fonte: Embrapa

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12 de outubro de 2011

O consumismo infantil no dia das crianças

Não precisa ser o Dia das Crianças para ouvir pedidos insistentes vindos dos pequenos. A influência infantil no momento da compra não se restringe aos itens direcionados a elas e estendem-se a alimentos, roupas, eletroeletrônicos, e até carros possuem a intervenção de uma criança na forma de um palpite, no momento da aquisição.

A afirmação é da pesquisa realizada pelo Instituto TNS/InterScience, em 2003, quando foi revelado que as crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família. A data festiva das crianças, no entanto, é o motivo ideal a mais para pedir videogames, bonecas, celulares, relógios, dentre outros produtos.

Pesquisador americano e fundador do The Consumer Studies Research Network (CSRN), Dan Cook declarou que a infância faz o capitalismo cantarolar e os dados não deixam dúvida: a infância faz a alegria do comércio e, principalmente, de marqueteiros e do mercado publicitário.

A declaração pode ser confirmada por meio dos dados divulgados pela comunidade eCGlobal. De acordo com a pesquisa realizada com 1495 pessoas durante o mês de setembro, 65% dos pais pretendem dar exatamente o presente que seu filho pediu para o Dia das Crianças.brinquedos

Desconsiderando os pedidos específicos de cada um, a porcentagem de pais e mães que irão presentear as crianças em virtude da data sobe para 90% dos entrevistados. Outros dados revelados pela pesquisa apontaram que 52% das famílias pretendem gastar entre R$ 51 e R$ 200. Questionados sobre os motivos que incentivam o consumismo neste período, a resposta "Ele é um bom filho” recebeu 49% dos votos, enquanto 38% acreditam que a publicidade televisiva influenciou na escolha dos objetos.

Segundo a pesquisa Painel Nacional de Televisores, realizada pelo IBOPE, em 2007, as crianças brasileiras dedicam mais de quatro horas diárias ao entretenimento em frente à televisão. As propagandas também surgem nos celulares, na internet, em outdoors e entre os colegas da escola, expondo a criança a diferentes conteúdos e um bombardeio diário de produtos e marcas. Desta forma, o momento de diversão ativa foi substituído pela passividade em frente não só ao televisor, mas também nas telas de celulares, computadores e videogames.

O consumismo, caracterizado pelo excesso de produtos que não são necessários para a sobrevivência, pode causar desde stress familiar, até obesidade infantil e baixa auto-estima nas crianças.

De acordo com o Instituto Akatu, o consumismo também é responsável pelo aumento do consumo de energia e recursos naturais. Já que não dá pra fugir do consumo, a alternativa é optar por itens sustentáveis, de forma a minimizar o impacto da vida moderna no meio ambiente.

Uma das dicas é evitar o uso de papéis de presentes e fitas plásticas para reduzir o volume destes resíduos nos aterros sanitários. Outras orientações alertam para a atenção ao comprar brinquedos com o selo do Inmetro e dar preferência a roupas produzidas com algodão orgânico. Para finalizar, que tal investir em um presente que possa ser manejado por crianças e adultos? Desta forma, é possível aumentar a convivência e a interação entre pais e filhos.

Fonte: EcoD - Projeto do Instituto Ecodesenvolvimento

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10 de outubro de 2011

Pesquisa: Baguaçu no tratamento da diabetes

Pesquisa desenvolvida pelo curso de Nutrição e pelo Mestrado em Ciências Farmacêuticas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) comprovou que o extrato da planta Eugenia umbelliflora tem efeito auxiliar a Metformina, composto principal dos remédios mais utilizados no controle da diabetesmellitus, tipo 2.


A planta, nativa da flora brasileira, é conhecida popularmente como baguaçú. Além dela a pesquisa analisou a espécie Rubus imperialis, conhecida como amora-branca, que também tem ação hipoglicemiante, porém, com menor efeito se comparada a Eugenia umbelliflora.


Os testes foram feitos com ratos, induzidos ao diabetes e submetidos aos diversos tratamentos. Após seis semanas ingerindo o extrato da Eugenia umbelliflora, o grupo de animais, demonstrou níveis de glicose praticamente iguais aos dos animais não diabéticos.

baguacu
Segundo Sandra Soares Melo, nutricionista coordenadora da pesquisa, os flavonóides encontrados nas folhas da Eugenia umbelliflora demonstraram alto poder antioxidante no organismo. “Os flavonóides presentes na planta atuam na normalização do colesterol e nos níveis de glicose no sangue, e podem ser utilizados como um importante coadjuvante no tratamento da diabetes mellitus, tipo 2”, explica.


A Eugenia Umbelliflora pertence a família Myrtaceae e é uma espécie típica de dunas fixas e terrenos baixos, menos enxutos, bastante planos e arenosos, sendo encontrada principalmente na restinga litorânea de Santa Catarina, desde o extremo norte, até o município de Palhoça.


“É importante deixar claro que a pesquisa foi realizada com o extrato da planta, que propicia a extração de todos os seus componentes, e não na forma de chá”, ressalta Christiane Meyre da Silva Bittencourt, doutora em química orgânica e integrante da pesquisa.


A Eugenia Umbelliflora, pouco estudada pelos cientistas até o momento, é utilizada popularmente na região de Florianópolis como antidiabético, antidiarréico, redutor dos níveis de triglicerídeos e colesterol e no tratamento de doenças infecciosas.


O estudo foi apresentado à comunidade científica e premiado com o primeiro lugar no 7º Congresso Internacional de Nutrição Funcional, no final de setembro, em São Paulo.


Mais informações: (47)3341- 7952, Laboratório de Nutrição Experimental (Lanex)

Fonte: Univali

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