3 de março de 2012

As disfunções da articulação temporomandibular

As disfunções da articulação temporomandibular (ATM) são problemas da face que exigem tratamento complexo, efetuado por profissionais preparados e seguros do diagnóstico. A doença depende de muitos fatores para se manifestar e muitas vezes é facilitada por uma maloclusão, ou seja, relacionamento inadequado entre os dentes da maxila e mandíbula.

A maioria dos casos pode ser resolvida ou contida por tratamentos clínicos, controlando fatores emocionais, promovendo equilíbrio do tônus muscular e devolvendo a suavidade e precisão dos movimentos da mandíbula. Entretanto, muitos casos requerem intervenção cirúrgica que vão desde o reposicionamento do disco articular até a substituição de toda articulação por uma prótese personalizada. A necessidade da indicação de um procedimento cirúrgico dependerá da gravidade do caso e do grau de degeneração das estruturas envolvidas.

Para atender a demanda na área odontológica, a Clínica Arte e Face de Chapecó utiliza tecnologias modernas e mantém a qualificação constante de seus profissionais. Por isso, é referência em procedimentos odontológicos.

Para tratar dos casos cirúrgicos de disfunções da ATM, o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, Silvio Mauro Gallon, inicia no mês de abril o curso avançado de formação em Cirurgia de ATM – teórico e prático, em Araraquara (SP).atm

Serão cinco meses (125 horas) de capacitação, visando o aprimoramento das técnicas utilizadas nas cirurgias de ATM. “Novas técnicas surgem a cada dia e precisamos nos preparar para acompanhar a evolução nos procedimentos, para tratar com segurança as patologias articulares”, observa.

Para o tratamento dos casos clínicos, que não requerem intervenção cirúrgica, o especialista em dor e disfunção temporomandibular é o mais indicado. Muitas vezes, há a necessidade de formar uma equipe de atendimento, envolvendo fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e psiquiatras.

A ATM é a articulação que se situa à frente do ouvido, é bilateral e os dois lados são unidos pela mandíbula, obrigando as ATMs a trabalharem em sincronia de movimento. Gallon explica que os sintomas articulares podem ser muito brandos, como um simples estalido ou "click", durante a movimentação, até dores irradiadas para as regiões da cabeça e do pescoço. Quadros de depressão e limitação de abertura da boca estão frequentemente associados aos distúrbios das ATMs. O estresse, os hábitos parafuncionais, como o apertar de dentes e algumas doenças sistêmicas ou hormonais, contribuem para modificar ou agravar a doença.

As faces articulares dos ossos que compõem as ATMs (osso temporal e côndilo da mandíbula) são interpostas por uma estrutura fibrocartilaginosa chamada disco articular, que tem o dever de amortecer, dar suavidade e proteger as superfícies ósseas da articulação. Isso evita a ocorrência de traumas e desgastes prematuros. Porém, quando o disco articular se desloca de sua posição fisiológica ideal, as superfícies articulares trabalham com carga direta uma contra a outra, acelerando o processo de desgaste.

Os sintomas podem ser dores na região do ouvido sem infecção, dor na ATM durante a fala ou a mastigação, cansaço nos músculos da face, dificuldade para abrir ou fechar a boca, entre outros. Fatores esses que associados ao estresse resultam em desconfortos nos músculos da face, cabeça e pescoço. A situação se agrava devido às posições posturais viciosas, apertamento e/ou ranger de dentes ou posicionamento dental inadequado.

A doença é progressiva, mas se tratada precocemente pode ter resultados eficazes. O repouso das articulações e dos músculos mastigatórios, aliados a manobras odontológicas, utilização de medicamentos e a aquisição de novos hábitos saudáveis são fundamentais para o bom resultado no tratamento. Os casos que necessitam de intervenção cirúrgica dependem do acompanhamento de um profissional especializado e preparado para tratar desses problemas.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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28 de fevereiro de 2012

Silêncios

Lembrava de um sonho renitente, aliás, não sabia se era sonho ou real, na calada da noite, quando sem saber o quê, nem  como, punha-se a pronunciar palavras sem som, que ficavam presas na garganta. Queria gritar, colocar um basta no som inexistente que ouvia, porém tão real e insuportável. Parem!

Era um martírio! Sim, uma tortura, sentir e visualizar as palavras, os pensamentos e prendê-los. Melhor não tê-los? Assim o silêncio se justificaria e seria talvez pacifica-dor.

O silêncio que dói é aquele que faz barreira à palavra que precisa revelar-se.

Paradoxalmente foi o que me ocorreu ao ver “O GRITO”, obra do pintor norueguês Edvard Munch de 1893. A boca pronta a pronunciar-se e, no entanto, vazia por que os termos estão “entalados” na garganta. Palavras não ditas, mal-ditas posto que entranhadas nas vísceras encobertas do corpo. Por quê não deixá-las circular? Será medo? Medo da rejeição, da possibilidade da briga, do vazio, de não ser ouvida ou compreendida? As amarras do temor ao suposto desamor, desatenção e indiferença, são duras!

O grito silenciado corrói, transforma o corpo tal qual o do personagem de Munch, assexuado, indiferenciado, carente de posições definidas. A palavra sufocada, sufoca, transtorna como se faltasse ar para respirar. Como sobreviver sem ar? O ar do espaço psíquico é a palavra falada ou escrita. Sem ela, há possibilidade de “vida” de verdade? O entorno se agiganta, revolve-se em pressões que aprisionam lancinantemente. A dor imiscui-se sem fronteiras entre o que pode vir de fora ou de dentro do personagem.

Mas existe também outro tipo de silêncio, quando se silencia por opção. É o silêncio do encontro consigo mesmo, é o olho no olho, quando tudo já está dito. Pode ser também o silêncio da paz, do enlevo ao admirar a paisagem.

Mas esses momentos são hiatos, pausas no mar de falas, pois mesmo assim as palavras não deixam de existir posto que invadem os pensamentos, traduzem em mensagens os sentimentos experimentados, as sensações que emergem! Sulcam nossos corpos traduzindo a tristeza ou a alegria, tensionam os músculos, produzem lágrimas, rubores, dores e prazeres.

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Foto:  O grito - obra do pintor norueguês Edvard Munch de 1893

Por: Návia T. Pattussi/Psicanalista/naviat@terra.com.br

Fonte: MARCOS A. BEDIN

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26 de fevereiro de 2012

TVs com Ginga será obrigatório em 2013

Uma portaria interministerial publicada nesta sexta-feira (24/02), no Diário Oficial da União, estabelece o Processo Produtivo Básico (PPB) para televisores adaptados com o recurso da interatividade produzidos na Zona Franca de Manaus (ZFM). Desta forma, a partir de 2013, aparelhos fabricados no País deverão conter o middleware Ginga, que garante a interatividade no sistema nipo-brasileiro de TV digital.

A Portaria n°140 foi elaborada pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência, Tecnologia e Inovação. O documento fixa o seguinte cronograma para a produção de TVs interativas: até dia 30 de junho de 2012, os fabricantes estão dispensados da obrigatoriedade; de 1º de julho até 31 de dezembro deste ano, o recurso é opcional; a partir de 1º de janeiro de 2013, 75% dos televisores deverão vir com o Ginga de fábrica; e a partir de 1º de janeiro de 2014, esse porcentual sobe para 90% dos aparelhos.

“No processo de negociação que envolveu a indústria, a sociedade e especialistas, o governo entendeu que esses são os prazos razoáveis e factíveis para implementar a medida. O objetivo é garantir um efetivo desenvolvimento da interatividade na TV brasileirtva”, explica o assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Flávio Lenz.

De acordo com a medida, os fabricantes que optarem pela produção de aparelhos interativos ainda em 2012 serão beneficiados. O número de TVs comercializado com o Ginga no segundo semestre deste ano será descontado dos 75% obrigatórios para 2013. Por exemplo, se uma empresa produzir 100 mil televisores com o Ginga em 2012, poderá deduzir essa quantia de sua obrigação em 2013. Isso, respeitando um limite mínimo de 60% de TVs com o Ginga no ano que vem.  

A portaria também define que modelos de TV do tipo conectada (com acesso à internet) deverão vir obrigatoriamente com o Ginga. A razão para essa medida, no entendimento do governo, é de que não há necessidade de as empresas adicionarem nenhum componente ao televisor.

O sistema nipo-brasileiro de TV digital (ISDB-T) foi adotado no País em 2006. O decreto que traçou as diretrizes para a implantação da tecnologia trouxe três pontos: a mobilidade, que permite levar a televisão a aparelhos celulares e notebooks; a alta definição de som e imagem; e a interatividade, única característica que ainda não havia sido totalmente implementada e que deve ser garantida pelo Ginga.

O Ginga é um middleware (camada de software intermediário) que permite o desenvolvimento de aplicações interativas para a TV digital de forma independente da plataforma de hardware dos fabricantes de terminais de acesso (set-top boxes). É totalmente desenvolvido em código livre e, portanto, qualquer empresa pode criar sua própria implementação sem a necessidade do pagamento de royalties.

Resultado de anos de pesquisas lideradas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o Ginga é considerado um dos ambientes operativos mais modernos para executar aplicações de TV e IPTV que contemplem interatividade.

Fonte: Ministério das Comunicações

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