3 de setembro de 2010

Novas tecnologias para tratamento de ceratocone

O oftalmologista de Chapecó, Fernando Bonfante, é um dos palestrantes convidados do Congresso Europeu de Oftalmologia, que vai ocorrer de 4 a 8 de setembro, em Paris. A palestra será sobre novas tecnologias para tratamento de ceratocone, com ênfase no implante do anel intracorneano associado ao crosslinking.

Ceratocone é uma doença ocular, principalmente genética e ambiental, que acomete a córnea, causando afinamento, irregularidade e piora da visão. Pode se apresentar de maneira branda, sem perda significativa da visão, até casos mais avançados com grande perda de visão.

O convite para o Congresso Europeu originou da apresentação de quatro trabalhos sobre cirurgia de ceratocone no Congresso Mundial da doença, realizado em Ouro Preto (MG), no mês passado. “Gostaram muito dos nossos resultados, das novas tecnologias que estamos usando e nos convidaram para apresentar uma palestra”, explica Fernando Bonfante.ceratocone

A Clínica de Olhos Dr. Delso Bonfante de Chapecó, é pioneira em novas tecnologias para tratamento do Ceratocone. Com o ingresso do oftalmologista Fernando Bonfante, com dois anos de especialização em córnea (ceratocone), os resultados foram maximizados incluindo o transplante de córnea tradicional.

Fernando Bonfante é graduado em Medicina pela Universidade Luterana do Brasil (2004), residência em Oftalmologia pela Universidade de Mogi das Cruzes (2005-2007), Fellow em Córnea e Doenças Externas pela Santa Casa de São Paulo (2008-2009), membro titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, membro da Academia Americana de Oftalmologia (AAO), preceptor do setor de catarata, córnea e doenças externas entre 2008 e 2009 da residência de oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes, palestrante do Congresso Brasileiro de Oftalmologia em 2008 e 2009: Curso de Instrução – Manejo de Infecções Bacterianas da Córnea e membro fundador do Clube do Anel Intraestromal.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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2 de setembro de 2010

Regulamentada cirurgia de troca de sexo para mulheres

O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou a cirurgia de troca de sexo para mulheres. Na nova resolução, que deve ser publicada na sexta-feira (3), o conselho autoriza a retirada da mama, do útero e dos ovários nos casos de diagnóstico de transgenitalismo, quando a mulher transexual rejeita o corpo feminino e pode, inclusive, apresentar tendência a se mutilar.

A cirurgia poderá ser feita em qualquer hospital, público ou privado, desde que o estabelecimento atenda as exigências do conselho. Antes, era autorizada, em caráter experimental, apenas em hospitais públicos e universitários. O tratamento é permitido às pessoas com mais de 21 anos, após diagnóstico médico. sexsimb

A seleção será feita por uma equipe formada por psiquiatra, cirurgião, endocrinologista, psicólogo e assistente social. O acompanhamento deve ser de, pelo menos, dois anos. O tratamento de neofaloplastia (construção do pênis) ainda não foi liberado e permanece em caráter experimental. Segundo o CFM, os efeitos estéticos e funcionais desse procedimento passam por questionamentos.

Com a regulamentação, a cirurgia deixa de ser considerada crime de mutilação. Em 2008, o Ministério da Saúde autorizou a cirurgia de mudança de sexo na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Agência Brasil

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1 de setembro de 2010

Blumenau comemora 160 anos

Em 2 de setembro de 1850, dezessete colonos chegaram ao local onde hoje se ergue a cidade de Blumenau. Muitos outros imigrantes atravessavam o Oceano Atlântico em veleiros de companhias particulares. E assim foi crescendo o número de agricultores, povoadores e cultivadores dos lotes, medidos e demarcados ao longo dos rios e ribeirões que banhavam o território da futura cidade de Blumenau.

A região onde hoje é Blumenau era habitada por índios Kaigangs, Xoklengs e Botocudos e, mesmo antes da fundação da Colônia Blumenau, já havia famílias estabelecidas na região de Belchior, nas margens do ribeirão Garcia e do rio Itajaí-Açu. Em 1850, o filósofo alemão Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau obteve do Governo Provincial uma área de terras de duas léguas para estabelecer uma colônia agrícola, com imigrantes europeus.

Herança da história de sua colonização, a microrregião de Blumenau possui costumes e tradições únicos. Colonizada no início por alemães, seguidos de italianos e poloneses, também recebeu habitantes do Vale do Rio Tijucas, descendentes de portugueses. Mesmo assim, as cidades da microrregião incorporaram principalmente a cultura alemã e italiana.

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A Lei nº 860, de 4 de fevereiro de 1880, elevou a colônia à categoria de município. Entretanto, em outubro, uma grande enchente causou sérios prejuízos à população e à administração pública, com a destruição de pontes e estradas. Após isso, a instalação do município só foi possível em 10 de janeiro de 1883, quando assumiu o exercício a Câmara Municipal eleita no ano anterior. Em seguida, o município recebeu o título de Comarca (1886) e, finalmente, em 1928, passou à categoria de Cidade.

Para comemorar a data além do tradicional desfile pela rua XV de Novembro, no dia do aniversário de Blumenau, 2 de setembro, uma série de atrações está programada para comemorar os 160 anos da cidade. Para saber a programação completa clique aqui.

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31 de agosto de 2010

Pecuária é responsável por metade dos gases estufa no Brasil

A pecuária é responsável pela metade das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. A constatação é de estudo realizado por diversos pesquisadores coordenados por Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e Roberto Smeraldi, da organização não governamental (ONG) Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

O estudo, que considera principalmente o período de 2003 a 2008, mostra que a pecuária emite aproximadamente 1.000 milhões de toneladas (Mton ) de gases estufa por ano, ante uma produção total no país de 2 mil a 2,2 mil Mton anuais.

A pesquisa indica três fontes principais de emissões de gases de efeito estufa pela pecuária: o desmatamento para formação de pastagens e queimadas da vegetação derrubada; as queimadas de pastagens; e a fermentação entérica do gado (gases produzidos durante a digestão dos alimentos). O estudo destaca que a maior contribuição da pecuária às emissões se deve ao desmatamento para formação de novas pastagens na Amazônia.bois

Os pesquisadores ressaltam que a concentração das emissões brasileiras em um único setor pode representar um fator positivo. “Podemos ter uma concentração de ações focadas na melhoria da qualidade tecnológica desse setor e reduzir as emissões de uma forma geral no país. É mais fácil que uma série de ações pulverizadas em todos os setores”, afirma Peter May, da ONG Amigos da Terra, um dos participantes do estudo.

A proposta brasileira levada à 15ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), em Copenhague (Dinamarca), prevê redução entre 0,95 e 1,75 bilhões de toneladas (Gton () de gases de efeito estufa ao ano até 2020. As reduções de emissões do setor agropecuário figuram com destaque. A recuperação de pastagens degradadas é apresentada como a principal atividade para diminuição das emissões.

O estudo cita a redução do desmatamento, a eliminação do fogo no manejo de pastagens, recuperação de pastagens e solos degradados, a regeneração da floresta secundária, a redução da fermentação entérica, como fundamentais para o combate às emissões brasileiras. É destacada ainda a necessidade de investimento na qualidade da pastagem, a melhoria genética do rebanho, o uso de rações complementares e sal mineral, que permitem a engorda mais rápida.

“Temos cálculos com base no trabalho da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] e o custo [para realizar as ações de combate às emissões de gases estufa pela pecuária] não é tão significativo. Ele não vai fazer com que o produtor não tenha condições de sobreviver no mercado, mas vai, inclusive, melhorar a produtividade e a rentabilidade”, diz May.

O pesquisador ressalta que a redução das emissões brasileiras implica principalmente em readequação do sistema de financiamento destinado à pecuária. “Temos um sistema que favorece a expansão do rebanho. Não há preocupação ambiental, nem com a qualidade do rebanho e tampouco com o sistema de produção.”

Fonte: Portal Brasil

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30 de agosto de 2010

Carta Kaiowá Guarani ao Presidente Lula

Senhor Presidente Lula,

Várias vezes ouvimos o senhor falar e nos prometer pessoalmente que iria resolver o problema da demarcação de nossas terras Kaiowá Guarani. Não entendemos porque isso até hoje não aconteceu. Ouvimos até o senhor pedir isso ao governador. Porém, como ele se manifestou várias vezes contra o reconhecimento de nossas terras, tínhamos a certeza de que ele não só nada faria, como se empenhou em impedir a demarcação.

Agora, senhor presidente Lula, o senhor vem aqui na região do nosso território Kaiowá Guarani, em Dourados, sem ter, em quase 8 anos de governo praticamente nada feito pelas nossas terras. Ou melhor, fizeram muitas promessas, a Funai colocou a nossa situação como prioridade, assinou juntamente com o Ministério Público um Termo de Ajustamento de Conduta. O tempo já expirou e nada das nossas terras sequer serem identificadas.

Senhor Presidente, por favor, não prometa nada, mande apenas demarcar nossas terras. O resto sabemos dos nossos direitos e vamos batalhar por eles. Já esperamos demais e toda nossa enorme paciência acabou. Só esperamos não precisar ir pelo mundo afora, na ONU e nos tribunais internacionais denunciar um governo em quem tanto esperamos. Temos a certeza que o senhor que quer entrar para a história como um grande presidente desse país e para a humanidade, não queira entrar também como massacrador do nosso povo. Caso não demarcar as terras, infelizmente é isso que continuará a acontecer conosco. O senhor já deve ter ouvido falar do recente assassinato dos nossos dois professores, Jenivaldo e Rolindo, na terra indígena Ypo’i, município de Paranhos. Seus familiares vieram aqui exigir justiça e garantia de vida e seus direitos à sua terra tradicional à qual voltaram recentemente. Querem encontrar o corpo de Rolindo e ali enterrar Jenivaldo.

Finalmente, senhor presidente Lula, Não deixe nosso povo Kaiowá Guarani sofrendo tanto. Nosso povo continua sendo morto que nem animal e muitos de nossos jovens se suicidam pela falta de esperança e de terra. Sofremos demais com tanta violência em e contra nossas comunidades. Isso só vai começar a mudar com a demarcação de nossas terras, juntamente com um plano de recuperação ambiental e produção de alimentos.

Não fazemos pedidos, exigimos direitos. Demarcação de nossas terras com urgência para que nosso povo volte a viver em paz, com felicidade e dignidade.

Conselho da Aty Guasu Kaiowá Guarani e Comissão de Professores Indígenas Kaiowá Guarani

Dourados, 24 agosto de 2010.

Carta socializada pelo CIMI e publicada pelo EcoDebate, 27/08/2010

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29 de agosto de 2010

Soldado Medeiros: a primeira mulher militar do Brasil

Não foi como mulher, mas disfarçada de homem que ela se alistou como soldado voluntário nas tropas que combatiam os portugueses, no movimento de Independência do Brasil. Primeiro ingressou no Corpo de Artilharia e, depois, no de Caçadores. Seu nome de guerra: soldado Medeiros.

Maria Quitéria de Jesus Medeiros nasceu, possivelmente, em 1792, em arraial de São José de Itapororocas, na Bahia, mais precisamente no sítio do Licorizeiro. Em fins de 1822, incorporou-se ao Batalhão de Voluntários de Dom Pedro I, tornando-se,oficialmente, a primeira mulher a fazer parte de uma unidade militar no Brasil. Em 20 de agosto de 1823, Dom Pedro I recebeu Maria Quitéria em audiência especial. Concedeu-lhe o soldo de alferes de linha e a condecoração de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.

Contam-se, sobre Maria Quitéria, histórias de coragem e audácia. Diz-se que tomou de assalto uma trincheira inimiga e fez prisioneiros, que conduziu sob a mira das armas. Diz-se também que usava uma farda azul com um saiote que ela concebera e um capacete com penacho. Apesar de tudo, Maria Quitéria nunca deixou de lado a feminilidade.MariaQuiteria

Após conquistar as glórias de guerreira, casou-se com Gabriel Pereira Brito e com ele teve uma filha, chamada Luísa Maria. Viúva, foi para Feira de Santana, tentar receber uma parte da herança do pai. Sua personalidade despertou a atenção da escritora inglesa Maria Graham, que sobre ela registrou: “Maria de Jesus é iletrada, mas viva. Tem inteligência clara e percepção aguda. Penso que se a educassem, ela se tornaria uma personalidade notável. Nada se observa de masculino nos seus modos, antes os possui gentis e amáveis.”

O motivo de seu ingresso nas forças armadas foi o ataque de um canhoneira contra a cidade de Cachoeira. As notícias sobre o incidente chegaram a Maria Quitéria pelos tropeiros que percorriam o sertão baiano. Duas semanas depois de alistar-se, descobriram que era uma mulher. Seu pai, que a procurava, tentou leva-la embora, mas o major Silva e Castro (avô do poeta Castro Alves) não permitiu que ela fosse desligada, por causa de sua facilidade no manejo das armas e da sua disciplina.

Seu fim de vida não foi coerente com a trajetória da heroína, reconhecida em maio de 1953, quando o Exército determinou que se inaugurasse, em todas as suas repartições, um retrato da mulher-soldado. Maria Quitéria morreu em 1853, em Salvador, para onde se mudara com a filha, quase cega e no anonimato. Em 1996 tornou-se patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.

Fonte: Livro 100 Brasileiros (2004)

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