22 de outubro de 2010

Frida Khalo: A arte de viver sem limites

Frida Khalo chocava a sociedade com seu comportamento. Mas os críticos de arte a exaltavam. Intrigante, autêntica e revolucionária, ela teve diferentes faces em diferentes fases. Magdalena Carmen Frieda Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907, em Coyoacan, na época uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México.

Uma heroína para os admiradores e seguidores, a vida de Frida Khalo, foi marcada por trágicos acontecimentos. Além do comprometimento da perna direita por causa da paralisia, aos 18 anos sofreu um acidente envolvendo um bonde e um ônibus que provocou várias fraturas em seu corpo. Uma barra de ferro atravessou o seu abdome, a coluna vertebral e saiu pela vagina.FridaKhalo

Além de deformações físicas, fez cerca de 35 cirurgias, ficando anos presa em um colete de gesso. Por muito tempo permaneceu em uma cama. Costuma dizer que tinha a sensação de que seu corpo carregava todas as chagas do mundo. Mas seu drama não a fazia sucumbir. Feminista, intelectual, agitadora cultural e militante comunista foi fiel ao amor pelo México. Afinal tinha nascido em 1910, marco da Revolução Mexicana, dizia.

Após o acidente Frida Khalo começou a pintar freneticamente. Sua mãe pendurou um espelho em cima de sua cama, motivando a criação dos célebres auto-retratos. Dizia que pintava si mesma, pois estava muitas vezes sozinha e porque era o assunto que melhor conhecia.

Em 1929, casou-se com o pintor mexicano mais expressivo do século 20, Diego Rivera, socialista defensor da arte acessível. Frida Khalo amava-o loucamente, mas sofreu com as traições do marido, incluindo sua irmã mais nova. Para não se abater, ela também viveu romances paralelos como a relação com o revolucionário russo León Trotsky, amigo de seu marido, além de envolvimentos homossexuais.

Em julho de 1954, já com uma perna amputada, participou, em cadeira de rodas, da manifestação contra a intervenção americana na Guatemala. Na madrugada de 13 de julho do mesmo ano, foi encontrada morta em sua cama. A causa da morte, oficialmente, foi embolia pulmonar. Mas há suspeitas de suicídio. Em seu diário suas últimas palavras: “Espero alegremente a minha partida e tomara que eu nunca mais precise retornar”.

Sun and Life1947

Sun and Life, 1947

 

Fontes de pesquisas: www.pt.wikipedia.org  www.fridakahlo.com  www.artcyclopedia.com

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21 de outubro de 2010

SBGames 2010

A 9ª edição do Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital (SBGames 2010), maior evento de pesquisa e desenvolvimento de games da América Latina, será realizado de 8 a 10 de novembro, em Florianópolis, Santa Catarina.

Promovido há nove anos pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Games (Abragames), o SBGames 2010 será organizado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali) com patrocínio da Hoplon Infotainment, Intel Software, Sony Computer Entertainment, Senac, Aiyra e Nokia, no hotel Bristol Castelmar, no Centro de Florianópolis.


As discussões deste ano giram em torno do tema “Games na Rede”, acompanhando a evolução dos jogos na Internet. As inscrições para professores e estudantes interessados em participar das palestras e atividades acadêmicas podem ser feitas pelo www.sbgames.org/sbgames2010. No mesmo endereço é possível conferir a programação completa do evento.sbGames

“Este é um evento único, pela troca de experiências que proporciona, reunindo pesquisadores das principais universidades que oferecem cursos de game, representantes da indústria nacional, e os fornecedores de tecnologia”, diz Rudimar Luís Scaranto Dazzi, coordenador do curso de Tecnologia em Jogos Digitais da Univali e organizador do evento.


No encontro, mais de mil profissionais de desenvolvimento, professores e estudantes de universidades de todo o Brasil, e outros players da indústria de jogos nacional e internacional, vão inteirar-se das últimas tecnologias e estudos e trocar conhecimento.

Dentro da programação acadêmica, que começa um dia antes da abertura oficial do evento, em 7 de novembro, haverá apresentação dos principais trabalhos do software Blender Pro, durante todo o dia. As inscrições serão feitas no local, sem custo.


No mesmo dia serão realizados os cursos de Unity, tecnologia 3D mais usada no desenvolvimento de games atualmente, que no Brasil foi utilizada em Taikodom: Living Universe. As inscrições são limitadas a 40 vagas e haverá custo de R$ 80,00.
Paralelamente, será realizado o workshop de Computação Criativa para games, com inscrições limitadas a 15 vagas e um custo de R$ 100,00. As inscrições para estes dois cursos são à parte do evento, e os interessados na reserva devem entrar em contato pelo e-mail
ivancoelhoeventos@gmail.com.



Este ano, o SBGames recebe uma missão francesa, que está no Brasil para o 1º Encontro Franco-Brasileiro sobre Videogames, com o intuito de desenvolver parcerias comerciais e co-produções, além de colaborações entre universidades e laboratórios de pesquisa dos dois países. Composta por 12 representantes de empresas, universidades, laboratórios de pesquisa e pólos de competência.

Essa missão vem com o objetivo básico de conhecer as empresas brasileiras para buscar parcerias e projetos. Palestras ocorrerão nos dias 9 e 10 de novembro, sempre às 9 horas, sobre as empresas e instituições francesas. Destaque para Nicolas Gaume, presidente do Sindicato Nacional Francês do Game.



Entre as atividade de lazer haverá a Exposição Artes Plásticas e Games - fazendo uma releitura de cenas de games clássicos com outras técnicas artísticas, além de um grande Campeonato Taikodom: Living Universe. No campeonato as inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo http://campeonato.taikodom.com.br/, independente da participação do Simpósio.


Serão cinquenta máquinas instaladas em um cenário que reproduz uma lan house, montado na entrada do evento. Durante três dias, os jogadores disputarão baterias ou partidas de 40 minutos de Taikodom: Living Universe, game espacial 3D de ação e combate em tempo real. Os três vencedores serão premiados com placas de vídeo de última geração.


O Taikodom: Living Universe é o mais sofisticado Massive Multiplayer Online (MMO) já desenvolvido no Brasil e leva o conceito de mídia interativa a um novo nível, transformando o servidor de jogo em um megamestre de RPG, que junto com os milhares de jogadores -os Taikonautas- desenvolve aventura atrás de aventura, sem nunca se repetir.

Com informações da FD Comunicação.


Outras informações: (48) 3234-1233 Ramal 2505, com Rudimar Luís Scaranto Dazzi, coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais da Univali e organizador do SBGames 2010.

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20 de outubro de 2010

Cooperativismo ao alcance de todos

“Cooperativismo ao alcance de todos” é o título da obra reeditada neste ano pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Organizada em 17 capitulos e 38 páginas, a obra concentra valiosas informações sobre a doutrina, a legislação e a prática cooperativista no Brasil.

Os capítulos tratam dos seguintes temas: uma lição de cooperação, exemplos de cooperação, conceituações, origens do cooperativismo, os precursores, a primeira cooperativa, os princípios, a expansão da ideia cooperativista, representação do sistema cooperativista, significado dos símbolos da cooperaçcartilhacooperão e o cooperativismo no Brasil e em Santa Catarina.

Outras abordagens consistem na nova fase do cooperativismo, no cooperativismo como forma de organização social e na estrutura de uma cooperativa.

A publicação é distribuida gratuitamente pela Ocesc e destina-se a professores e estudantes do ensino fundamental, cooperados, funcionários e cooperativas,líderes de comitês e demais interessados.

O trabalho foi originalmente elaborado por Alcyr Peters Hartung e, posteriormente, revisada e atualizada pela equipe técnca da Ocesc e do Sescoop, tendo a frente o presidente Marcos Antônio Zordan e o superintendente Geci Pungan, acompanhados dos colaboradores Paulo von Dokonal, Ramiro Hensel, Milton Dalago, Laércio Meneghini, Élvio Silveira, Valéria Hirasike, Alexandre Alves, Dione Palhares e Patrícia de Souza.

Por: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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19 de outubro de 2010

Ary Barroso: um dos maiores compositores brasileiros

O compositor mais representativo da era do rádio e o maior nome do samba-exaltação teve um começo difícil. Filho de um advogado e cantor de modinhas, Ary Barroso ficou órfão aos 7 anos e foi criado pelas tias-avós, que queriam fazê-lo pianista de concerto, obrigando o menino a praticar três horas por dia. Aos 12, em 1915, já trabalhava no cinema de Ubá (MG), acompanhando ao piano os filmes mudos exibidos.

Aos 18, ganhou uma pequena herança e partiu da cidadezinha mineira para estudar Direito no Rio de Janeiro. Levou nove anos para se formar e nunca exerceu a profissão. Para se sustentar, tocava piano em cinemas e cabarés, na época em que o teatro musical estava em ascensão. Acabou seduzido pela boemia carioca.

AryBarroso
Em 1930, Ary ganhou o primeiro prêmio de concurso carnavalesco com a marcha Dá Nela. Nos anos seguintes, compôs Vamos deixar de intimidade, Faceira, Rancho Fundo (com letra de Lamartine Babo) e Camisa Amarela. Depois veio a fase em que recorreu ao pitoresco e ao sentimento patriótico, em composições de grande sucesso no exterior, como Na Baixa do Sapateiro e No Tabuleiro da Baiana.

Composto em 1939, em pouco tempo o samba-exaltação, Aquarela do Brasil passou a figurar como hino nacional alternativo. Foi gravado centenas de vezes em todo o mundo, a primeira delas, na voz de Francisco Alves, com arranjo de Radamés Gnattali.

Em 1933, Ary conseguiu emprego na Rádio Philips e descobriu sua vocação para comandar programas de sucesso, o que faria mais tarde também na televisão, com Calouros em Desfile e Encontro com Ary. Intransigente com quem tivesse gosto ou opinião musical diferentes dos seus, seus programas revelaram nomes que fariam história na música brasileira, como Lúcio Alves, Luiz Gonzaga, Elza Soares e Elizeth Cardoso.

Ary era temido pelos calouros, de quem exigia que só cantassem músicas nacionais, a única exceção foi Dolores Duran, que cantou em inglês na Hora do Calouro. Ainda na década de 30, Ary Barroso começou a trabalhar como locutor esportivo, profissão até então enfadonha e burocrática, que nunca mais foi a mesma depois que Ary deu um tom emocional à transmissão dos jogos, sem disfarçar sua torcida pelo Flamengo, cujos gols comemorava, no ar, com uma gaitinha de boca.


Em 1944, visitou os Estados Unidos, musicando o filme Você já foi à Bahia?, de Walt Disney, o que lhe valeu o diploma da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood. Como compositor, retornou, nos últimos anos, aos temas familiares e cotidianos de sua primeira fase, em sambas como, Folha Morta, Ocultei e Risque. Em 1955, junto com Heitor Villa-Lobos, recebeu a Ordem Nacional do Mérito. Ao todo, Ary Barroso compôs 264 canções.

Fonte: Livro 100 Brasileiros (2004)

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18 de outubro de 2010

Semana do Empreendedor Individual

O Sebrae/SC promove em parceria com Prefeituras e entidades empresariais, de 18 a 23 de outubro, a Semana da Formalização do Empreendedor Individual (EI) em todo o Estado. Técnicos da instituição e contadores estarão orientando e formalizando gratuitamente os empreendedores informais que trabalham por conta própria e faturam até R$ 36 mil por ano (média de R$ 3 mil por mês). O objetivo é ampliar o número de formalizados e contribuir para a meta nacional de 1 milhão de registros no EI até dezembro.

A programação na região oeste envolve atendimento nos dias 18 e 19 no Sebrae de Pinhalzinho; dia 19, na Prefeitura Municipal de Seara; dia 20, na prefeitura municipal de Itá; dia 21, na prefeitura municipal de Alto Bela Vista e no Centro de Atendimento do Bairro Efapi em Chapecó; dia 22, na prefeitura municipal de São Lourenço do Oeste e na prefeitura municipal de Irani e durante toda a semana,haverá atendimento no Sebrae Chapecó, Sebrae Xanxerê e Sebrae de Concórdia.

EI

Empreendedor Individual é a figura jurídica em vigor desde julho de 2009 que possibilita a formalização de pessoas que exercem atividade econômica por conta própria, como chaveiros, encanadores, doceiras e costureiras, entre 442 outras atividades previstas. Atualmente, há mais de 570 mil empreendedores individuais em todo o país, parcela de um público aproximado de 11 milhões de brasileiros informais. A Semana da Formalização do Sebrae tem como objetivo fazer o registro no EI garantindo ao empreendedor informal vantagens e benefícios como a obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) na hora do registro, acesso facilitado ao crédito, além do direito à aposentadoria, auxílio-doença, licença maternidade, e demais direitos previdenciários. Os informais que aderirem ao EI poderão participar de licitações e de compras governamentais, entre outras vantagens, pagando uma única taxa no valor de até R$ 62,10. O Empreendedor Individual ficará isento dos tributos federais (PIS, Cofins, IPI e CSLL).

Em Santa Catarina, a meta do Sebrae/SC é formalizar 25 mil empreendedores até o final do ano. Mais de 20 mil empreendedores do comércio, serviços e indústria já se registraram no Estado. O diretor técnico do Sebrae/SC, Anacleto Ortigara, explica que o Empreendedor Individual visa oportunizar aos empreendedores e trabalhadores atuar em atividade formal, ter direito aos benefícios previdenciários e acesso ao crédito. Por isso ele acredita que é preciso ampliar a informação e a sensibilização sobre o assunto. “Essa mobilização chamará muita atenção e a tendência é que ela continue repercutindo e resultando em novas formalizações”.

        SERVIÇO

O que: Semana da Formalização no Empreendedor Individual - atendimento individual do Sebrae/SC, Prefeituras, contadores, agentes de crédito e registro gratuito no EI.

Quando: de 18 a 23 de outubro

Onde: Sebrae da sua região

Mais informações – 0800 570 0800.

Por: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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17 de outubro de 2010

Avanço no projeto da Ferrovia do frango

A publicação do edital para contratação do projeto técnico da futura ferrovia leste-oeste, conhecida como “Ferrovia do frango” e “Ferrovia da integração” – anunciada nesta semana pelo Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT) – representou uma forte injeção de otimismo nas classes produtoras e lideranças do grande oeste catarinense.

A ferrovia terá 700 quilômetros de extensão, ligando a fronteira Brasil/Argentina com o litoral, tendo nos dois extremos o porto marítimo de Itajaí e o porto seco de Dionísio Cerqueira. A obra está orçada em 1 bilhão 860 milhões de reais. O projeto técnico, em fase de licitação, definirá o traçado da estrada de ferro que cortará todo o território catarinense.

O presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, destacou que a ferrovia retirará milhares de caminhões das rodovias, reduzindo o impacto ambiental. Proporcionará redução de custos, beneficiando produtores rurais, indústrias e consumidores, além de facilitar a logística de operação dos portos. Lembrou que não apenas o frango e os produtos das agroindústrias, mas produtos in natura e a produção industrial serão transportados pela ferrovia. Zordan observou que na definição do traçado é essencial priorizar as zonas de concentração da produção em razão das soluções logísticas.ferrovia

O presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Clever Pirola Ávila, prevê impacto positivo da ferrovia na redução dos custos de exportação dos produtos acabados. Observa que todo transporte está baseado em rodovias, as quais estão congestionadas em Santa Catarina. “A BR 282 e a BR 470 são gargalos pelo subdimensionamento, congestionamento, morosidade, etc, que propiciam consumo excessivo de combustíveis, muitos acidentes, custos altos e um impacto ambiental desnecessário”.

Ávila avalia que, atualmente, 27% da produção nacional  de aves poderia circular nessa ferrovia. Por isso, a ferrovia do frango é adequada para as soluções de todos os entraves, reduzindo custos e nos alinhando a competitividade necessária.

Para o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, um dos maiores conglomerados agroindustriais do país, a ferrovia será a garantia de permanência das indústrias no oeste catarinense. O dirigente considera igualmente importante a construção da rodovia que ligará Chapecó ao Mato Grosso do Sul, incorporando o projeto da Ferroeste, do Paraná, ao qual já aderiu formalmente o governo catarinense. O centro-oeste fornece 1,5milhão de toneladas de milho para as agroindústrias catarinenses.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), João Carlos Stakonski, elegeu em seu plano de gestão a questão das ferrovias e festeja que “os empresários e a classe política se conscientizaram da importância dessa obra para a economia regional. Ela trará mais desenvolvimento ao oeste e mudará o perfil de nossa infraestrutura”.

Por: MARCOS A. BEDIN

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Caminhamos para uma catástrofe em câmara lenta

A humanidade caminha para uma catástrofe em câmara lenta, assistindo o planeta ser destruído por interesses de uma minoria rica e as soluções sendo empurradas com a barriga, alertou o economista e professor Ladislau Dowbor, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em palestra, dia 6, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

O grande desafio, hoje, é como incorporar as ameaças planetárias no processo decisório, disse. É preciso resgatar o bom senso, defendeu, dando o exemplo do que vai para a lata do lixo na compra de um simples ovo de Páscoa: primeiro, o ovo vem enrolado num papel celofane, que vai fora, amarrado por um tope, que também vai fora. Além do celofane, o ovo vem enrolado, ainda, num papel laminado, que vai fora, e o produto fica assentado sobre um copo de plástico, que vai pro lixo.

A cada dia, o brasileiro joga no lixo um quilo de produtos, o que representa desperdício. Recorrendo a dados de 1998, Dowbor mostrou que por ano a humanidade gasta 6 bilhões de dólares em educação, 9 bilhões em água e serviços sanitários, 13 bilhões em saúde básica e nutrição. Duplique esses números por dois e chega-se, aproximadamente, aos gastos nessas áreas em 2010.meioamb200

Agora, o europeu deixa, por ano, 11 bilhões de dólares nas sorveterias, 12 bilhões nas lojas de perfume, 17 bilhões nas lojas de venda de produtos para animais e consome o equivalente a 105 bilhões de dólares em bebidas alcoólicas.

Já  o gasto em armamentos alcançou, em 2009, 1,5 trilhão de dólares. “Um real gasto em saneamento, deixa-se de gastar quatro reais em saúde”, comparou o professor da PUC. Quatro bilhões, dos sete bilhões da população humana, estão fora dos benefícios trazidos pela globalização, citou.

Uma política social distributiva não é aquela que tira dos ricos para dar aos pobres, mas a que aumenta o processo de geração de riqueza para todo o país. “Boas políticas sociais dinamizam a economia pela base”, afirmou.

Hoje, dos 60 trilhões de dólares do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, 83% vão para os ricos, 11,7% para a classe média e 1,4% resta para os 20% mais pobres do planeta. Dividido o PIB pelo total da população mundial – 7 bilhões de habitantes – cada família de quatro pessoas poderia receber uma renda mensal de 4 mil a 6 mil reais por mês.

Dowbor frisou, também, que o PIB é um parâmetro relativo, pois ele mede o consumo intermediário e não o resultado. Assim, a ação da Pastoral da Criança, que, com medidas simples como o soro caseiro (uma colher de sal misturado a duas colheres de açúcar), não contribui para o crescimento do PIB, pois não há consumo de medicamentos, que o PIB somaria.

“Uma sociedade funciona quando a população está organizada de forma a assegurar maior agilidade, transparência e dimensão às decisões públicas”, disse, reportando-se ao exemplo da Pastoral da Criança.

Ao contrario do que a mídia costuma publicar, o brasileiro não tem a maior carga tributária do mundo. O sueco paga 66% dos seus ganhos a título de imposto de renda. Mas ele participa de pelo menos quatro organizações comunitárias, que decidem o destino de 72% do orçamento do Estado.

Ladislau tem uma extensa ficha de consultoria, na área de assuntos políticos, econômicos e sociais para agências das Nações Unidas. Conheceu o capitalismo helvético e a pobreza de países africanos.

Fonte: ALC

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