15 de setembro de 2012

Filme arranca aplausos da platéia

O filme Intocáveis (Intouchables, dos diretores Eric Toledano, Olivier Nakache, com François Cluzet, Omar Sy, Anne Le Ny, comédia, França) tem arrancado aplausos insistentes das plateias. Diferente da versão anterior, a intocabilidade não resulta do pleno poder dado a policiais para investigarem a rede criminosa de Al Capone em Chicago nos anos 30, nem da condição dos párias, pessoas pertencentes ao grupo mais simples e socialmente discriminado na Índia, que sequer faz parte de uma classe social. Mas, pelas mesmas vergonhosas razões, para descrever um homem rico e culto, e jovem negro, simples e autêntico, que com ele partilhou a cumplicidade na luta pela vida.

Trata-se da relação de trabalho – na qual as pessoas não estão imunizadas da condição humana, ao contrário, podem atuar por causa dela – em que o aristocrata rico Philippe (François Cluzet), tetraplégico por causa de um acidente após a perda da mulher amada, contrata Driss (Omar Sy), um jovem negro, descendente dos povos colonizados pelos franceses, para ser seu condutor, mesmo não tendo experiência no atendimento a deficientes físicos.

Driss é escolhido após uma lista de candidatos, após saltar na frente apenas para conseguir uma assinatura para que possa recorrer ao seguro desemprego, e por isso sem os cuidados básicos para tratar ricos como semideuses, ser formalmente educado e cumprir as tarefas que lhe cabem. Ah, e se possível, ter alguma empatia com a pessoa de quem vai cuidar até durante o sono. Do empregado, claro.

E então acontece o possível, mas no mais das vezes inimaginável. O aristocrata tem sensibilidade humana, percebe a naturalidade do empregado, ri de sua linguagem e das suas expressões culturais, diverte-se com sua espirituosidade e, a despeito dos cuidados e cautelas dos que o cercam, decide contratá-lo.intocaveis

Qualidades o distinguiam dos que o cercavam. O empregado não tem piedade dele, nem o trata como uma babá, interage em situações do cotidiano, tem uma autenticidade que  conquista sua confiança e da qual surge a cumplicidade imprevista, e depois a amizade. Driss na realidade está descrente das possibilidade e quer apenas um atestado para solicitar o auxílio desemprego do governo. Já esteve preso, tem uma conduta conturbada, mas mesmo assim Philippe o contrata e os dois desenvolvem um vínculo forte, unindo valores e descobertas do conflituoso entrechoque dos mundos distintos.

O público se diverte, assiste o filme com emoção, o enredo toca em situações limítrofes das perspectivas em contradição. De um lado, a ousadia e as novidades trazidas por quem tem uma visão desobrigada dos deveres da aristocracia, e de outro, o rico que encontra uma amizade autêntica, desinteressada e sem valer-se da convivência e das proximidades econômicas do outro. Depois começou a segunda parte lúdica da película: perceber como a imprensa informada por valores elitista lidou com o tema.

Os primeiros comentários diziam que o enredo é plausível, mas muito improvável. Outros disseram que roteirista, diretor e produtores fizeram uma aposta grande. Engendraram riscos mil ao contar o que seria um drama – redimir um tetraplégico rico pelas façanhas do ‘bobo da corte’ – onde histórias de superação que a Europa se acostumou a ver durante séculos e que o Brasil começou a vivenciar na última década.

As suspeitas, as emendas descabidas e os limites que ‘não poderiam ser superados’ nos dramas reais do cotidiano, pretendia ensinar a imprensa da axiologia ‘correta’. E finalmente uma surpresa agradável para a maioria dos que viram o filme: ele agradou ao público e à crítica, arrancou aplausos, não terminou em tragédia e dramas intermináveis, e começou a levantar suspeitas sobre o enredo que aproxima um rico e doente de um negro simpático e espirituoso.

Quase chegando à tragédia, houve quem indagasse se seria um drama, enfatizando o sofrimento do ‘condenado’ à cadeira de rodas e de um pobre sem teto e com familiares em conflito com a lei. Com uma suspeita remota e desconsiderada de que a amizade surgida dos dramas cotidianos pode ajudar na superação de sofrimentos. Mais que isso, empolga pessoas diferentes, mostrando o elo entre amigos de universos que têm na colisão o momento de reconstrução de novos cenários, ricos e propositivos.

Ao começar a filmar 'Intocáveis', os diretores Eric Toledano e Olivier Nakache não tinham completa certeza de estar no caminho certo, embora soubessem que era um grande papel para um comediante que já fez três filmes sob sua direção. E que tem crescido artisticamente. Daí ao fato de Intocáveis ter se tornado um sucesso, para alguns um fenômeno, é uma sequência de ganhos imprevistos e surpreendentes.

Ter se tornado a segunda maior bilheteria da história do cinema francês – o povo que venceu uma Copa de futebol por ter a base do time com imigrantes das antigas colônias – desaprendida na Copa seguinte e com problemas de discriminação e desrespeito a imigrantes ter feito perder jogos praticamente ganhos, com cenas patéticas como a rejeição da solidariedade do técnico brasileiro, já tendo sido visto por 19 milhões de pessoas, atrás dos 25 milhões de espectadores de A Riviera Não É Aqui, de Dany Boon.

Uma expectativa de Toledano é ganhar o público brasileiro, no qual o Tropa de Elite 2, de José Padilha, é o filme mais visto, com 12 milhões de expectadores. O que torna o Brasil um mercado preferencial do cinema francês, com um público que privilegia o cinema de autor. Nas duas últimas semanas, Intocáveis já cruzou os principais mercados brasileiros, com muito aplauso no Rio, São Paulo, Porto Alegre e Recife.

Indagado sobre a fórmula, os diretores negaram sua existência e rebateram críticos dos EUA, que “nos acusaram de ser manipuladores, imagine, logo os norte-americanos, que manipulam tanto com o cinema deles. Mas é compreensível. Eles dominam o mercado de cinema no mundo, não podiam aceitar que a gente entrasse num território que é deles, o das duplas birraciais", falando da “força da amizade superando os limites”.

Por: Antonio Carlos Ribeiro/ALC

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13 de setembro de 2012

Mudanças bruscas de temperatura propiciam doenças respiratórias

Tempo seco e temperaturas que oscilam entre alta e baixa são características comuns nesta época do ano. Esta situação propicia a ação dos vírus e bactérias causadores de problemas respiratórios como infecções respiratórias, agudização e descompensação de doenças crônicas tais como enfisema, asma, insuficiência cardíaca e até a hipertensão arterial. “Estas doenças geralmente surgem durante a mudança do clima quente para o frio de forma muito repentina. O ar frio  é irritante para as vias respiratórias, diminui a imunidade e, por isso,  pessoas pré-dispostas são mais vulneráveis”, explica o médico pneumologista Oreste P. M. Andrade.

O grupo de pessoas mais suscetíveis às enfermidades desta natureza é formado por crianças menores de dois anos, idosos maiores de  65 anos e portadores de doenças crônicas. Os sintomas variam de acordo com o problema, no entanto, em casos de doenças das vias respiratórias a tosse, a coriza e a dor de garganta são os sinais mais comuns. “Com menor frequencia também pode haver falta de ar e febre”, salienta o médico.

Em casos de infecções respiratórias graves há concomitantemente uma situação chamada "estresse infeccioso" – quando há liberação de substâncias químicas como, por exemplo, a adrenalina que pode causar isquemia (perturbação circulatória caracterizada fundamentalmente por uma interrupção do trânsito sanguíneo em uma determinada artéria, por sua obstrução mecânica) em pacientes pré-dispostos. Além da adrenalina, diversas outras substâncias inflamatórias e toxinas também são liberadas quando há estresse infeccioso e podem ser a causa de diversas outras complicações tais como hipotensão, choque, insuficiência renal, sepsis, entre outras.doencasrespi

O médico realça que não há uma maneira, uma dica, uma conduta para "prevenir" essas complicações. “A recomendação é em caso de sintomas, especialmente naqueles indivíduos pré-dispostos, procurar atendimento médico”.

ENFISEMA

O enfisema é uma doença respiratória crônica, de lenta evolução, quase sempre é consequência do fumo (tabagismo). No enfisema os alvéolos transformam-se em grandes sacos cheios de ar, os quais dificultam o contato do ar com o sangue, pois neste caso, foi destruído o tecido por onde passavam os vasos.

ASMA

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores que resulta na obstrução do fluxo de ar. Está relacionada com a interação entre fatores genéticos e ambientais, que se manifestam durante as crises com falta de ar, devido ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco nas vias aéreas e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com consequente diminuição de seu diâmetro (broncoespasmo).

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

O coração é um músculo formado por duas metades. Quando  há falha parcial, porém de modo significativo, o coração perde a capacidade de enviar adiante todo o sangue que recebe, havendo então insuficiência cardíaca.

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Hipertensão arterial é definida como a pressão arterial acima de 130 x 90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida após repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas/consultas médicas.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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9 de setembro de 2012

Dá água na boca e faz bem pra saúde

Para incentivar o consumo regular de pescado pelas famílias brasileiras, começou no último dia 3, a 9ª Semana do Peixe. A campanha deste ano, que tem como lema “Pescado. Dá água na boca e faz bem pra saúde”, conta com a participação do medalhista olímpico Thiago pereira e eventos gastronômicos em vários estados brasileiros. O evento é promovido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura e segue até o dia 17 deste mês.

O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda o consumo de peixe fresco pelo menos duas vezes por semana. Comer pescado frequentemente previne doenças cardiovasculares, diminui o nível de colesterol e a ansiedade, além de ativar a memória.

A coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, reforça a importância das ações que incentivam o consumo de pescado. “Apesar de toda riqueza de nossa costa marítima e da imensidão de rios - o que permitiria uma distribuição grande de pescados - o consumo de peixe no País ainda é considerado baixo. Precisamos promover hábitos saudáveis na população e o peixe se caracteriza como um alimento muito saudável”, observa a coordenadora. 

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-09, o consumo anual de peixe do brasileiro é de 9 quilos de pescado por habitante ao ano. A meta da campanha é aumentar o número para 12 kg de pescado habitante/ano, quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).peixe

A pesquisa também revela que os brasileiros não têm o costume de comer peixe em casa. O consumo médio domiciliar de pescados no Brasil é de 4,03kg per capita por ano. Há, no entanto, uma grande diferença regional. Com exceção do Norte, que consome 17,54kg per capita ao ano, todas as outras regiões do país têm índices baixos. O Nordeste apresenta a taxa de 4,96kg; o Sudeste de 2,06kg; o Sul de 1,60kg e o Centro-Oeste, de 1,62kg.

A campanha prevê a realização de eventos gastronômicos e a distribuição de cartazes e cartilhas informativas. Orientações sobre como verificar a qualidade do produto na hora da compra, como limpar o pescado e diversas receitas regionais, com quantidades reduzidas de sal e de gorduras.

Além de dicas na hora da compra e do preparo, com receitas saborosas, a cartilha também traz informações sobre os benefícios que a ingestão de pescado proporciona à saúde.  Durante a Semana, a população também poderá enviar receitas pela Internet e compartilhar com o Brasil  o modode preparo.

Os peixes são boas fontes de aminoácidos, que ajudam a formar as proteínas, necessárias para o crescimento e a manutenção do corpo humano. São também fontes importantes de ferro, vitamina B12, cálcio e gorduras essenciais, fundamentais ao bom funcionamento do corpo.

A campanha vai auxiliar os consumidores sobre quais itens observar na hora da compra. O peixe fresco, por exemplo, deve possuir pele firme, bem aderida, úmida e sem a presença de manchas; os olhos devem ser brilhantes e salientes; as escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele; as guelras devem possuir cor que vai do rosa ao vermelho intenso, ser brilhantes e sem viscosidade; odor característico e não repugnante.

A conservação será outro ponto em destaque. Após o descongelamento, os pescados só podem ser congelados novamente se cozidos e preparados. No congelamento caseiro, os peixes devem ser mantidos inteiros, mas sem as vísceras. Camarões e lagostas devem ser congelados sem cabeça. Nunca congelar espécies diferentes num mesmo recipiente. Ao manusear o pescado, o vendedor deve utilizar luvas descartáveis e a higiene do local de venda deve ser observada como um todo. Os peixes são alimentos extremamente perecíveis e por isso é necessário tomar muito cuidado com seu manuseio.

Por Fabiane Schmidt, da Agência Saúde

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