2 de novembro de 2012

A deletéria concentração de eventos

Quem examinar o calendário geral de eventos observará uma elevadíssima concentração no segundo semestre do ano. Refiro-me a eventos de toda natureza – científicos, culturais, empresariais, esportivos, religiosos, educacionais etc. Somente uma pequena parcela desses eventos realmente deveria freqüentar a segunda metade do calendário gregoriano -  por fundadas razões históricas, como festas e comemorações, pelo clima (ações  econômicas relacionados com a sazonalidade agrícola) ou pela dinâmica intrassetorial (como as feiras que antecedem importantes efemérides de nosso calendário comercial, especialmente o Natal).

         Entretanto, a maior parte dessas iniciativas poderia ser antecipada para o primeiro semestre, sem qualquer prejuízo em sua realização . Centenas de congressos, seminários, simpósios, encontros, assembléias, reuniões são efetuadas na segunda metade do ano por puro comodismo, hábito,  condicionamento ou indolência na planificação. Inicia-se a preparação no primeiro para consumar o evento no segundo semestre, sem nenhuma razão objetiva para isso.

         Mas, afinal, qual é o problema em concentrar eventos no segundo semestre do ano? São diversos. O primeiro é de ordem material. Tomando-se por base as cidades de médio e grande porte verifica-se que os inúmeros agentes econômicos envolvidos com eventos ficam relativamente ociosos no primeiro semestre e sobrecarregados no segundo. A rede hoteleira é o exemplo mais cabal: na primeira metade do ano a taxa de ocupação média fica abaixo de 50%, depois, com a concentração típica da segunda metade, sobe ao extremo. Em muitas ocasiões não supre totalmente a demanda, levando os leigos à falsa conclusão de que a rede hoteleira é insuficiente e, portando, são necessários mais estabelecimentos do gênero.Festas

         Idêntica conclusão se obtém ao examinar outros fornecedores de serviços para eventos. O transporte aéreo apresenta limitações de vôos e de capacidade (poltronas/passageiros) com crônicas dificuldades de superação. Raros são os casos em que se torna economicamente viável e tecnicamente possível a contratação de vôos charter para suprir demanda especifica de um evento.

         A indesejada concentração de eventos também causa percalços no mercado de fornecedores de sonorização, decoração, infraestruturação e ambientação dos locais, assessoria de comunicação, cerimonial & protocolo, cerimonialistas, recepção, segurança e, especialmente, fornecedores de alimentação. Coquetéis,coffee breakes, jantares e almoços representam uma face essencial dos eventos,  e que muitas vezes determinam seu sucesso ou fracasso. Não é incomum congressos e seminários de alto conteúdo científico e cultural serem negativamente avaliados em razão de deficiências no aspecto da alimentação.

           Essa concentração gera o encarecimento dos serviços ou a incapacidade dos agentes locais atenderem as demandas, exigindo-se a contratação de prestadores de outras regiões, cujos custos obviamente são maiores. Centros de convenções, auditórios e salões nobres são locais relativamente escassos, razão pela qual os respectivos aluguéis sobem às alturas no segundo semestre. Outro aspecto importante: com a concentração de muitos eventos de agosto a dezembro, os meios de comunicação não conseguem dar o  merecido tratamento jornalístico e, portanto, boas iniciativas ficam sem visibilidade na mídia leiga ou especializada.

         Diante dessa constatação fica evidente que se não há razões objetivas e imperativas para  a execução de um evento no segundo semestre, existem  inúmeras vantagens concretas para sua  realização na primeira metade do ano. Pense  sobre isso.

Por: Marcos A. Bedin - Jornalista, diretor da MB Comunicação e diretor regional Oeste da Associação Catarinense de Imprensa (ACI)

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30 de outubro de 2012

Projeto possibilita reinserção social de detentos de SC

Treinamento em produção de mudas florestais nativas acontece até quarta-feira (31) na Colônia Penal Agrícola de Palhoça. Convênio de Cooperação Técnica – Semear viabiliza nesta segunda, terça e quarta-feira (29, 30 e 31) o primeiro treinamento de “Produção de mudas florestais nativas”, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, na Colônia Penal Agrícola de Palhoça. A iniciativa é do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC).

O curso é voltado às colônias penais agrícolas, com o intuito de capacitar e qualificar condenados em regime semiaberto e egressos do sistema penitenciário do Estado como “viveiristas”, na produção de mudas de plantas nativas. A ação integra o projeto “ACORDE Plantas Nativas”, que tem por objetivo promover a reinserção social dos participantes.

O curso possui carga horária de 24 horas, sendo disponibilizadas entre 8 a 12 vagas por turma. Para participar, os interessados devem ser alfabetizados e ter no mínimo 18 anos completos.

De acordo com o superintendente do SENAR/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, a partir de ações como esta, o SENAR/SC cumpre com sua missão de desenvolver atividades de Formação Profissional Rural, que contribuem para a qualificação, integração na sociedade, qualidade de vida e cidadania do “homem rural”.semear

O conteúdo aborda temas como segurança e saúde no trabalho; cuidados com o meio ambiente; identificação de espécies nativas; demarcação de matrizes arbóreas; coleta e beneficiamento de sementes; desenvolvimento das mudas e controle fitossanitário; preparação do solo, substrato ou espuma fenólica; plantio/semeadura; tratos culturais, controle de irrigação e fertirrigação; seleção e expedição de mudas; tipos de viveiros e custos para a implantação e mercado.

O Convênio de Cooperação Técnica - Semear foi assinado em 22 de agosto de 2012, no Centro Administrativo do Governo do Estado de Santa Catarina e integra a Secretaria de Estado do Planejamento do Estado de Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania de SC e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), com mediação da Vara de Execuções Penais da Comarca da Capital e do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de SC.

Conforme o convênio, compete à Secretaria de Estado do Planejamento a orientação e coordenação geral do projeto “Semear – Plantas Nativas”, por meio do Comitê Executivo do projeto “Ações Conjuntas de Revitalização e Desenvolvimento (ACORDE Plantas Nativas)”. O SENAR/SC será responsável pela elaboração do programa didático de qualificação e formação técnica, além de fornecer orientação, insumos e materiais pedagógicos necessários à conclusão do curso.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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28 de outubro de 2012

Postura inadequada durante o sono pode provocar lesões

Cuidar da postura é uma atitude que ajuda a evitar lesões e auxilia na manutenção da saúde e bem-estar. No entanto, vários hábitos simples passam despercebidos e, atualmente, são as causas do aumento das estatísticas de dores nos ombros. Quando a pessoa coloca a mão acima ou atrás da cabeça, a região da grande tuberosidade colide contra o arco coracoacromial e provoca uma isquemia (falta de sangue) temporária na região.

O médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, da Ortopedia Reichmann, explica que caso essa posição permaneça durante muitas horas, a isquemia pode provocar micro lesões no tendão. “Essa posição é comum enquanto as pessoas dormem. Alguns pacientes têm o hábito de dormir com a mão acima ou atrás do travesseiro, o que pode provocar com o passar do tempo, ruptura do manguito rotador”, salienta.

No trabalho também é preciso atenção com a postura. Segundo o médico, um dos principais fatores que desencadeiam dor no ombro está relacionado ao fato de determinados profissionais desempenhar atividades durante horas sem apoio para o cotovelo. “Quando digitdoramos sem apoiar punho e cotovelo levamos os músculos da cintura escapular a fadiga”, salienta.

  Os músculos fatigados são facilmente lesados. Com o tempo surgem dores na parte posterior do ombro (mialgia do trapézio, rombóide, etc) e posteriormente surgem os problemas dentro da articulação. O hábito de dirigir segurando na parte de cima do volante também pode provocar dor, principalmente na região posterior do ombro.

Segundo Reichmann, a posição correta para digitação é com apoio do cotovelo e do punho. Quando a cadeira não tem braços para apoiar o cotovelo, é necessário afirmar na mesa. Todas as funções necessitam de uma ergonomia correta para prevenir defeitos na postura.

Sobre prevenção ou diagnóstico, o médico salienta que é fundamental identificar os problemas posturais e mudar os hábitos. Em caso de dores, o ideal é procurar um ortopedista para diagnosticar quais grupos musculares estão acometidos para instituir o trabalho fisioterápico ou de reforço muscular em academia. “Uma postura adequada é aquela que se apresenta em estado de equilíbrio músculo-esquelético, que não apresente dor, que seja funcional e esteticamente aceitável”, relata Reichmann.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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