30 de novembro de 2008

Sistema poderá prever com antecedência nível do rio

Epagri/Ciram testa sistema que prevê inundações com três dias de antecedência

Fonte: Assessoria de Comunicação Epagri/Ciram

Santa Catarina já tem operando em modo piloto na bacia do Rio Araranguá um sistema de monitoramento que possibilita prever com três dias de antecedência o nível do rio. Ou seja, as enchentes poderiam ser previstas três dias antes, possibilitando a emissão de alertas em tempo hábil para que autoridades e moradores tomassem as providências necessárias para evitar mortes e maiores prejuízos.

O projeto, denominado “Modelagem Hidrológica na Bacia do Araranguá” é desenvolvido pelo Recursos Hídricos da Epagri/Ciram. Ele será apresentado pelo coordenador do setor, Gerson Conceição, na próxima quinta-feira (4 de dezembro) a pesquisadores do Brasil inteiro durante curso promovido no Rio de Janeiro pela Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMET) com apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).

O sistema consiste em um software produzido pela uma organização de agricultores dos Estados Unidos que combina uma série de variáveis para prever o comportamento de rios. Para fazer tal previsão é preciso que o programa esteja alimentado com diversas informações, como as condições de uso e ocupação do solo, relevo do terreno, tipo de solo e dados climatológicos. Depois começam os testes até que o sistema passe a reproduzir parcialmente a realidade.

Também é necessário contar com uma rede de estações hidrológicas que possa alimentar o sistema com as informações coletadas diariamente. Só na bacia do Araranguá a Epagri/Ciram conta com 35 unidades destas estações, que foram construídas com tecnologia desenvolvida na própria empresa.

A relação entre o índice de chuvas e as cheias dos rios não é tão simples como se pode imaginar. Gerson Conceição explica que além das chuvas, a vazão do rio é influenciada por outros fatores, entre eles o tipo e o uso que é dado ao solo nas regiões ribeirinhas. O que o sistema faz é combinar todas essas variáveis de forma a montar um modelo do comportamento esperado do rio nas diversas situações climáticas.

Além de possibilitar a emissão de alertas para cheias com mais precisão, o sistema traz a grande vantagem de possibilitar o planejamento de gestão ambiental. Ou seja, vai permitir aos pesquisadores conhecer que tipo de uso e ocupação deve ser dada ao solo para evitar as enchentes e, conseqüentemente, tragédias como a que assolou o estado de Santa Catarina.
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Um comentário:

  1. Ótimo! E tomara que, com o tempo, tais instalações não sejam sucateadas como acontece com tantos excelentes projetos implantados e mau cuidados na sequência. Com certeza trará muitos benefícios.

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