O motivo da decisão do governo italiano em suspender a missão que viria a Santa Catarina neste mês para discutir com criadores, entidades do agronegócio e autoridades sanitárias a compra contínua e regular de bezerros vivos causou impacto junto às classes produtoras. Os produtores estão indignados com o ministro Tarso Genro, da Justiça, que decidiu dar abrigo político ao refugiado italiano Cesare Battisti, acusado de cometer quatro assassinatos na Itália, medida que irritou o governo do premiê Silvio Berlusconi.
O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, lamentou que a decisão do ministro destruiu três anos de trabalho, contatos, viagens e articulações, jogando por terra todo o esforço da Federação, do governo catarinense e de outras instituições. O dirigente está convicto de que a nação brasileira não aprova a decisão do ministro em asilar um terrorista.
Pedrozo destacou que o negócio era vital para os catarinenses porque, na área governamental, a Itália obteria autorização da União Européia para importar animais vivos do Brasil, o que abriria portas para futuros negócios – como a exportação de suínos para a Europa.
A Itália iria importar de 100.000 a 150.000 bezerros por ano e as negociações, iniciadas em 2006, envolvem a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), os Sindicatos Rurais e a Secretaria da Agricultura.
Em novembro passado, uma delegação italiana formada pelo senador Paolo Di Castro, ex-titular do Ministério de Políticas Agrícolas, Alimentares e Florestais da República Italiana e pelo presidente da União de Importadores e Exportadores de Carnes e Derivados da Itália (Uniceb), Renzo Fossato, esteve em Santa Catarina, encaminhando ações para o fechamento do negócio.
Nos primeiros encontros, em 2007, foram discutidos o sistema de identificação dos bovinos e o atendimento aos procedimentos sanitários da União Européia para a exportação de bezerros de corte de 6 a 8 meses de idade para aquele continente.
A Itália importa mais de 1 milhão de bezerros por ano de vários países. A delegação italiana confirmou a intenção de comprar até 150.000 terneiros por ano de Santa Catarina, iniciando com 50.000 em 2009. A preferência é por gado das raças européias, especialmente charolês e limousin.
O presidente da Faesc explica que o criador catarinense não tem tradição de criar bezerros machos, preferindo abatê-los logo após o nascimento. Isso ocorre porque o leite que o bezerro consome para seu crescimento tem valor econômico maior que a carne que produziria. Por isso, os bezerros serão vendidos com 6 a 8 meses, com peso de 200 a 300 kg e embarcados para a Itália onde serão terminados em processo de engorda e abatidos para produção de carne.
Por: Marcos A. Bedin
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Os italianos estão sendo muito dramáticos. Battisti tem um valor político para eles, mas começar a cancelar acordos e outras coisas não-políticas por causa disso já é demais não? Eles estão confundido as coisas e tomando medidas perigosas, que podem afetar a relação Brasil-Itália. Os países são parceiros e devem manter-se fiéis as parcerias. O caso Battisti é político e deve ser resolvido pelos governos de cada nação. Não podemos misturar as coisas. Nós só teremos a perder.
ResponderExcluirVIVA LA REVOLUCÍON!
ResponderExcluirBando de imbecis.
Resta aos produtores processarem o Estado. Vai ser difícil, mas pelo menos vai fazer o pessoal pensar duas vezes.
Oi, Seu Luiz!
ResponderExcluirFico indignado do governo brasileiro dar asilo político para o Cesare Battisti, sendo que o cara é acusado desses crimes e merece ser julgado no seu país de origem. Desse jeito estamos dando recibo de país corrupto que protege criminoso.
Abraço
Oi Seu Luiz
ResponderExcluirVi seu link no Blog Pensamentos Urbanos e vim conferir o poste. Aqui na Italia, a pressao esta sendo grande contra o Brasil. Infelizmente è uma pena que o Brasil defenda tanto Battisti e infelizmente a Italia esta usando as armas que possui. E no final a corda arrebenta pro lado mais fraco... os empresarios e produtores brasileiros que precisam do comercio internacional. Vamos ver se essa historia tera um final feliz.
Olá Cris,
ResponderExcluirGrato pela visita e pelo comentário. Você tem toda a razão nesta briga toda quem sai perdendo são os pequenos produtores. Acho que o governo brasileiro errou mas a Itália tem outros meios para resolver este conflito esta retaliação comercial não é o mais adequado. Só nos resta torcer mesmo.
Abraços
Nel'77 eu estava lá, dissidente, perdido cão, Vamos nos encontrar, eu tenho uma boa memória e não tenho um par de perguntas e respostas para o Sr. Cesare Battisti, se alguém os mandou para ele.
ResponderExcluirBrasil sabe que os terroristas não italianos nunca levou um attaque contra a Máfia ou a Camorra, mas isso é história alianças na prisão e de logística, especialmente quando falamos sobre a Coluna Senzani ou a NAP?
Quem foi com a lógica da a ruptura, da "tanto pior, melhor"?
A jovem Itália democomunista do '70s ou a "heróica" revolucionários que, para "ajudar o povo", fogo e matar o melhor, não o pior, como Moro, ou Casalegno ou D'Antona?
Tem sido cada vez perguntou, Senhor Battisti, como ele iria se alguns milhares de pessoas (comunistas), não tinham tido o capricho de arraste no sangue e violência em um movimento (radicais), que representou uma geração inteira?
E 'por isso que pessoas como você, Battisti, deve pagar por ter deliberadamente arrastado uma nação inteira para o abismo do seu ódio.
Queira desculpar o meu mau Português.
Espero que Brasilani estão melhor informados e refletir mais.
Atenciosamente, cordiali saluti.
http://minimamoralia.blog.lastampa.it/minima_moralia/2009/02/lettera-a-cesare-battisti.html
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