As enchentes ocorridas na Bacia do Rio Cachoeira nos dias 22 de novembro e 16 de dezembro são também foco do estudo dos técnicos da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e do consórcio responsável pela elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira (PDDU).
A equipe de trabalho que começou a levantar em dezembro os dados topográficos dos 28 afluentes que compõem a bacia hidrográfica do Cachoeira quer agora aproveitar fotos, imagens e as marcas deixadas pelas águas para definir o tamanho da área de inundação e o período de retorno destas chuvas. "Vamos produzir um mapa aproximado do que aconteceu na enchente, que servirá para balizar os estudos que vão contribuir para evitar novas cheias e amenizar o processo de impermeabilização no rio Cachoeira", diz a engenheira da Seinfra, Carla Brene.
O trabalho envolve o estudo das imagens, saídas a campo para levantar medidas e a análise de como ficou a região durante as inundações. Paralelo a este trabalho segue o levantamento topográfico.
O consórcio responsável pelo plano deverá iniciar ainda este mês o estudo das marés. Para isso, uma régua será implantada na Ponte dos Trabalhadores, no rio Cachoeira. Serão feitas quatro leituras diárias e mais duas nos horários da baixamar e preamar. O professor José Rodolfo Scarati Martins, especialista no assunto, vai coordenar os trabalhos.
O projeto de drenagem vai contemplar inicialmente a bacia hidrográfica do rio Cachoeira e seus 28 afluentes. Esta bacia foi escolhida por concentrar a maior parte da população urbana e localizar-se onde ocorrem boa parte das inundações. Estão previstas 21 obras, no rio Morro Alto, entre pontes, caixas de sedimentação, galerias e tubulação.
São aproximadamente 83 km2 de área e cerca de 93 km lineares de rios entre os bairros centro, Bucarein, América, Glória, Floresta, Anita Garibaldi, Nova Brasília, Atiradores, Guanabara, Boa Vista e Fátima. O plano abrange a qualidade ambiental da bacia hidrográfica, a redução de riscos de inundação e a melhoria da capacidade de gestão ambiental municipal. O estudo técnico do PDDU vai custar R$ 3 milhões e 328 mil.
Fonte: Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Joinville
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