16 de janeiro de 2009

Faesc faz reivindicações ao governo para amenizar efeitos das enchentes

Um conjunto de reivindicações endereçadas aos governos estadual e federal para minimizar os efeitos das enchentes na região sul-catarinense está sendo sustentado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). Essas medidas resultam de encontro ocorrido nesta semana em Araranguá e coordenado pelo vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, com Sindicatos rurais, autoridades, líderes e produtores rurais.

As perdas na lavoura do arroz foram pesadas, ficaram na média regional de 20%, mas, em muitas propriedades, 100% das lavouras foram dizimadas. A enchente também prejudicou as culturas de fumo, feijão, milho, melancia, banana, maracujá, mandioca e hortaliças.

Em face dessa situação, a Faesc pediu ao governo estadual que determine à Epagri a elaboração dos laudos técnicos de perdas em todas as propriedades afetadas. Também reivindicou que a Defesa Civil faça o reconhecimento do estado de emergência ou calamidade decretada pelos municípios e que o Tesouro do Estado devolva o crédito do ICMS que os agricultores tem com as aquisições de máquinas e óleo diesel.

A recuperação da infra-estrutura regional é outra prioridade. A Faesc e os produtores solicitaram uma ação conjunta do Estado e dos municípios na reconstrução de estradas vicinais, pontes e pontilhões, além de vias internas das propriedades e erosão dos solos agricultáveis. Os produtores querem que o governador Luiz Henrique atue junto ao governo federal para flexibilização do seguro agrícola e do Proagro-Mais.

Ao governo federal está sendo endereçado outro conjunto de reivindicações em favor dos produtores realmente atingidos e identificados pela Epagri e pela Defesa civil. É considerada medida essencial a prorrogação dos investimentos das parcelas que vencem em 2009 e das parcelas anuais dos custeios agrícolas da safra 2007/2008.

Barbieri destaca que, para evitar nova onda de êxodo rural, é necessário instituir crédito ou bolsa emergência para agricultores com perdas superiores a 50%, além da liberação imediata do seguro rural e do Proagro-Mais. Enfim, pede-se a suspensão da cobrança através de agentes financeiros de todos os empréstimos agrícolas de produtores que apresentarem laudos de perdas até que se encontre uma solução negociável.

A Faesc contabilizou as perdas causadas pelos distúrbios climáticos em diversas regiões catarinenses em cerca de 500 milhões de reais. Das 200 mil propriedades de SC, em torno de 100 mil, de uma forma ou de outra, tiveram prejuízos com as chuvas e estiagens. Os produtos agrícolas mais atingidos pelas enchentes e pelos deslizamentos em Santa Catarina foram arroz, trigo, feijão, bovino de corte e leite, banana, cebola, fumo, hortaliças, mel, milho e soja.

Os prejuízos também são grandes em bovinos de corte, leite e frango. As mortes registradas foram em torno de três mil cabeças por afogamento, perda da produção de leite na segunda maior bacia leiteira do Estado, que é em torno de 10% da produção, e alguns aviários atingidos na região de Blumenau que tiveram perdas totais pela enxurrada em torno de 100 mil aves.

A contabilidade das perdas é a seguinte: Feijão 50%, em torno de 75 mil toneladas perdidas; arroz 20% que são 250 mil toneladas perdidas; trigo 20%, significa 50 mil toneladas perdidas; fumo 25% que equivale a 75 mil toneladas perdidas; mel 50% de quebra em uma produção estimada de 5 mil toneladas; cebola 50% perdida em uma produção estimada de 400 mil toneladas; em hortaliças 90% de perdas e o Estado está sendo abastecido pelo Paraná e São Paulo; a banana interrompeu todo o processo de comercialização por falta de estrutura rodoviária, e não há levantamento das perdas ainda apurado; o leite se estima 10% de perdas diárias ou 400 mil litros/dia; e o milho e a soja contabilizam perdas por estiagem na região produtora: para o milho 15% ou 600 mil toneladas e a soja também 10% ou 100 mil toneladas de perdas.

Marcos A. Bedin
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