3 de junho de 2009

Otra América es posible

O movimento indígena, do México à Patagônia, está propondo “um desafio em termos de civilização”, que, devido a crise mundial, aparece hoje na ordem do dia, afirma o economista colombiano Hector-Léon Moncayo

Entre todos os movimentos sociais do continente, o mais importante dos últimos tempos é o indígena, assinala Moncayo. Indígenas postulam uma relação diferente com a natureza e entre os seres humanos, “substituindo o ânimo do lucro e da competição pela harmonia e a solidariedade”, diz.

O economista colombiano admite, em entrevista ao Instituto Humanitas, da Universidade movimento_indigenado Vale do Rio dos Sinos (Unisinos),  que o avanço do movimento indígena é desigual. Eles estão presentes no governo boliviano, são atores principais nas transformações do Equador, e ganham peso no Peru e na Colômbia.

O pesquisador colombiano Alfredo Molano aponta o movimento indígena, sobretudo no Sul, como o mais importante da Colômbia, por sua capacidade de mobilização nacional e por desafiar o poder estabelecido.

“O assassinato de indígenas (na Colômbia), que é muito alto, não conseguiu derrotá-los. Pelo contrário, fortaleceu-os em sua luta por territórios, cultura e autoridade territorial”, arrola.

O padre jesuíta José Maria Blanch, do Paraguai, detecta uma grande diversidade quanto ao peso político e cultural dos povos indígenas em cada um dos países onde estão estabelecidos. Admite, contudo, avanços em sua presença e reivindicação de direitos, porém em grau bastante diversificado.

Na Bolívia, abrem-se espaços para a representação indígena, destaca o jesuíta René Cardozo. Politólogo e pároco de congregações em área rural, Cardozo entende, contudo, que essa abertura, mesmo na Bolívia, que tem um indígena na presidência da República, ainda é em pequeno grau.

Fonte: ALC

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Um comentário:

  1. Interessante essa notícia Luiz. A América Latina concentra diversas etnias e culturas, mas mostra ser um continente mais unido que o Europeu por exemplo. As dificuldades, lutas por independências e o desenvolvimento dos países, fazem com que sejamos mais unidos que os europeus. Abraços.

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