A prolongada crise na suinocultura levará o setor ao colapso caso não sejam adotadas medidas para fortalecer a exportação e reestruturar a comercialização da carne suína no Brasil, que foi fortemente afetada pela Gripe “A”, em função do uso indevido do nome Gripe Suína.
Esta é a principal justificativa para o manifesto “Para a Suinocultura continuar, Seara Pára”, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em parceria com a Prefeitura Municipal de Seara, Câmara Municipal de Vereadores, Núcleo Municipal e Regional de Criadores de Suínos de Seara, Sindicato de Produtores e Trabalhadores Rurais do município e Associação Catarinense de Criadores de Suínos, com apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas e Associação Comercial e Industrial de Seara, nesta segunda-feira, dia 1o de junho, a partir das 13 horas, na praça Dr. Harry Quadros de Oliveira.
A programação do manifesto envolve pronunciamento dos produtores, autoridades e representantes de entidades de classe, além de apresentação da pauta de reivindicações do Núcleo Municipal de Criadores de Suínos de Seara das 13 às 14h30. Às 15 horas será servido para mais de mil estudantes no Colégio Estadual Raimundo Corrêa, prato à base de carne suína assada, com o objetivo de desmistificar a opinião da população sobre a necessidade de informações a respeito de seu consumo.
O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, explica que 2008 estava se encaminhando para ser um ano positivo para a suinocultura. A produção foi de três milhões de toneladas, com projeção para exportar 600 mil toneladas. Tudo se encaminhava para terminar o ano com resultados significativos, quando estourou a crise internacional e o Brasil deixou de exportar 60 mil toneladas nos meses de novembro e dezembro. “Os compradores ficaram sem dinheiro e as empresas passaram a pressionar o mercando interno, fazendo com que os preços reduzissem drasticamente”, justifica.
De acordo com Barbieri, se todos os estados da federação tivessem a qualidade sanitária de Santa Catarina, o Brasil venderia 1 milhão e 700 mil toneladas de carne suína ao exterior e não as atuais 600 mil toneladas/ano. “Há deficiências sanitárias graves em outros Estados que dificultam as exportações e quem paga é SC, única região decretada área livre de aftosa sem vacinação”.
Barbieri lembra que mesmo com redução de 60 mil produtores para 12 mil nos últimos anos, o Estado catarinense continua sendo o maior produtor nacional de carne suína. “Mas se o governo não adotar uma política de garantia de preços mínimos, o setor entrará em colapso”, adverte.
Os principais vilões da crise são a falta de crédito e o prejuízo pela diferença entre o custo de produção e o preço de venda, que apresenta prejuízos de R$ 50 a 70 reais por animal terminado para o produtor. A forte divulgação da Gripe “A” com nome de Gripe Suína causou uma retração ainda maior, levando a redução de 75% no consumo do produto no Brasil. “É necessário que a mídia contribua para a reconstrução da imagem do setor, mostrando que o consumo de carne suína não oferece risco algum em relação à gripe”, salienta Barbieri.
Por: Marcos A. Bedin
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