De repente, a cidade de São Paulo é invadida por uma onda de assaltos. O ano é 1926, e o ladrão escolhe sempre as luxuosas mansões das avenidas Brigadeiro Luiz Antônio, Angélica e Paulista. A polícia se movimenta, mas não consegue nenhuma pista. Certa tarde, no entanto, uma mulher vai à polícia e se queixa de que seu vizinho, um tal Senhor Gino, teria espancado seu filho, e diz ainda que o menino vira na casa dele vários baús cheios de jóias.
Então dois investigadores vão até a residência do misterioso Senhor Gino, e este, ao perceber a presença dos policiais, corre para os fundos da casa, e como um felino, galga o muro de três metros e desaparece nos telhados. Está descoberto o autor dos assaltos, seu nome é Amleto Gino Meneghetti, italiano de Pisa, marido da jovem e bela Concceta e pai de dois filhos, Spartaco e Lenine.
Dias depois, com a participação da Força Pública, guardas civis e até do Corpo de Bombeiros, ele é cercado na Rua dos Gusmões. Depois de uma tarde e uma noite de fuga pelos telhados, o ladrão se entrega. É acusado, também, da morte do comissário Valdemar Dória. Mas se diz inocente deste crime: "Eu não o matei. O homem levou um tiro de 38 e meu revólver era calibre 32".
Meneghetti é condenado a 43 anos de prisão, pena que mais tarde, seria comutada para 25 anos. Em certa ocasião, em uma entrevista ao escritor Paulo Duarte, Meneghetti disse que ladrão é o distribuidor apressado das utilidades públicas e o comerciante, ao contrário, é o ladrão paciente. Meneghetti era um anarquista.
Fonte de pesquisas: Nosso Século, Abril Cultural, 1980.
oie sou a Ferrockxia dona do exoticlic, mas vim aqui agradecer seus diversos comentarios no COMO FAZER WEB sou colunista lá!
ResponderExcluirbrigada pela presença!
bjs
Uma boa história, mostrando que a violência é um problema crônico do Brasil e de São Paulo. Realmente pouca coisa mudou com o passar dos tempos.
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