A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) está reunindo dados para uma avaliação das perdas provocadas pela estiagem que compromete a agricultura catarinense. Os números apurados apontam quebra na safra de soja em até 30%, ou 300 mil toneladas, já que a estimativa era de uma colheita de 1 milhão de toneladas.
Mesmo índice de perdas está sendo apontado na safra de feijão. Quanto a safra de milho que praticamente está sendo finalizada e eram esperados 4 milhões de toneladas, já se comprovaram perdas na ordem de 15%.
Outro setor fortemente atingido pela seca é o setor leiteiro com previsão de perda de 40% por causa da escassez de alimento verde para o gado de leite, o que reduz a produtividade. “Esse é um quadro que deve ser agravado ainda mais, pois a falta de chuva está atrasando o plantio de novas pastagens”, prevê o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri.
Prejuízos também são reais nas granjas de frango e de suínos, porém, com reflexos diferentes já que os municípios e as agroindústrias estão agindo para reduzir o quadro dramático disponibilizando caminhões pipas para o abastecimento de água.
“Essa foi a safra de maior custo de produção de toda a história, pois foi plantada sob os efeitos dos fenômenos climáticos que ocorreram em Santa Catarina nos últimos meses aliados a crise financeira mundial. A previsão de rentabilidade que já era mínima, agora caiu drasticamente. Os prejuízos são incalculáveis”, lamenta Barbieri.
A preocupação das autoridades do setor está também nos reflexos que a crise agrícola trará para toda a sociedade deste estado cuja economia é basicamente voltada para a agricultura. Os próximos meses deverão ser de queda nas vendas de modo geral. O que irá reduzir o movimento econômico e, conseqüentemente, o retorno de ICMS para os municípios.
A única cultura que obteve vantagem com a atual estiagem é o arroz. O terreno seco dos espaços de cultivo do arroz facilitou a colheita e proporcionou alta rentabilidade aos cerca de 12 mil arrozeiros catarinenses que deverão colher até 1 milhão de toneladas.
Marcos A. Bedin
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Luiz, essa situação é alarmante. Fico preocupado com as consequências dessa longa estiagem que já está demonstrando seus resultados.
ResponderExcluirAlgo precisa ser feito, mas não tenho a mínima idéia do que.
Obrigado pelo comentário no Blog da Comunicação, sobre a exposição de índios.
Abraço.