14 de março de 2009

O dono do Brasil, ascensão e queda de um império

Percival Farquhar nasceu em 1864, em York, na Pensilvânia. Filho de pai milionário estudou engenharia em Yale. Mais tarde, graças ao seu prestígio nas altas rodas de Wall Street, torna-se vice-presidente da Atlantic Coast Electric Railway Co. e da Staten Island Electric Railway Co., que controlavam o serviço de bondes em Nova York.

No início do século XX, já é diretor da Companhia de Eletricidade de Cuba e vice-presidente da Guatemala Railway. Resolve, então, lançar-se à concretização de seu grande sonho: controlar todo o sistema ferroviário latino-americano.

Assim em 1904, sem nunca ter vindo ao Brasil, compra a Rio de Janeiro Light & Power Co. e as concessões da Société Anonyme du Gaz. Em 1905, adquire na Alemanha uma pequena, a Brasilianische Elektrizitätsgesellschaft, que dá origem à Companhia Telefônica Brasileira.

Neste mesmo ano de 1904, organiza em Portland, no Maine, a Bahia Tramway, Light & Power Co. e adquire a concessão das obras do porto de Belém. Em 1906, adquire a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. Em 1907, constitui a Madeira-Mamoré Railway Co., com um capital de 11 milhões de dólares, que é dividido entre duas outras empresas suas: a Brazil Railway Co. e a Port of Pará.

Em 1908, compra 27% das ações da Mogiana (SP) e 38% das ações da Paulista, passando a controlar as duas ferrovias. Em 1909, forma a Companhia de Navegação do Amazonas, encomendando a estaleiros holandeses 26 embarcações de grande tonelagem. Cria, ainda, a Amazon Development Co. e a Amazon Land & Colonization Co. Em 1911, recebe do governo brasileiro, como doação, 60.000 quilômetros quadrados de terras, que hoje constituem o estado do Amapá.

Em 1912, Farquhar já controla o sistema de transportes da Amazônia e do centro-sul do Brasil. Mas, em 1913, joga seus títulos nas Bolsas e perde tudo. Arruinado, transforma-se num diretor assalariado de suas ex-empresas, ganhando 25.000 dólares anuais.

Fonte de Pesquisa; Nosso Século. Abril Cultural, 1981.

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7 comentários:

  1. Olá, Luiz!

    Esse é um dos milhares de exemplos de pessoas que eram extremamente ricos e depois de fracassos de diversas naturezas transformam-se em pessoas comuns, perdendo praticamente tudo que havia conquistado tudo.

    Muitas verzes, não só de sucesso vivem esses homens, os fracassos e as derrotas também os acompanham.

    Abraços

    Francisco Castro

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  2. Fiquei pasmo! O cara trabalhou muito, adquiriu dezenas de empresas e termina desta maneira!
    Jogo da vida.

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  3. Luis,
    Que historia interessante,são fatos como esse que me deixam perplexo,pois existem pessoas que vivem ascensões e quedas impressionantes,já outras vivem puramente como coadjuvantes,e outras que só vivenciam o sucesso,são fatos incomuns,que deixam a gente acreditando que cada um vem á esse mundo com uma missão predeterminada,realmente é muito interessante isso.
    Um forte abraço,amigo.

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  4. Luiz, não conhecia essa história e achei muito legal e interessantes, pois mostra que nem todos estão imunes a gangorra da vida humana. Abraços.

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  5. Parece que ao tentar ganhar dinheiro fácil, na bolsa, acabou perdendo tudo.
    Nessa última crise teve muita gente que perdeu dinheiro porque estava apostando na bolsa.

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  6. Ñ CONHECIA ESTÁ HISTORIA, POIS TENHO UM TITULO PERICIADO DO PORT OF PARÁ, UMA DAS EMPRESAS DE PERCIVAL E Ñ SEI SE AGORA TEM ALGUM VALOR, SE ALGUÉM SABER ALGUMA INFORMAÇAO? OSMAR.F.C@HOTMAIL.COM

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  7. O senhor, percival farqquhar ainda vai da muito o que falar, aqui no Brasil. Vejam materia da isto é dinheiro.
    O fantasma que que asombra a união.o nosso Brasil é o que é hoje devemos muito a esse Brasiliano, Desbravador e Empreendedor que acreditou no Brasil Criou a VALE DO RIO DOCE. foi condecorado com a maior condecoração que nosso governo federal pode dar uma extrangeiro{orden cruzeiro do sul}. Marcos Andre.
    stratagemny@aol.com

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