10 de agosto de 2009

Software musical brasileiro é exportado para 85 países

Lançado no mês de junho, o Drums challenge entrou no top 5 de jogos musicais da Appstore, acumulando a marca de 40 mil vendas.

O sucesso da D'Accord Music Software, uma pequena empresa pernambucana especializada em softwares para o ensino da música, soa literalmente como música para os ouvidos dos jovens empresários Américo Amorim e Giodarno Cabral.

Há pouco mais de oito anos, Cabral criou a D'Accord Music Software. A primeira experiência da empresa aconteceu na Incubadora do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco. O primeiro software desenvolvido, o Violão Player, foi tese de mestrado de Giordano. O crescimento do negócio levou a empresa, em 2004, para o Porto Digital em Recife, um dos maiores pólos de tecnologia do País.


Insatisfeitos com a limitação do Violão Player, que só permitia ao usuário acessar as músicas que estavam no software, eles desenvolveram o Ichords, um software que lê as notas de uma música em MP3 e as exibe no computador para ser tocadas.


Hoje, a D'Accord oferece mais de 15 softwares musicais – para violão, teclado, bateria e cavaquinho. Possui 23 funcionários e 300 mil clientes cadastrados. Já exporta para 85 países pela internet. Um projeto-piloto com um distribuidor na Austrália e Nova Zelândia está vendendo também 'caixinhas' com o produto. Em 2009, querem fechar o faturamento em R$ 600 mil.


A empresa já prepara a terceira versão do Ichords, que terá maior qualidade de detenção das músicas. Em agosto deste ano, o software terá a versão também para flauta. Criatividade e inovação já renderam aos empresários alguns prêmios, como Santander de Empreendedorismo, o segundo lugar no Prêmio Finep e uma indicação do Prêmio Dell, cujos vencedores serão conhecidos em setembro ou outubro deste ano.


“Os prêmios são importantes em três ocasiões: quando o cliente não conhece a empresa, quando estamos tratando com grandes corporações e com as agências de fomento”, diz o jovem Amorim, de 27 anos. Aliás, os empresários são mestres na captação de recursos. Possuem bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e financiamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).


Uma das dificuldades de desenvolver tecnologia de ponta no Brasil, segundo o mestre em Administração de Empresas, é a pirataria. “Os nossos produtos já tiveram três milhões de downloads, mas nós certamente não vendemos tudo isso. Se tivéssemos vendido, a empresa estaria muito maior”.


Amorim também reclama da burocracia e das dificuldades de os pequenos negócios encontrarem grandes parceiros no Brasil. De acordo com ele, sua empresa começou a crescer depois das parcerias feitas no exterior.

Com o Ichords, os empresários querem entrar fortemente no mercado de educação musical. Eles estão de olho na nova legislação brasileira que obriga as escolas públicas do País, em três anos, a inserir no currículo da educação básica o ensino da música.


“Já estamos trabalhando com algumas escolas em Recife, mas no segundo semestre estaremos trabalhando com as escolas em todo o Brasil”. O empresário diz que o ensino de flauta, um instrumento mais acessível à rede pública, pode ser uma das alternativas das escolas.


Outra área que está sendo desenvolvida na D'Accords são os jogos musicais. Uma unidade de desenvolvimento de games foi criada na empresa: a MusiGames Studio. A unidade desenvolveu o Drums challenge, uma espécie de Genius com ritmo para iPhone e iPod touch, e colocou o software para ser vendido na App Store.


Lançado no mês de junho, o Drums challenge entrou no top 5 de jogos musicais da Appstore, acumulando a marca de 40 mil vendas, passando concorrentes como Tap tap dance, Leaf trombone, Dance dance revolution e DJ mix tour. Até o fim do ano, a empresa pretende lançar mais seis jogos pela internet.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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Um comentário:

  1. Olá..
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