A construção de uma ferrovia ligando Chapecó, no oeste catarinense, com o sudoeste do Paraná está mais próxima da realidade.
A garantia foi dada nesta quarta-feira, em Chapecó, pelo presidente da Ferrovia do Oeste do Paraná (Ferroeste), Samuel Gomes, ao desembarcar do helicóptero do Exército brasileiro que está realizando sobrevôos para inspeção das áreas territoriais onde passarão os futuros ramais ferroviários.
O helicóptero leva técnicos do Ibama e do Exército com a missão – iniciada terça-feira e com encerramento nesta sexta-feira – de percorrer os cerca de 1.300 quilômetros de traçado dos novos ramais do projeto de expansão da Ferroeste que se estendem sobre os estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O sobrevôo faz parte do processo de licenciamento ambiental dos novos ramais ferroviários da Ferroeste.
Samuel Gomes informou que pretende, ainda neste semestre, obter as licenças ambientais para concluir e licitar o projeto executivo em 2010 para iniciar as obras, ou no fim do próximo ano ou no início de 2011. A ferrovia custará cerca de 2,6 milhões de reais ao quilômetro e será financiada por várias fontes: BNDES, Tesouro Nacional e setor empresarial via PPP, as parcerias público-privadas.
A construção do ramal de Chapecó se interconectará com a futura extensão de Cascavel (PR) até Maracaju (MS), ligando Santa Catarina ao Mato Grosso, passando pelo sudoeste e oeste paranaense. O interesse catarinense nesse ramal é evidente: o estado importa 5 milhões de toneladas de grãos do Paraná e do Mato Grosso do Sul (somente de milho são 2 milhões de toneladas).
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Vincenzo Francesco Mastrogiacomo, está empenhado na viabilização do projeto de construção de um ramal da Ferroeste, ligando Chapecó (SC) com Laranjeiras do Sul (PR) porque essa obra terá um efeito muito forte na dinamização da economia do grande oeste catarinense. “Vamos ganhar mais competitividade na nossa produção primária e na produção industrial com a redução dos custos de transporte em 30% a 40%. Com isso, teremos maior presença no mercado internacional.”
A vistoria ambiental aérea sobre os trechos que serão atravessados pela ferrovia, nos três Estados, tem a finalidade de subsidiar os técnicos do Ibama na formulação do Termo de Referência que dará as diretrizes básicas para a elaboração dos estudos de impacto ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) dos novos ramais da empresa.
A Ferroeste, única operadora ferroviária pública do país, que opera o trecho de 248 quilômetros de extensão entre Cascavel e Guarapuava, terá seu percurso multiplicado por cinco através de quatro novos ramais. A ferrovia será ampliada de Guarapuava até o Porto de Paranaguá, por um lado, e de Cascavel a Foz do Iguaçu, por outro, unindo-se posteriormente através de uma ponte ferroviária ao Paraguai, em Puerto Presidente Franco. A construção deste ramal é um passo importante para a criação do corredor ferroviário bioceânico, que fará a conexão dos portos do Sul do Brasil com os portos chilenos, no Oceano Pacífico.
Também de Cascavel em direção ao Mato Grosso do Sul sairá um braço da ferrovia, até Guaíra (PR) e Mundo Novo (MS), passando por Dourados (MS) e fazendo a conexão com Maracaju (MS). Outro braço da estrada de ferro, sairá da região central do Paraná, na altura de Laranjeiras do Sul/Nova Laranjeiras, unindo o Sudoeste do Estado ao Oeste catarinense, em Chapecó.
Na Foto - Tenenete Coronel Artur Discaciati, o presidente da Ferroeste Samuel Gomes dos Santos, o presidente da Acic Vincenzo Mastrogiacomo, o engenheiro da Secretaria da Infraestrutura do Governo de SC José Abel da Silva, o diretor de produção da Ferroeste Lino Antonio Campos Gomes e o capitão Fábio Borges
Fonte: Marcos A. Bedin
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