18 de março de 2009

Até no bar ele ia com sua máquina voadora

O dirigível Santos-Dumont nº 9, ou Balladeuse, como ficou conhecido, foi o menor, mais ágil, leve e prático de todos. O  Balladeuse chegou mesmo a ser o meio de transporte do inventor Alberto Santos-Dumont. Com ele, ia de um lado a outro de Paris, visitava os amigos e resolvia seus afazeres. Certa vez, Santos-Dumont pousou a nave diante de um bar, no meio da rua. Abriu a portinhola, desceu, tomou um copo de vinho, pagou e lá se foi outra vez pelos ares, deixando a população boquiaberta.

Mas os seus sucessos não conseguiam atenuar uma antiga ideia. Ele ainda olhava para o céu e pensava: os balões são mais leves que o ar, mas os pássaros são mais pesados. Nesse caso, só resta construir uma máquina inspirada no modelo de um pássaro. Então em 1905, ele constrói um aeroplano, dotado de asas e um motor a gasolina, sem balão nem gás. Na primeira experiência, atrela-o ao balão nº 14, o que lhe valeu o nome de 14-Bis. Na segunda, atrela-o a um burrico, que, ao correr, eleva ao ar o aeroplano.

Finalmente, em 23 de outubro de 1906, tenta subir sem balão e sem o burrico e o 14-Bis decola com seus próprios meios no campo de Bagatelle, em Paris. O homem realiza um de seus sonhos mais caros, voar. A multidão delira, embora mal acredite no que seus olhos vêem. Alberto Santos-Dumont, o genial inventor brasileiro, conquista merecidamente o título de "Pai da Aviação". Mas não quer patentes nem recompensas pelo seu invento. “O senhor Santos-Dumont não deseja construir aeroplanos para vender. Põe o modelo à disposição de todos" -  diz o jornal Le Matin.

Fonte de pesquisa: Nosso Século, Abril Cultural, 1980.

Leia também: Gênio americano reconheceu feito de brasileiro

Blog Widget by LinkWithin

3 comentários:

  1. Esse cara é o máximo. Tive a oportunidade de ler sua biografia, e também um documentário sobre ele. Legal sua lembrança desse grande nome, Luiz.

    Abraço

    ResponderExcluir
  2. Uma das personalidades mais importantes de todos os tempos, sem dúvida.

    Abração

    ResponderExcluir
  3. Santos Dumonet era mesmo obcecado pela aviação. Que dera alguém fazer isso nos dias de hoje. Ataravessar a rua com seu helicóptero para beber no bar da esquina. Abraços

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu recado.

Recomendo

Arquivo do Blog