11 de setembro de 2009

Tormentas e tornados causarão êxodo rural em SC

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina avalia em 100 milhões os prejuízos econômicos em 4.000 propriedades rurais do estado.

Os temporais, tormentas e tornados que assolaram as zonas agrícolas do território catarinense, nesta semana, provocarão uma nova onda de êxodo rural. A previsão é da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) que, em avaliação preliminar divulgada hoje, calculou em 100 milhões de reais os prejuízos materiais causados pelas intempéries em mais de 4 mil estabelecimentos rurais.

O desespero e o desânimo tomaram conta do campo, onde a população tem idade média de 50 anos, constatou o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri. Lembra que predomina no campo uma população velha, cansada e desanimada no limite da resistência.

De acordo com a Federação, os prejuízos mais pesados concentram-se nas benfeitorias e edificações rurais, pois as lavouras foram minimamente afetadas pelos temporais. As perdas mais significativas referem-se à destruição dos criatórios de suínos, aviários, paióis, galpões, silos e residências. Os proprietários rurais, de regra, não possuem apólices de seguro e, portanto, amargarão, prejuízos pela perda desses bens.“Patrimônios que exigiram uma vida inteira de trabalho para serem construídos foram destruídos em uma noite”, observa Barbieri.

A produção de leite será afetada porque muitos animais morreram e centenas de propriedades continuam sem energia elétrica e, por conta disso, perderam o resultado das últimas ordenhas.

A Faesc constatou que, nos 64 municípios mais atingidos, além das perdas de patrimônio, as famílias rurais perderam a capacidade produtiva, criando-se uma situação de lucro cessante. Guaraciaba, Salto Veloso e Santa Cecília e a região do extremo oeste, o oeste e meio-oeste catarinense registram os maiores volumes de perdas. Na área de Xanxerê, as tormentas destroçaram muitas construções, equipamentos e rebanhos em Ipuaçu, Ouro Verde, Abelardo Luz, Bom Jesus e Passos Maia. Essa situação afetará o movimento econômico dos municípios e provocará a redução das receitas tributárias, especialmente o retorno do ICMS.

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, informou que pedirá um programa emergencial de apoio à reconstrução das benfeitorias destroçadas pelos tornados e a renegociação das dívidas. “Precisamos de ações rápidas para manter a população no campo pois uma nova onda de migração agravará os problemas sociais nas cidades e reduzirá a produção de alimentos”, expôs o dirigente.

Fonte: Marcos A. Bedin
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2 comentários:

  1. Luiz,
    É lastimável tal notícia e dói o coração saber que muitos não possuem seguro para seus estabelecimentos.
    O que revolta é o Governo inoperante que nós temos, que volta as costas, vira a cara (porque não tem rosto), nega recursos e socorro àqueles que movimentam este País.
    Penso que nos resta pedir a Deus misericórdia por esta gente, uma vez que fazer alguma coisa transcende ao nosso poder aquisitivo.
    Há tantas coisas que o Governo poderia fazer e até sem precisar desembolsar diheiro diretamente e de imediato. Bastava apenas autorizar a quem quisesse doar alguma coisa, enviando pelos canais designados por ele - exemplificando, os Correios, Forças Armadas - pudesse deduzir na declaração do Imposto de Renda.
    Mas, aqui, dificulta-se tudo para quem quer fazer. Nem delongarei meu comentário para não extrapolar a razão.

    Abraço do amigo,

    Antonio

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  2. Só não espero ver mais cenas como a do ano passado, quando as águas tomaram conta da região. Abraços.

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