O Estado de Santa Catarina terá que pagar multa superior a R$ 1 milhão por descumprir reiteradamente, de 1999 a 2006, determinação judicial de proibir a realização da Farra do Boi em território catarinense. A decisão foi tomada pelo juiz Luiz Felipe Siegert Schuch, titular da Vara de Rogatórios, Precatórios, Precatórias e Concordata da Comarca da Capital. Ele julgou improcedentes os embargos à execução opostos pelo Estado contra a Associação dos Amigos de Petrópolis, Sociedade Zoológica Educativa e Associação Protetora dos Animais.
As três organizações não governamentais ajuizaram ação civil pública contra a prática da Farra do Boi em Santa Catarina. O processo, iniciado na justiça estadual, chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, em decisão histórica em 1999, condenou o Estado a “proibir a denominada festa da Farra do Boi e ou manifestações assemelhadas por atos e medidas formais e práticas, como obrigações de fazer”. O STF definiu ainda prazo de um ano para adequação às medidas, assim como estabeleceu multa pecuniária de R$ 500 ao dia por seu descumprimento.
O magistrado cita, por exemplo, folders com campanhas levadas a cabo pela Polícia Militar com orientações para a realização da farra, desde que seguidos de cuidados específicos, mesmo após a decisão do STF. A desobediência ao julgado, pelo prazo legal, abrange o período de 28 de dezembro de 2000 a 14 de março de 2006, alcançando, portanto, 1.091 dias até o ajuizamento da ação de execução. Com isso, o valor global da multa alcança R$ 950 mil, com a necessidade ainda de ser atualizado monetariamente e acrescido de juros legais – devendo ultrapassar R$ 1 milhão. Este valor deverá ser depositado em favor do "Fundo Estadual para Reconstituição de Bens Lesados".
O que é a farra do boi
Um dos rituais mais violentos de crueldade contra os animais é a Farra do Boi, na qual o boi não se diverte nem um pouco. Esse evento envolve o tormento e a morte de dúzias de animais em 23 comunidades costeiras do estado de Santa Catarina, inclusive na capital, Florianópolis. A Farra do Boi ocorre notadamente na Semana Santa, mas algumas comunidades realizam farras para festejar casamentos, aniversários e outras datas especiais. Políticos freqüentemente doam os bois, como um instrumento de marketing eleitoral dos mais baixos. A Farra começa quando o boi é conduzido do seu estábulo e despenca de um caminhão no meio da rua, sendo perseguido pelos habitantes dos vilarejos armados de porretes, pedras, facas e lanças. Os atacantes perseguem o boi e ele tenta fugir, até para o mar. Às vezes acaba afogando-se. Seu rabo pode ser arrancado.
Antes do evento o boi é confinado sem alimento disponível por vários dias. Para aumentar o desespero do animal, comida e água são colocados num local onde o boi possa ver, mas não possa alcançar. A Farra começa quando o boi é solto e perseguido pelos "farristas", que carregam pedaços de pau, facas,lanças de bambú, cordas, chicotes e pedras - homens, mulheres e crianças - e perseguem o boi que, no desespero de fugir, corre em direção ao mar e acaba se afogando.
Fonte: TJSC
Essa "festa" é um absurdo que remete aos tempos da pedra! Já não chega todos os outros massacres que temos. Espero que consigam terminar com isso de uma vez por todas.
ResponderExcluirAbração
Isso é algo retrógrado e que já nem deveria mais fazer parte da cultura humana. O que leva um ser humano ficar matando bois e promovendo atrocidades contra um pobre animal? Esse ser humano é muito perverso.
ResponderExcluirOlá...
ResponderExcluirAcredito que os comentários feitos ali em cima sobre como acontece a farra foi postado por alguém que nunca presensiou uma farra de verdade, que não conhece o boi na corda dos açores...
Aposto que vocês não sabem que os que realmente judiam do boi são uma minoria, e essa minoria é o que a mídia carrega pelo Brasil...
Vocês sabem o que é um mangueirão???
Na maioria das vezes o boi é solto numa trilha ou a farra acontece num mangueirão, onde o boi é o mais forte e é protegido pela maioria dos farristas.
Na verdade, é uma manifestação cultural trazida dos açores e beeeemmm menos violenta que as touradas na espanha, onde realmente o boi é alvejado com lanças, pedras, sarrafos, etc...
Antes de critivar como vocês estão fazendo, espero que conheçam sobre o que estão falando...
Caro Fábio
ResponderExcluirPrimeiro grato pela visita e pelo comentário. Acho que na democracia todos tem direito a dar sua opinião. Eu conheço a farra do boi e sei que existem a mais moderadas e as mais violentas. Também sei que é tradição açoriana pois também sou descendente de açoranos. Como sei que as touradas espanholas e principalmnete as portuguesas são muito violentas. Particulamente sou contra a qualquer manifestação tradicional ou não que envolva animais. Os animais não pedem para entrar em nenhuma destas manifestações, seja a farra, briga de galo, touradas e etc. Se o homem quer se divertir que faça entre si pois saberão o que estão fazendo como numa luta box.
Abraços
Essa festa é uma covardia, mas infelizmente tão cedo ela não acabará pois esse povinho de Santa Catarina, que se alimenta do sofrimento e do medo dos animais, são "manipulados" por políticos que exploram essas festas para angariar votos. País subdesenvolvido, povinho medíocre. Os que não se encaixam nessa categoria pecam por se calarem, pecam pela omissão. Enquanto isso os animais sofrem e as pessoas se divertem. A mesma situação ocorre nos rodeios por todo o país. Um abraço. Drauzio Milagres.
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