25 de julho de 2009

Digitalização de radar vai aumentar precisão de previsão do tempo

Uma equipe de cientistas do Institute of Radar Metorology (Iram), da Rússia, está em Santa Catarina apresentando proposta de digitalização do radar meteorológico instalado na cidade de Lebon Régis.


O equipamento é operado pela empresa Anti-Granizo Fraiburgo (AGF) e atende principalmente aos integrantes da Associação de Fruticultores de Fraiburgo (AFF). Como é analógico, as informações geradas por ele podem ser visualizadas exclusivamente pelo profissional que o opera, em Fraiburgo. Atualmente os meteorologistas da Epagri/Ciram recebem estes dados por meio de contato pessoal, via telefone. A digitalização representaria a disponibilização em rede e on-line destas informações, o que agilizaria e daria ainda mais precisão ao trabalho de previsão meteorológica feito pela Epagri/Ciram. 


Na manhã da terça-feira (21 de julho) os pesquisadores russos foram recepcionados pelo Presidente da Epagri, Luiz Hessmann, de onde partiram para uma reunião com o presidente da Fapesc , Diomário Queiroz. Durante a tarde o Dr. Alexander Solonin, pesquisador do Instituto russo, apresentou a proposta de trabalho a técnicos da Epagri/Ciram, da Fapesc, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS) e Instituto Tecnológico Simepar.


Solonin esclareceu que a digitalização do radar de Lebon Régis envolve instalação de equipamentos de informática e de um software que vai gerenciar as informações obtidas. Com essa infraestrutura será possível gerar diversos produtos. O mapa de topo de nuvens, por exemplo, vai informar qual a tendência de desenvolvimento do sistema meteorológico presente, ou seja, se ele vai se intensificar ou se dissipar nas próximas horas.

 
Também será possível gerar o mapa de meteofenômenos, que usa uma escala de cores para identificar qual tipo de fenômeno (chuva, granizo etc) será provocado pelas nuvens em formação. A digitalização do radar vai proporcionar ainda prever a velocidade do vento e de deslocamento das nuvens e a intensidade de precipitação, além de diversos outros indicadores. As informações ficariam disponíveis em português e o número de usuários do software é ilimitado. Os dados também poderiam ficar disponíveis para o público em geral por meio de um site.


O radar de Lebon Regis já funciona há 20 anos e sua digitalização proporcionaria pelo menos mais dez anos de uso. Desde as fortes chuvas que atingiram Santa Catarina em novembro de 2008 que o governo do Estado planeja digitalizar esse equipamento, o único civil em operação no território catarinense.


O Instituto russo já foi responsável pela digitalização de pelo menos 30 radares meteorológicos em todo o mundo, 25 deles idênticos ao de Lebon Régis. Todo o processo de digitalização leva cerca de um mês, incluindo a capacitação de pessoal, mas ainda não há data definida para início do trabalho.

Fonte: Gisele Dias - Assessoria de Comunicação Epagri/Ciram

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