Uma equipe de cientistas do Institute of Radar Metorology (Iram), da Rússia, está em Santa Catarina apresentando proposta de digitalização do radar meteorológico instalado na cidade de Lebon Régis.
O equipamento é operado pela empresa Anti-Granizo Fraiburgo (AGF) e atende principalmente aos integrantes da Associação de Fruticultores de Fraiburgo (AFF). Como é analógico, as informações geradas por ele podem ser visualizadas exclusivamente pelo profissional que o opera, em Fraiburgo. Atualmente os meteorologistas da Epagri/Ciram recebem estes dados por meio de contato pessoal, via telefone. A digitalização representaria a disponibilização em rede e on-line destas informações, o que agilizaria e daria ainda mais precisão ao trabalho de previsão meteorológica feito pela Epagri/Ciram.
Na manhã da terça-feira (21 de julho) os pesquisadores russos foram recepcionados pelo Presidente da Epagri, Luiz Hessmann, de onde partiram para uma reunião com o presidente da Fapesc , Diomário Queiroz. Durante a tarde o Dr. Alexander Solonin, pesquisador do Instituto russo, apresentou a proposta de trabalho a técnicos da Epagri/Ciram, da Fapesc, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS) e Instituto Tecnológico Simepar.
Solonin esclareceu que a digitalização do radar de Lebon Régis envolve instalação de equipamentos de informática e de um software que vai gerenciar as informações obtidas. Com essa infraestrutura será possível gerar diversos produtos. O mapa de topo de nuvens, por exemplo, vai informar qual a tendência de desenvolvimento do sistema meteorológico presente, ou seja, se ele vai se intensificar ou se dissipar nas próximas horas.
Também será possível gerar o mapa de meteofenômenos, que usa uma escala de cores para identificar qual tipo de fenômeno (chuva, granizo etc) será provocado pelas nuvens em formação. A digitalização do radar vai proporcionar ainda prever a velocidade do vento e de deslocamento das nuvens e a intensidade de precipitação, além de diversos outros indicadores. As informações ficariam disponíveis em português e o número de usuários do software é ilimitado. Os dados também poderiam ficar disponíveis para o público em geral por meio de um site.
O radar de Lebon Regis já funciona há 20 anos e sua digitalização proporcionaria pelo menos mais dez anos de uso. Desde as fortes chuvas que atingiram Santa Catarina em novembro de 2008 que o governo do Estado planeja digitalizar esse equipamento, o único civil em operação no território catarinense.
O Instituto russo já foi responsável pela digitalização de pelo menos 30 radares meteorológicos em todo o mundo, 25 deles idênticos ao de Lebon Régis. Todo o processo de digitalização leva cerca de um mês, incluindo a capacitação de pessoal, mas ainda não há data definida para início do trabalho.
Fonte: Gisele Dias - Assessoria de Comunicação Epagri/Ciram
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