24 de fevereiro de 2009

Saiba quem foi o primeiro motorista brasileiro a ter sua carteira caçada

Em uma tarde de 1893, a provinciana cidade de São Paulo, que possuía 200 mil habitantes, iria presenciar uma façanha extraordinária. Uma multidão se aglomera nas ruas do centro e o comércio interrompe suas atividades. Na rua Direita, diante das lojas mais elegantes da capital paulista, transita um carro aberto, com quatro rodas de borracha. Era um automóvel a vapor, com fornalha, caldeira e chaminé, levando dois passageiros. O autor da façanha é Henrique Santos-Dumont, irmão mais velho de Alberto Santos-Dumont. Seu desengonçado veículo era um Daimler inglês, de patente alemã, marca que no futuro ficaria conhecida mundialmente como Mercedes-Benz. Mas no ano de 1901, o pioneiro Henrique Santos-Dumont solicitou ao prefeito Antonio Prado que o isentasse do pagamento da recém instituída Taxa Sobre Auto-mobiles, alegando o mau estado das ruas. Ocorrem conflitos burocráticos, e o Prefeito, irritado com as reclamações do Dr. Henrique, cassa-lhe a licença para trafegar. Com isto ele também perde o direito à tão cobiçada placa P-1, que acaba indo para nas mãos de Francisco Matarazzo.  

Fonte de pesquisa: Nosso Século, Abril Cultural, 1980

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Um comentário:

  1. Bela aula de história, Luiz. Hoje na mesma São Paulo, é possível matar e mesmo assim continuar com a carteira, infelizmente.

    Abração

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