23 de fevereiro de 2009

Máscaras artesanais é uma boa fonte de renda

Para ao artista plástico Marcílio Barroco o Brasil é a grande fonte de inspiração. Onças, borboletas ou ícones da cidade do Rio de Janeiro como os Arcos da Lapa, o calçadão de Copacabana ou o bondinho do Pão de Açúcar enfeitam o rosto dos foliões. As máscaras da Commedia dell'arte, forma de teatro popular que começou na Itália no século XV, também são referências. “Eu me inspiro nos elementos, mas adapto para a nossa cultura”, explica.


O couro é a principal matéria-prima das máscaras. Segundo o artista, isto faz toda a diferença porque é pele sobre pele. Ele também apurou a técnica de modelagem em formas de gesso. O acabamento é feito com aviamentos, fitas, pedras coloridas e sisal e outros componentes.


Cenógrafo de formação, ele largou o teatro para se dedicar à confecção de máscaras. Há 20 anos, vive exclusivamente deste trabalho. Marcílio diz que abriu frentes que permitem vendas fora do período carnavalesco. Além de eventos, tem um contrato com uma grande grife carioca de roupas masculinas para desenvolver peças com tecidos das coleções, que são dadas de brinde para os clientes. Seus produtos também são comercializados lá fora por um site que vende peças de artistas de países em desenvolvimento, associado à revista National Geographic. Americanos e alemães são grandes compradores.


Mas o carnaval é o período de pico. Neste ano, a empresa Mundo Mascarado confeccionou cerca de 1.500 peças, pouco mais que o fabricado no ano passado. Mas, para o artista, isso não tem a ver com a crise, apenas é a demanda natural. Para garantir a entrega, ele a mulher contam neste período com dois ajudantes e cinco vendedores. As máscaras são usadas em bailes ou blocos de rua e até em uma grande casa de shows da Lapa, centro do Rio, por conta do interesse que desperta, principalmente, entre os estrangeiros.


“A máscara é um dos símbolos mais fortes do carnaval e uma das expressões máximas da cultura popular. A peça é uma grande mediadora entre o homem e suas necessidades e aspirações. Ao se mascarar, as pessoas, na verdade, mostram seu lado mais humano”, filosofa.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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