16 de agosto de 2009

O cavalo pantaneiro

Resistente e adaptado ao ambiente quente e úmido e às longas distâncias da planície pantaneira, quase chegou à extinção.

Uma raça única de equinos, que se adaptou como nenhuma outra ao ambiente quente e úmido e às longas distâncias da planície pantaneira. O cavalo pantaneiro tem sua origem dos cavalos Ibéricos trazidos ao Brasil na época da colonização.


Os animais introduzidos na região multiplicaram-se e formaram uma raça muito bem adaptada às condições ecológicas do Pantanal. Isto foi fruto da ação da seleção natural durante centenas de anos. Desde a implantação de fazendas no Pantanal, o cavalo pantaneiro tem sido importante para a lida do gado e como meio de locomoção para os habitantes da região.


Apesar das suas qualidades, a raça quase chegou à extinção devido a fatores como doenças e cruzamentos indiscriminados com outras raças. O trabalho feito por instituições como a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Pantaneiro (ABCCP), criada em 1972, evitou a extinção da raça, que hoje se encontra em estado vulnerável, o que ainda necessita de programas específicos para a sua conservação.


Um dos principais motivos para a conservação do cavalo pantaneiro é o seu valor genético. Adaptada de maneira singular às condições do Pantanal, a raça apresenta hoje uma grande utilidade no manejo do gado de corte, principal atividade econômica da região.

A pesquisadora especialista em produção e manejo animal, Sandra Santos, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, revela que o homem do campo do Pantanal reconhece hoje o grande valor do cavalo pantaneiro na lida do gado. “Ele faz questão que a raça seja preservada com suas características rústicas de força e agilidade para o trabalho de campo. A beleza para exposições não é a qualidade mais valorizada por eles”, explica.

Existem atualmente cerca de 5 mil cavalos pantaneiros puros registrados na ABCCP, com mais de 130 criadores localizados em 21 subregiões. O número total estimado de equinos no Pantanal é 100 mil, o que revela uma grande quantidade de animais mestiços, segundo Sandra Santos.

Para saber mais leia o artigo completo no site da Embrapa

Veja também este vídeo sobre o cavalo pantaneiro

Fonte: Saulo Coelho Nunes/ Embrapa Pantanal, Corumbá (MS)

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Um comentário:

  1. Tenho um amigo que mora em Mato Grosso e estou sempre por lá e andamos muito nestes cavalinhos super resistentes, muito boa sua matéria.
    Abraços forte

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