27 de dezembro de 2008

Dispositivo de material orgânico auxiliará médicos

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), acaba de receber dois prêmios. Um deles, divulgado no último dia 15, foi o 3º Prêmio Werner Von Siemens de Inovação Tecnológica, na modalidade Saúde, categoria Estudante-Novas Idéias, promovido pela empresa Siemens. O outro foi o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS 2008, na categoria trabalho publicado, que também concorreu em nível nacional.

Apresentada pela estudante Cláudia Karina Barbosa de Vasconcelos e pelo orientador Rodrigo Bianchi, a pesquisa concorreu com 149 trabalhos de todo o país e foi contemplado com R$ 10 mil em dinheiro.

A pesquisa

Utilizando técnicas de nanotecnologia, os pesquisadores desenvolveram um dosímetro, dispositivo de material orgânico luminescente, que auxiliará médicos de todo o País no tratamento da icterícia neonatal.

Atualmente, o tratamento é a base de fototerapia, ou banho de luz, preferencialmente azul. Ela age sobre a criança, convertendo a bilirrubina em uma substância inofensiva. Entretanto, o tratamento nem sempre é feito da maneira adequada. Em alguns casos, os bebês são expostos a fontes luminosas erradas, mal posicionadas ou por tempo insuficiente.

O dosímetro desenvolvido pela equipe da Ufop se assemelha a um selo e é composto por moléculas orgânicas que têm propriedades luminescentes e que mudam de cor com a radiação. Fixado sobre a pele ou a fralda do bebê, ele indica o tempo ideal de exposição à luz. Na cor vermelha, o selo indica que a criança ainda não recebeu radiação suficiente. Com a prolongação do banho de luz, o adesivo fica amarelo, indicando que o tempo de radiação está a “meio caminho”. A cor verde indica que o tempo de exposição já foi suficiente e, se o exame de sangue comprovar a normalização da bilirrubina no organismo, o tratamento pode ser interrompido.

O equipamento permite prescrição mais segura do tratamento, além de ter baixo custo (cada selo custa, em média, R$ 0,30). O produto também pode ter outros usos. Segundo o coordenador das pesquisas, o dispositivo também pode ser útil no monitoramento da dose de radiação em bronzeamento artificial, no tratamento do vitiligo e no controle da exposição de trabalhadores a raios ultra-violeta. “A pessoa pode se expor a determinada quantidade de radiação e o dosímetro é uma forma de quantificar e qualificar a radiação absorvida”, diz Bianchi.

Fonte:
Assessoria de Comunicação Social - FAPEMIG

Fone: (31) 3280-2105/2106/2113/2141
Email: acs@fapemig.br
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Um comentário:

  1. isso sim e importante, pena que sem verbas vai para nas mãos dos pais que dê mais.

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