Caracterizada como a perda da relação das superfícies articulares que se separam e deslocam, a luxação do cotovelo pode ser parcial ou completa. A incidência em adultos não é comum e, geralmente, ocorre quando uma pessoa cai com uma mão estendida. “Quando a mão toca o solo, a força é enviada para o cotovelo. Geralmente, há um movimento de rotação que pode girar o cotovelo para fora de seu encaixe, provocando dor intensa, deformidade e incapacidade de movimento”, explica o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann.
Três ossos se juntam para formar a articulação do cotovelo. O úmero é o osso do braço e dois ossos do antebraço (rádio e ulna) formam a parte inferior do cotovelo. Cada um tem uma forma diferente e os ligamentos mantêm todos esses ossos no alinhamento apropriado. O movimento do cotovelo ocorre através da articulação entre o úmero, a úlna e o rádio. A rotação ocorre através de uma articulação entre o rádio e a ulna, o que permite que a palma da mão seja rodada para baixo e para cima. Isso é chamado de pronação e supinação. Lesões e luxações no cotovelo podem afetar qualquer um desses movimentos.
Reichmann destaca que uma luxação simples não tem qualquer lesão óssea maior. Nas lesões ósseas e ligamentares graves, os vasos sanguíneos e nervos que percorrem todo o cotovelo também podem ser afetados.
A luxação completa é extremamente dolorosa e o braço fica deformado na região do cotovelo. Já a luxação parcial pode ser mais difícil de detectar. Normalmente, o cotovelo move-se razoavelmente bem, mas pode haver dor.
Uma luxação do cotovelo deve ser considerada uma lesão de emergência. O objetivo do tratamento imediato é o retorno do cotovelo ao seu alinhamento normal, visando restaurar o mais rápido possível a função do braço. O tratamento pode ser cirúrgico ou não, dependendo de cada caso. A restauração do alinhamento do cotovelo é chamada de manobra de redução e pode ser feita numa emergência de hospital ou clínica especializada.
Numa luxação simples, o cotovelo é imobilizado com uma tala ou tipoia por duas ou três semanas, seguida de exercícios de movimento precoce. A fisioterapia pode ser útil durante este período de recuperação.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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