10 de outubro de 2011

Pesquisa: Baguaçu no tratamento da diabetes

Pesquisa desenvolvida pelo curso de Nutrição e pelo Mestrado em Ciências Farmacêuticas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) comprovou que o extrato da planta Eugenia umbelliflora tem efeito auxiliar a Metformina, composto principal dos remédios mais utilizados no controle da diabetesmellitus, tipo 2.


A planta, nativa da flora brasileira, é conhecida popularmente como baguaçú. Além dela a pesquisa analisou a espécie Rubus imperialis, conhecida como amora-branca, que também tem ação hipoglicemiante, porém, com menor efeito se comparada a Eugenia umbelliflora.


Os testes foram feitos com ratos, induzidos ao diabetes e submetidos aos diversos tratamentos. Após seis semanas ingerindo o extrato da Eugenia umbelliflora, o grupo de animais, demonstrou níveis de glicose praticamente iguais aos dos animais não diabéticos.

baguacu
Segundo Sandra Soares Melo, nutricionista coordenadora da pesquisa, os flavonóides encontrados nas folhas da Eugenia umbelliflora demonstraram alto poder antioxidante no organismo. “Os flavonóides presentes na planta atuam na normalização do colesterol e nos níveis de glicose no sangue, e podem ser utilizados como um importante coadjuvante no tratamento da diabetes mellitus, tipo 2”, explica.


A Eugenia Umbelliflora pertence a família Myrtaceae e é uma espécie típica de dunas fixas e terrenos baixos, menos enxutos, bastante planos e arenosos, sendo encontrada principalmente na restinga litorânea de Santa Catarina, desde o extremo norte, até o município de Palhoça.


“É importante deixar claro que a pesquisa foi realizada com o extrato da planta, que propicia a extração de todos os seus componentes, e não na forma de chá”, ressalta Christiane Meyre da Silva Bittencourt, doutora em química orgânica e integrante da pesquisa.


A Eugenia Umbelliflora, pouco estudada pelos cientistas até o momento, é utilizada popularmente na região de Florianópolis como antidiabético, antidiarréico, redutor dos níveis de triglicerídeos e colesterol e no tratamento de doenças infecciosas.


O estudo foi apresentado à comunidade científica e premiado com o primeiro lugar no 7º Congresso Internacional de Nutrição Funcional, no final de setembro, em São Paulo.


Mais informações: (47)3341- 7952, Laboratório de Nutrição Experimental (Lanex)

Fonte: Univali

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