Se há um fenômeno capaz de parar o mundo inteiro em torno de um mesmo espetáculo é o esporte, que atrai multidões de todas as classes sociais. Há alguns anos, o futebol era o mais visto e o mais comentado. No entanto, algumas outras modalidades vêm se destacando, conquistando torcedores em muitos países, como é o caso do vôlei. Mas a que se deve esse aumento de seguidores? De acordo com o professor doutor Francisco Paulo de Melo Neto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, as empresas aprenderam a investir no marketing esportivo e começam a alcançar um público cada vez mais fiel.
Neto palestrou para os profissionais do esporte e estudantes do curso de Educação Física da Unoesc Chapecó, na última semana, com o tema “Gestão e marketing na atividade física”. O palestrante fez um comparativo entre a gestão pública do esporte e a privada. “O governo aprendeu a fazer o marketing público do esporte, mas cede às pressões das entidades privadas, principalmente da Fifa”, disse. Destacou também que no Brasil não existe um projeto para formar atletas e citou como exemplo a Inglaterra. Até 2020, o plano nacional daquele país prevê que 70% da população ativa participar de alguma prática esportiva.
“Além de incentivar a prática do esporte, é preciso tornar o evento em um espetáculo. É aí que entra o marketing”, disse o palestrante. Para isso, é preciso levar em consideração algumas questões: quais são os maiores concorrentes, como melhorar o produto, quais são os segmentos atendidos e quais são as fontes de receitas? “O futebol tem muitos campeonatos e, por isso, está sempre em evidência. Além disso, produz astros o tempo todo. O vôlei mudou as regras e alcançou mais espaço. O esporte deve ser visto como produto”, enfatizou.
Na avaliação do palestrante, há espaço para o mercado esportivo, basta que as empresas criem ações para conquistar o consumidor. Há o mercado dos praticantes, dos espectadores, dos consumidores de produtos e serviços esportivos e ainda dos telespectadores, internautas, ouvintes e usuários de celulares. “Nunca as empresas ganharam tanto com o marketing de esportes como agora e poderão crescer ainda mais”, concluiu.
A coordenadora do curso, professora Sandra Rogéria Oliveira, defendeu que essa é uma temática ampla que deve ser discutida de forma que os profissionais da área possam visualizar a evolução do marketing esportivo. “O processo de globalização e a diminuição das fronteiras frente às novas tecnologias vêm afetando a cultura das organizações esportivas no Brasil, criando tensões nos sistemas federativos esportivos, induzindo mudança, inclusive, na legislação esportiva”, complementou.
Após a palestra, foi realizada uma mesa de debates sobre Conquistas e desafios do esporte na região. Participaram das discussões o vereador e apresentador esportivo, Sergio Badá Badalotti, o representante da Fesporte, Lenoir de Oliveira, o presidente da Associação Amigos do Handebol, Adriano Tonim, o secretário municipal de Esporte, Clóvis Marinello, e o gerente regional do Sesi, Laércio Grigolo.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
Realmente,dá para ganhar bastante $$$ com o esporte.Basta as empresas abrirem os olhos...Mas infelizmente ainda não perceberam isso, que o Brasil não é só futebol.Temos grandes atletas porém como não há patrocinadores o Brasil não consegue participar de muitos torneios pelo mundo afora.Empresários: abram os olhos e invistam no esporte.
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