26 de dezembro de 2010

Repensando nossas ações

Refletir sobre como poderíamos atualizar nosso modo de pensar e viver no mundo e quais os padrões que seguimos ao longo de nossa existência, faz sentido, quando obtemos informações sobre os ¨problemas globais que estão danificando a biosfera e a vida humana de uma maneira alarmante ¨ . Da obra Teia da Vida ¨ de Fritjof Capra.

Nos primórdios da humanidade os grupos humanos criavam mecanismos para melhor aproveitar o espaço de natureza que lhes cabia. A vida social se organizava em função da sobrevivência, desejos e manifestações culturais. Cada grupo era único em suas necessidades.

Pouco a pouco o viver foi se transformando. O contato com mais coletividades trouxe novas práticas, o comércio foi ampliado, surgem necessidades, desejos. A partir daí outros modelos de organização social, econômica e cultural foram se impondo.natureza

A grande propulsora desta transformação foi a Revolução Industrial, tornando os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, com preços menores e o consumo estimulado. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo aos poucos a mão de obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades, foram consequências nocivas para a sociedade.

A criatividade a serviço do consumo oferece uma vida de melhor qualidade se adquirirmos centenas de coisas, advindas das mais recentes tecnologias. Seremos mais felizes, mais saudáveis e teremos mais tempo se consumirmos uma gama imensa de produtos que facilitam o dia a dia. As ofertas são amplas. As possibilidades para aquisições são generosas. Nenhum aspecto negativo sobre o consumo é salientado. Somos reféns da mídia instigadora.

No ano 2000, foram gastos em nosso planeta, em compras de produtos ou serviços domésticos mais de 20 trilhões de dólares, ou seja, 4 vezes mais do que se gastou em 1960, quarenta anos antes.

Estamos gastando recursos naturais em uma proporção 20% superior ao que a terra consegue renovar, levando a humanidade a um impasse. A possibilidade de um colapso breve na capacidade do planeta de fornecer bens e serviço naturais aos seres humanos, exige ações que vão além da diminuição da emissão de poluentes ou utilização das matérias primas de forma sustentável.

Chapecó, segundo o censo de 2010 tem uma população de 183.009 habitantes e percebam, 106 mil veículos fazem parte da frota chapecoense. De acordo com informações da Empresa Tucano, contratada para recolher os resíduos não recicláveis, aproximadamente 96 toneladas diariamente são enviadas para o Aterro Sanitário da cidade de Saudades. Deste volume grande parte poderia ser reciclada.

Duas Associações de catadores; ACEMARC e Vida Nova fazem a coleta seletiva com caminhões da Prefeitura Municipal. São 70 a 80 toneladas mensais. Já ONG Verde Vida recolhe e compra dos catadores, plásticos, papéis, latas etc, comercializando aproximadamente 245 toneladas, mensalmente.

De acordo com algumas pesquisas produzimos 300 gramas a 1 quilo de resíduos diariamente. Que destino é dado aos nossos resíduos? Estamos entregando aos catadores ou estamos enviando ao Aterro Sanitário de Saudades. Perguntamos: todos somos sabedores de que pagamos para que os resíduos sejam depositados em outra cidade?

A Associação SOS TERRA Arte em ação convoca a sociedade chapecoense e mundial a se engajar neste processo de cuidado com o meio ambiente repensando nossos hábitos de vida, padrões, quiçá ultrapassados.

O Planeta Terra é um organismo vivo e como tal está sofrendo as consequências das ações agressivas do homem. É hora de nos reintegrarmos a natureza da qual fazemos parte e dela cuidarmos como quem cuida da única casa que temos para habitarmos.

Por: Ingrid F. Wentz Antunes/Presidente da Associação SOS TERRA - Arte em Ação

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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