Dor no ombro, fraqueza e perda da mobilidade são sintomas que podem levar ao diagnóstico de ruptura do manguito rotador. O alerta é do cirurgião de joelho e ombro Joaquim Reichmann, diretor da Clinica Reichmann de Chapecó, especializada em videoartroscopia de joelho e ombro, traumatologia desportiva e ortopedia e traumatologia.
O manguito rotador auxilia na elevação e na rotação do braço, além de funcionar como estabilizador da articulação do ombro. É formado por quatro músculos (subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e redondo menor) que cobrem a cabeça do úmero e têm grande importância na estabilização, na força e na mobilidade do ombro.
Conhecida como uma das causas mais comuns de dor e limitação funcional em ombros na idade adulta, a ruptura do manguito rotador ocorre com maior frequência no supra-espinhoso, mas outros tendões podem estar envolvidos. É mais comum em pessoas acima dos 40 anos de idade, no entanto, pode ocorrer em pessoas mais jovens devido a trauma agudo, trabalho repetitivo com os braços acima da cabeça ou atividade esportiva. Também podem surgir junto a outras lesões como fraturas e luxações.
Reichmann explica que os sintomas de uma ruptura do manguito rotador podem ser agudos ou ter um início gradual. Dor aguda usualmente segue-se a um trauma como levantamento de peso ou queda sobre o braço, mas normalmente o início é gradual e pode ser causado por esforço repetitivo acima da cabeça ou por desgaste e degeneração do tendão.
Outro sintoma é a dor na frente do ombro que corre para baixo na parte lateral do braço, para o pescoço e escápula. Inicialmente, a dor pode ser leve e somente em atividades com os braços acima da cabeça. Com o tempo, a dor aparece até mesmo durante repouso. Pode haver dor ao deitar-se de lado e também à noite.
Podem surgir, ainda, rigidez e perda de movimentos do ombro afetado, dificuldade de realizar atividades diárias como pentear o cabelo e vestir-se. Quando a ruptura ocorre com uma lesão aguda, pode haver dor súbita, sensação de estalido e fraqueza imediata do braço.
O diagnóstico de uma ruptura do manguito rotador é baseado na historia clinica, nos sintomas, exame físico, raios-X, e estudos de imagem como o ultra-som e a artroressonância magnética (ARM). “Os tendões e os músculos são melhores avaliados pela ARM. A ARM tem especificidade e sensibilidade superiores a 90% para detecção das lesões tendinosas e atrofia dos músculos envolvidos”, afirma. Alguns dos sinais de uma ruptura do manguito rotador incluem: atrofia dos músculos do ombro, dor na elevação do braço, dor ao abaixar o braço após uma elevação completa, fraqueza ao elevar ou girar o braço, estalidos ou sensação de atrito quando mover o ombro em algumas posições.
TRATAMENTO – em algumas situações pode se optar pelo tratamento não cirúrgico, com alivio da dor e reforço com reequilibrio da musculatura do ombro. No caso de tratamento cirúrgico o “padrão ouro” é a vídeo artroscopia de ombro com varias vantagens sobre a cirurgia aberta. É realizada por pequenas perfurações chamadas de portais na qual se introduz uma mini câmara e com pinças e materiais especiais, faz-se o reparo da lesão. O procedimento pode ser feio em regime ambulatorial, não há necessidade de desinserção do músculo deltóide, a dor é menor no pos operatório, é possível iniciar-se a fisioterapia mais precoce.
Por: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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