A continuar o descaso dos humanos pela Pacha Mama, Gaia, a natureza, nos próximos anos o planeta terá de 100 milhões a 150 milhões de refugiados climáticos, mais um problema político mundial de graves consequências, alerta o teólogo brasileiro Leonardo Boff.
Neste domingo – 10/10/2010 – cidadãos e cidadãs de 187 países participarão de mais de 6.300 “festas de trabalho pelo clima”, integradas na Campanha 10.10.10 www.350.org e do Tempo da Criação, incentivado pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI).
As mobilizações em escala global incentivam ações locais para melhor cuidar do patrimônio universal – o planeta Terra. Tempo da Criação é um período de oração – a Semana Ecumênica de Oração pela Criação - e de promoção de estilos de vida simples e sustentáveis.
O Tempo da Criação inicia, a cada ano, em 1o de setembro, primeiro dia do ano da Igreja Ortodoxa, e prossegue até 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, na tradição católica. Este ano, excepcionalmente, o Tempo da Criação estende-se até o domingo, para integrar a campanha 10.10.10.
As religiões têm uma elevada tarefa pedagógica. “Elas ensinam a respeitar e a venerar e a pôr limites ao nosso desejo ilimitado. A elas cabe a missão de educar as pessoas para não respeitaram somente os textos sagrados e os lugares de veneração, mas a defender, respeitar a cada ser, pois ele saiu das mãos de Deus e revela possibilidades escondidas e realizadas do processo de evolução”, defende Boff.
O teólogo diz que as religiões, mais do que falar da natureza, deveriam se habituar a falar de criação, pois criação remete ao Criador. “O ato de criação não ocorreu no passado primordial. Ele está ocorrendo a cada momento. Se Deus não continuar dizendo ‘faça-se a luz’, ‘surjam as águas, os animais as plantas e fundamentalmente o ser humano’ tudo voltará ao nada. Assistimos a todo instante o milagre da criação e a emergência do céu e da Terra”, explica.
O movimento 10.10.10 quer chamar autoridades governamentais do mundo a se somarem na busca de soluções para as mudanças climáticas, e que cheguem a um novo tratado climático global, deixando de lado o lamento pelos resultados pífios alcançados na Conferência de Copenhague, em dezembro do ano passado.
Na Festa de Trabalho Global, no domingo, eventos programados em várias partes do planeta incluem o plantio de árvores na Tanzânia, a instalação de painéis solares na China, o passeio de bicicleta internacional da Jordânia para Israel. A mensagem dos participantes dessas ações é simples: nós estamos gerando soluções para as mudanças climáticas nas nossas comunidades.
Qualquer pessoa pode participar da festa do clima no domingo. Basta verificar quais ações estão previstas para a sua região e se inscrever acessando http://www.avaaz.org/po/global_work_party/?vl
Fonte: ALC
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