A violência urbana, os esportes e os acidentes de trânsito têm sido os principais causadores do traumatismo facial em adultos e crianças. O especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial e mestre em lasers em odontologia, Silvio Mauro Gallon, da Clínica Arte e Face de Chapecó, explica que por ser a porção do esqueleto de arquitetura mais complexa a face está sempre exposta a perigos que enfrentamos diariamente.
Os ossos da face têm desenhos próprios, muitas curvas, ângulos e cavidades com ar no seu interior. É nesta parte do corpo que se alojam muitos órgãos dos sentidos e se processam muitas de nossas funções primordiais, a exemplo da fala e da alimentação. É também por mio da face que identificamos uns aos outros e expressamos nossas emoções.
Gallon observa que os homens são atingidos em média duas vezes mais que as mulheres. Além disso, cresce significativamente o número de acidente com esportes. “No cenário brasileiro, as agressões físicas e traumas esportivos já ultrapassam os acidentes de trânsito estatisticamente. Isso talvez se deva ao aumento do rigor na utilização de cintos de segurança e capacetes”, avalia. Por outro lado, as quedas lideram as causas de fraturas faciais em crianças, por não terem muita noção do perigo nas suas aventuras.
Os ossos faciais são múltiplos, normalmente pares, guardam íntima relação com o crânio e exercem o papel de “deformação progressiva”. Ou seja, mais frágeis e periféricos, vão se quebrando com um forte impacto e ao mesmo tempo absorvendo-o, protegendo o cérebro e suas estruturas no interior da caixa craniana.
“Em função disso, a maioria dos traumas que afetam a cabeça podem gerar traumas na face, que variam de pequenas a grandes proporções”, explica Gallon. “A região mais atingida é o nariz, seguida dos ossos zigomáticos (maçãs do rosto) e mandíbula”, acrescenta.
Muitas das fraturas podem ser resolvidas em um primeiro atendimento, na urgência ou em até 15 dias, e podem resultar em uma face totalmente recuperada e livre de cicatrizes. Porém, fraturas mais complexas podem levar o paciente a tratamentos longos, exigindo múltiplas intervenções, reconstruções ósseas e reabilitações dentárias.
Por abrigar muitos órgãos dos sentidos, frequentemente o cirurgião bucomaxilofacial, que é o responsável pela resolução dessas fraturas, pode solicitar avaliações e intervenções de diversas especialidades médicas, como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia plástica e outras. “Nos traumas onde há comprometimento neurológico do paciente, a primeira providência é dada pelo neurocirurgião, até que o quadro se estabilize e, então, as fraturas da face possam ser abordadas e tratadas”, enfatiza o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.
Atualmente, os tratamentos estão aliados à alta tecnologia, com imagens diagnósticas muito claras, sistemas de fixação de alta precisão para os ossos quebrados e técnicas cirúrgicas apuradas, evitando ao máximo cortes externos na pele do paciente para minimizar as cicatrizes. “Da mesma forma, as questões fisioterápicas, nutricionais e psicológicas estão muito afinadas com tratamento desses traumas, agilizando a volta das funções normais do paciente e com mais qualidade”, salienta.
Gallon esclarece que há prevenção. “O trauma após a sua ocorrência pode ser de difícil tratamento, sem contar as sequelas permanentes. Por isso, use cinto, use capacete de qualidade, pratique esportes com proteção e segurança e cuide-se: é, sem dúvida, o caminho muito mais fácil!”, conclui.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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