Fonte: Embrapa
Chega aos consumidores, pelo segundo ano consecutivo, o pêssego cultivado no Sistema de Produção Integrada, atividade desenvolvida de forma pioneira pela Cooperativa Pradense, de Antônio Prado, com o acompanhamento técnico da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves -RS).
A Produção Integrada é um programa coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, direcionado para vários produtos agropecuários, que visa a obtenção de alimentos mais saborosos, seguros, de qualidade, cultivados com as melhores técnicas e com controle oficial.
A Produção Integrada de Pêssego (PIP) é um projeto nacional coordenado pelo professor José Carlos Fachinello da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), que conta com ações regionais em Porto Alegre, Pelotas e na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, e nos Estados do Paraná e São Paulo. Começou em 1999 com o estabelecimento das normas da cultura, mas somente agora, após oito anos conseguiu-se a certificação pelo Inmetro, como resultado do trabalho de pesquisa e extensão desenvolvido pela equipe de técnicos e produtores envolvidos.
Segundo César Luís Girardi, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, os principais diferenciais do sistema a utilização de produtos autorizados para a cultura, além da redução do uso de agroquímicos, devido ao emprego do monitoramento das principais pragas pelo uso de armadilhas e racionalização no emprego de fertilizantes sintéticos.
Como identificar
Para identificar o pêssego da produção integrada nos mercados, o consumidor deverá ficar atento e procurar por embalagens plásticas (cumbucas) que possuem uma faixa com o logotipo da Produção Integrada e etiquetas que permitem identificar e rastrear todos os procedimentos e registros realizados durante o ciclo produtivo. No interior da embalagem, existe um folheto com informações nutricionais do pêssego, dados da Produção Integrada e uma deliciosa receita. O ponto de venda também estará identificado com um banner que apresenta os benefícios deste tipo de produção.
Entendendo a certificação:
O produtor (Cooperativa) aceita de forma voluntária participar do programa de produção integrada.
É designado um responsável técnico que receberá treinamento e coordenará a implementação da produção integrada junto aos produtores.
Tudo o que é empregado no pomar de pessegueiro é registrado num caderno de campo incluindo as adubações, datas de poda, inseticidas e fungicidas aplicados, etc.
Algumas práticas como aplicação de herbicidas em área total, inseticidas altamente tóxicos e de grande carência não podem ser empregados.
A adubação deve ser feita de forma equilibrada, sem excessos.
Somente podem ser utilizados produtos permitidos (registrados) para a cultura, respeitando o período de carência (último dia entre a aplicação e a colheita).
Todo este procedimento é auditado (fiscalizado) por uma certificadora registrada no Inmetro. No caso deste programa, o Sebrae tem auxiliado no pagamento.
No "packing house" as embalagem são também auditados para verificar a higiene e a separação dos pêssegos da produção integrada.
No momento da colheita, são enviados pêssegos para análise de resíduos de agrotóxicos.
Caso todo este procedimento seja cumprido e não sejam detectados resíduos, o produtor recebe a certificação e pode comercializar o produto com o selo da produção integrada.
Todo o produto é rastreado, ou seja, em cada embalagem tem um número com os registros que permitem saber quem é o produtor e todas as ações realizadas no pomar.
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