24 de novembro de 2011

Cuidados nas compras feitas pela internet

O comércio eletrônico deve movimentar R$ 2,6 bilhões no Natal deste ano, o que representa um crescimento nominal de 20% em comparação a 2010. A expectativa é da e-bit, empresa especializada em informações sobre o setor de e-commerce, como é chamado o comércio eletrônico. Segundo a empresa, o número de pedidos também será maior este ano em comparação ao ano passado, com crescimento estimado de 25%.

Com o crescimento no número de pedidos, os órgãos de defesa do consumidor estimam que também deva aumentar o número de queixas contra as lojas virtuais. Segundo o ReclameAQUI, um dos principais sites de reclamações do país, as cinco lojas virtuais mais reclamadas do país – Americanas.com, Submarino, Compra Fácil, Shoptime e Walmart – acumularam 69 mil queixas só nos últimos 12 meses.

Entre as principais reclamações, de acordo com o site ReclameAQUI, estão o atraso na entrega, entrega de produto com defeito, dificuldade de contato com a empresa, cobrança indevida e mau atendimento no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). “Os maiores problemas que temos identificado na Fundação Procon é com relação à entrega dos produtos adquiridos pela internet”, disse Andrea Sanchez, diretora de Programas Especiais da Fundação Procon-SP, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ela, o consumidor deve estar atento ao fazer uma compra pela internet, principalmente durante o período de Natal, em que o volume de pedidos e a ocorrência de problemas na entrega são maiores. “Primeiro, o consumidor deve observar se se trata de um site seguro, com uma chave de segurança normalmente representada por um cadeado no pé do site. E tentar evitar comprar em sites que tenham domínio fora do país, sem o ponto com ponto br [.com.br]”, disse.

Andrea também alerta o consumidor para verificar nas redes sociais e no próprio portal do Procon se os sitesde compras virtuais estãginlabQo gerando reclamações e como eles estão procedendo para solucionar esses problemas. “Os problemas vão existir em todos os segmentos, mas o diferencial é a ação do site para a solução deles”, observou. “O consumidor que comprou pela internet tem o direito, garantido pelo Código de Defesa do Consumidor, de arrependimento pelo prazo de sete dias da data da contratação”, alertou Andrea.

No caso de sites de compras coletivas – aqueles em que são apresentadas ofertas de produtos e serviços com valores mais baixos que no mercado e cujas compras só se validam após a aquisição de cupons por um determinado número de pessoas – a diretora do Procon orienta o consumidor a observar os prazos dados para utilização ou entrega do produto ou do serviço adquirido.

Segundo ela, é preciso também observar as condições da oferta, o período da entrega e as condições de devolução. “Se o consumidor não tiver mais interesse porque passou o prazo ou porque não interessa usufruir daquele produto ou serviço após aquela data, ele pode rescindir o contrato e a restituição paga será devolvida, inclusive com atualização monetária”, explicou.

No começo do mês, a Fundação Procon-SP pediu a suspensão das atividades de três lojas virtuais, todas pertencentes à B2W Companhia Global do Varejo – Americanas.com, Shoptime e Submarino. A motivação do Procon para o pedido de suspensão foi o fato de as empresas reincidirem na prática de não entregar os produtos aos consumidores. Segundo o órgão, a B2W teve um aumento de 146% no número de reclamações feitas por consumidores ao Procon, passando de 1,47 mil queixas, no segundo semestre de 2010, para 3,63 mil, no primeiro semestre deste ano.

No dia 7 de novembro, o Procon também autuou os sites de compras coletivas Groupon, Click On e Peixe Urbano por prática de condutas em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor, tais como não garantir a qualidade dos serviços oferecidos e negar a devolução dos valores nos casos de não prestação de serviço.

Fonte: Agência Brasil

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22 de novembro de 2011

Livro: Enfermagem em Santa Catarina, Recortes de uma História (1900-2011)

Será lançado nesta quarta-feira, dia 23, às 17h30min na Assembleia Legislativa de SC o livro Enfermagem em Santa Catarina, Recortes de uma História (1900-2011), organizado pelas professoras Miriam Susskind Borenstein e Maria Itayra Padilha. O livro foi produzido pelo Grupo do Estudos de História do Conhecimento da Enfermagem e Saúde (GEHCES), que existe desde 1995 e está ligado ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PEN) da UFSC.

Formada por 14 artigos, a obra está organizada em três partes. A primeira conta a história do GEHCES, explica como foram feitas as pesquisas históricas, baseadas em análise documental e entrevistas, e traz os relatos dos primórdios da enfermagem em Santa Catarina no início do século XX.

A segunda parte conta como foi o trabalho dos enfermeiros nos três hospitais de exclusão criados na década de 1940: Hospital Nereu Ramos, que cuidava de casos de tuberculose, a Colônia Santana, dedicada aos tratamentos psiquiátricos, e o Hospital Colônia Santa Teresa, para os tratamentos dos casos de hanseníase.enfermagemlivro

A terceira parte do livro aborda a enfermagem praticada na Maternidade Carmela Dutra e no Hospital Infantil Edith Gama Ramos, que atualmente chama-se Joana de Gusmão. No último capítulo o leitor pode conhecer alguns personagens que contribuíram para essa história. São pequenas biografias que dão a dimensão história e mostram que, para períodos diferentes foram criados hospitais diferentes, nos quais se praticava uma enfermagem diferente.

“Trata-se de uma obra densa e consistente com rigor científico e valor histórico sem precedentes, pois lega às futuras gerações o conhecimento acerca da profissão de Enfermagem e do contexto da saúde da população catarinense ao longo dos séculos XX e XXI”, escreve na apresentação a professora Marta Lenise do Prado.


Mais informações:

O quê: Lançamento do livro “Enfermagem em Santa Catarina, Recortes de uma História (1900-2011)”, Editora: Secco, 277 páginas.

Local: Assembleia Legislativa de Santa Catarina

Data e hora: 23/11/2011 às 17h30min

Contato: Profa. Miriam Borenstein – fones 3223-1050 e 9911-8543, email: miriam@nfr.ufsc.br

Fonte: Agecom

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21 de novembro de 2011

Condomínios precisam se adequar às normas de certificação digital

Prazo termina no dia 31 de dezembro deste ano. Administrar um condomínio é uma tarefa que exige dedicação, paciência e competência. Além de gerenciar contas, cuidar do patrimônio, segurança e bem-estar dos moradores, o síndico também precisa estar atento às mudanças na legislação que envolve o mercado imobiliário. Uma delas, criada neste ano, obriga todos os condomínios a providenciarem a certificação digital. “A medida entrará em vigor a partir de janeiro de 2012 e, por isso, é fundamental que todos os que ainda não se adequaram a esta legislação aproveitem estes últimos dias para regularizar a situação”, salienta o presidente do Sindicato do Mercado Imobiliário (Secovi/Oeste), Armelindo Carraro.

A certificação digital é uma espécie de chave eletrônica usada por empresas e contadores para ter acesso ao Conectividade Social, um canal eletrônico de relacionamento desenvolvido pela Caixa Econômica Federal e disponibilizado gratuitamente às empresas. Através do portal, é possível transmitir dados referentes ao registro de trabalhadores para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), além de enviar informações ao Instituto Nacional do Serviço Social (INSS).

O dirigente explica que o processo é relativamente simples, mas demanda tempo, pois exige a apresentação de diversos documentos do condomínio e do síndico. “Nessa época do ano é comum as pessoas pensarem em férias e festas de comemoração. Porém, quem não providenciar o certificado até o último dia do ano terá sérios problemas para enviar dados ao sistema e pode sofrer processos trabalhistas e multas da Justiça do Trabalho”, enfatiza.CONDOMINIOS

Para fazer o procedimento, a administradora deve procurar as autoridades certificadas (AC) credenciadas pela Receita Federal. O preço do certificado varia conforme o modelo, a mídia utilizada (link para baixar programa no computador, cartão ou token) e o prazo de validade, que pode ser de 1 ou 3 anos.

“O novo procedimento trará mais segurança e agilidade, além de ser fácil de acessar”, observa Carraro. A maior dificuldade é providenciar a lista extensa de documentos, pois é preciso ter em mãos instituição, especificação, convenção e cartão de CNPJ do condomínio, ata de eleição do síndico, além de RG, CPF e comprovante de residência do síndico.

“Mesmo o condomínio que não possui funcionários contratados precisa obter o certificado para ter acesso ao portal da Conectividade Social”, complementa o presidente do Secovi/Oeste. Além disso, os condomínios que não tiverem a convenção registrada no RGI, por exemplo, podem apresentar a escritura registrada de um dos proprietários que assina a ata de eleição do síndico. “O importante é comprovar que aquele condomínio existe realmente”.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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20 de novembro de 2011

Filme: O dia em que não nasci

A obra cinematográfica O dia em que não nasci (Alemanha, 2010, 95min, drama), de Floriam Cassem, trata dos débitos das ditaduras civis e militares latino-americanas. Um tema dual, já que sobre ele existem diversas obras – remontando à II Guerra, ao nazismo e ao surgimento da aliança militar ocidental – mas também porque essa produção provoca efeitos, parecendo ainda não ter esgotado a caudal de dores, ressentimentos e sonhos interrompidos, às dezenas de milhares, na América do Sul.odiaemq

O filme narra a história de uma nadadora que vive na Alemanha, viaja ao Chile e, durante a escala em Buenos Aires, ouve uma canção de ninar que a faz cantarolar as frases num espanhol que ela não fala. Ela se emociona, perde a conexão e fica em Buenos Aires. Telefona para o pai, que aparece no hotel dois dias depois. Isso inicia um processo de revelações sobre a ditadura militar, as razões de ter sido levada à Alemanha nos anos 80, chegando ao clímax de procurar a família dos verdadeiros pais.


Fatos como o contato com a polícia, o envolvimento com um policial, a revelação de que sua família alemã colaborou com o regime e o reencontro com sua família biológica são etapas que vão revelando a complexidade do crime, de um lado, e do outro, a calma, a paciência e o amor necessários ao restabelecimento da verdade, buscando não ferir quem errou, mas agiu de boa fé. Isso exige maior sensibilidade, coragem e humanidade para desconstruir o erro sem causar mais mal.


O filme é denso como o trânsito da capital argentina e tenso como os enredos que envolvem as histórias da repressão, sobretudo ao mexer na ferida aberta da estratégia de sequestrar filhos de opositores do regime para “purificar” o país da influência do comunismo. Na verdade, a segunda etapa de um monumental crime de Estado para enfrentar um perigo mais imaginário que real, resultante da repressão extrema em defesa da ideologia da segurança nacional.


O fato do filme estar em cartaz nesta época parece integrar esse kairós latino-americano – um tempo escatológico -apocalíptico em que nos  defrontamos com as dores desse tempo em que passamos a limpo nosso passado recente – acordando de um inebriante pesadelo, que se torna mais forte tanto quanto a consciência começa a se plenificar, nos fazendo, a um só tempo, tomar consciência do ocorrido, descobrir o que fazer para resgatar dignidades, apoiar a reconstrução da vida, justiçar as vítimas, recuperar a memória dos torturados, e confrontar os interesses que provocaram tanto sofrimento e morte.


Três fatos recentes emprestam importância a esse tema recorrente: a dificuldade do debate pelo controle das elites financeiras sobre a grande mídia; a condenação do Brasil pela Corte Inter-Americana de Direitos Humanos (CIDH) após o Supremo Tribunal Federal manter a lei da anistia e negar a justiça às vítimas da ditadura; a repatriação dos documentos que estavam na sede do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça), e do Center for Research Libraries, em Chicago (EUA); e a condenação de militares e civis envolvidos na repressão argentina, que produziu o maior número de mortos em nosso continente.

Para quem não tem medo de filme sobre o terror real e tem coragem para se defrontar com verdade e disposição, e amor para retomar a vida, compromissar-se com seu tempo e seguir em frente, recomendo assistir.

Por: Antonio Carlos Ribeiro/ALC

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