21 de janeiro de 2012

Prêmio: A pior empresa do planeta

A multinacional Companhia Vale do Rio Doce, a maior mineradora de ferro do mundo, presente em 38 países, concorre, com outras cinco finalistas, ao prêmio Public Eye Award 2012, que todos os anos escolhe, por voto popular, a pior empresa do planeta. A indicação da primeira brasileira a concorrer ao “prêmio” foi encaminhada pela Associação Internacional dos Atingidos pela Vale, através da organização Rede Justiça nos Trilhos.

Também está circulando na internet moção de repúdio contra a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), empresa da Vale e da ThyssenKrupp, que está processando servidores da Fiocruz e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), por danos morais, depois da divulgação de relatório constatando aumento de 1.000% na concentração de ferro no ar, impactando a comunidade de 8 mil famílias de pescadores artesanais residentes em Santa Cruz, Itaguaí e demais áreas da Bacia Hidrográfica da Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro. Piorempr

Multada inúmeras vezes pelo órgão ambiental do Rio de Janeiro, a TKCSA é objeto de duas ações penais movidas pelo Ministério Público daquele Estado por crimes ambientais. A empresa da Vale processa o pesquisador pneumatologista Hermano Albuquerque de Castro, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, o engenheiro sanitarista Alexandre Pessoa Dias, professor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e a bióloga Mônica Cristina Lima, do Hospital Universitário Pedro Ernesto da UERJ.

O “crime” desses pesquisadores: a confecção do relatório técnico “Avaliação dos impactos socioambientais e de saúde em Santa Cruz decorrentes da instalação e operação da empresa TKCSA”. A Vale do Rio Doce foi privatizada no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em maio de 1997, vendido o seu controle acionário pela bagatela de 3,3 bilhões de dólares, “com direito a financiamento oficial subsidiado aos compradores e uso de moedas podres”, segundo apuração do jornalista Amaury Ribeiro Jr., divulgada no livro “A Privataria Tucana”. Hoje, o mercado atribui à Vale, que apresenta faturamento de 2 bilhões de dólares por ano, um valor 60 vezes maior ao que o Brasil angariou com a venda da empresa!

A Rede Justiça nos Trilhos apresentou justificativas para apontar a Vale com uma das concorrentes ao “prêmio” de pior empresa do planeta. A Vale tem três projetos de mineração dentro de Florestas Nacionais (Flonas, unidades de conservação que deveriam ser protegidas). O maior deles, em termos de investimentos, de 8 bilhões de dólares, está dentro da Floresta Nacional de Carajás, no Pará, onde a empresa quer explorar 90 milhões de toneladas/ano de minério de ferro.

O projeto Serra Norte, também dentro de Flona, explora cerca de 100 milhões de toneladas/ano, segundo a Rede Justiça nos Trilhos. E o terceiro projeto, o Salobo, situa-se na Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri, no extremo oeste de Marabá, atingindo a nascente do igarapé Salobo e toda a sua porção superior da bacia, causando impacto, quando implantado, na poluição do rio Itacaiunas e nos igarapés Cinzento e Salobo.

Em Minas Gerais, aponta a Rede Justiça nos Trilhos, a mina Capão Xavier, da Vale do Rio Doce, está localizada sobre um aquífero que beneficia mais de 300 mil pessoas. As águas do manancial de Fechos terão sua vazão natural reduzida em 40%. Em Itabira, também em Minas Gerais, berço da empresa, a Vale foi processada pelo munícipio por danos ambientais e sociais causados pelas operações de minério de ferro na região. O município alega prejuízos de 868 milhões de dólares.

A Estrada de Ferro Carajás, da Vale, corta 25 municípios nos Estados do Maranhão e do Pará, em 892 quilômetros. Em 2007, morreram 23 pessoas, e em 2008, nove vítimas de atropelamentos nessa ferrovia. A Agência Nacional de Transporte Terrestre registrou, em 2008, outros 2.860 acidentes ao longo da ferrovia, que a Vale pretende duplicar. O Ministério Público Federal do Maranhão ajuizou Ação Civil Pública e liminar na Justiça Federal contestando o licenciamento da duplicação da ferrovia Carajás, que prevê 1.168 “pontos de interferência”. Esses pontos são cercas, casas, quintais, plantações e até mesmo povoados inteiros.

Justiça nos Trilhos argumentou que a Vale do Rio Doce está impedindo que as comunidades tradicionais quilombolas de Santa Rosa dos Pretos e Monge Belo, em Itapecuru-Mirim, no Maranhão, tenham a propriedade coletiva de suas terras demarcadas pelo Estado. A Vale quer, assim, facilitar o trânsito na área de suas máquinas e trabalhadores nas obras de duplicação da Estrada de Ferro Carajás, atualmente em curso.

A Justiça Federal condenou a Vale, em abril de 2011, de acordo com o site Justiça nos Trilhos, a pagar mensalmente valores entre um a três salários mínimos às 788 famílias quilombolas de Jambuçu, no município de Moju, a 83 Km de Belém, no Pará. Passa pelo local um mineroduto de 244 quilômetros de extensão da empresa, que transporta bauxita de Paragominas até Barcarena, próximo a Belém, onde funciona a Alumina do Norte do Brasil (Alunorte), subsidiária da Vale.

Em 2008, a Justiça condenou a Vale ao pagamento de mais de 650 mil reais por mês (cerca de 361 mil dólares) aos povos indígenas Xikrin que vivem próximos à província mineral de Carajás, por extração de minérios em terras desses povos.

Em Moçambique, denunciou o Centro Moçambicano de Integridade Pública, a Vale desenvolve megaprojetos de mineração em Moma e Moatize, norte e centro do país, que já expulsaram cerca de 760 famílias camponesas de suas comunidades, entre novembro de 2009 a abril de 2010, para dar lugar à abertura de minas de carvão.

A votação do Public Eye Award 2012 dá-se, até o dia 26 de janeiro, pelo site do prêmio www.publiceye.ch/en/vote/vale/

Fonte: ALC

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19 de janeiro de 2012

Desastres naturais mataram mais de 29 mil pessoas em 2011

O ano passado foi marcado por 302 desastres naturais, que mataram 29.782 pessoas no mundo, mas principalmente na Ásia. O Brasil não está fora das estatísticas registrando 900 mortes causadas pelos impactos das inundações e dos deslizamentos de terras provocados pela chuva. A estimativa é que os desastres geraram US$ 366 bilhões de prejuízos. A conclusão é do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (cuja sigla em inglês é UNISDR).

Pelos dados da UNISDR, com base em informações do Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres (Cred), a maior parte das mortes foi provocada pelos efeitos dos terremotos. Pelo menos 20.943 pessoas morreram devido às consequências dos tremores de terra. Do total de mortos, 19.846 ocorreram no Japão.

Porém, 2011 também registrou as inundações no Brasil, os terremotos na Nova Zelândia e no Japão seguido portsunami, além de tempestades acompanhadas por tornados nos Estados Unidos, o furacão Irene também em território norte-americano e alagamentos na Tailândia, tremores de terra na Turquia e tempestades nas Filipinas.Ench6

A UNISDR informou ainda que a elevação das temperaturas também causou problemas, pois 231 pessoas morreram em consequência da mudança climática. No entanto, o alerta da organização é que por dois anos consecutivos, a tendência é de ocorrerem grandes terremotos – em 2011 e 2010 houve registros desses episódios.

A chefe da UNISDR, Margareta Wahlström, lembrou que mais de 220 mil pessoas morreram no Haiti, em janeiro de 2010, em consequência do terremoto registrado no país. O fenômeno, ressaltou ela, não ocorria na região há 200 anos. “A menos que nós nos preparemos para o pior, o mundo estará destinado a ver perdas ainda maiores de vida no futuro”, disse.

O diretor do Cred, Debby Guha-Sapir, acrescentou que os desastres naturais ocorrem em regiões em desenvolvimento e ricas. Para ele, a seca na chamada região do Chifre da África é considerada um fenômeno gravíssimo por provocar mortes em massa e gerar falta de perspectivas para as populações de vários países.

Fonte: Agência Brasil

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17 de janeiro de 2012

A calculadora do lojista

O departamento do Serviço de Proteção ao Crédito de Santa Catarina (SPC) desenvolveu uma ferramenta prática, denominada de calculadora lojista, de fácil entendimento e utilização para auxiliar no controle e agilidade no atendimento aos clientes. A medida também atende as exigências da legislação que regulamenta a exposição de preços e condições de pagamentos.

A metodologia de cálculos da ferramenta está baseada no Sistema ou Tabela Price, derivado do sistema francês de amortização, e também conhecido por “sistema de prestação constante”. Segundo o vice-presidente do SPC/SC, Ivan Roberto Tauffer, a aplicação é muito utilizada nas compras a prazo de bens de consumo, crédito direto ao consumidor e estipula que as prestações devem ser iguais, periódicas e sucessivas, com ou sem carência. Os juros incidentes pelo saldo devedor são decrescentes e as parcelas de amortização assumem valores crescentes. A soma dessas duas parcelas permanece sempre igual, de modo que se mantenham iguais os valores das prestações.

Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapecó (CDL),Gilberto João Badalotti, a nova ferramenta está disponível a todos os associados através do site www.calculadoradolojista.cdl-sc.org.br e auxilia no cálculo de juros e de valores para vendas a prazo. “A calculadora lojista oferece seis módulos para operações financeiras: parcela, taxa de juros, atraso, adiantamento, quitação e etiquetas”, complementa o dirigente. CalcLojista

No módulo “parcelas” está disponível cálculo para financiamentos/empréstimos, através do sistema Price, com opção prazo carência e sem carência. Através da quantidade de prestações, taxa de juros mensal e o valor financiado obtêm-se o juro pago e o saldo devedor da amortização.

Na opção “taxa de juros” é possível desenvolver operações para retornar a taxa de juros de um financiamento, através de parcelas fixas, quantidade de prestações e valor financiado, de acordo com equação de Newton Raphson (raízes e tangentes).

No sistema de “atraso” do financiamento é utilizado o método Hamburguês para que o usuário saiba qual o valor da multa, juros, montante total a pagar referente a parcela atrasada.

Através do módulo “adiantamento” é possível efetuar o cálculo para saber qual o valor da parcela e também o desconto e taxa diária. Na opção “quitação” de todo o financiamento de forma antecipada obtêm-se o valor a ser pago, inserindo taxa de juros ao mês, quantidade de prestações restantes e valor da parcela.

A “impressão de etiquetas” foi agregada à ferramenta para possibilitar ao lojista imprimir etiquetas que podem ser afixadas no produto ou expostas na área de vendas.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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15 de janeiro de 2012

Muito prestígio, mas negócios vão demorar

 “Essa é mais uma etapa de nossa caminhada de abertura de mercados para a carne suína, mas, por enquanto, não representará venda de grandes volumes”. Assim reagiu o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Clever Pirola Ávila, à abertura do mercado norte-americano para a carne suína de Santa Catarina, anunciada nesta semana pelo Ministério da Agricultura.

O mercado da proteína é integrado e o comportamento do consumo de qualquer das carnes – bovina, suína, aves, peixe etc – é influenciado pelo posicionamento das demais.

O presidente da ACAV acredita que novos mercados estão muito próximos de Santa Catarina, dentre os quais Europa, Japão e Coréia do Sul. “Por ora, muito prestígio e poucos negócios, mas estamos no rumo certo”.

O moderado otimismo do dirigente é compartilhado pelos empresários do setor,pois o país norte-americano é o segundo maior produtor mundial de suínos e um dos maiores exportadores.Suinos

“Não temos expectativas de vendas de grandes volumes, mas é mais um aval para a qualidade de nossa carne e para o status sanitário Catarinense”, acrescenta Ávila. Lembra que Santa Catarina é o único Estado reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação – “uma conquista dos criadores, das indústrias e do governo”, enfatiza.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reconheceu a equivalência do serviço brasileiro de inspeção de carne suína e autorizou a habilitação de frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína para o país. Seis plantas serão credenciadas.

O primeiro produto autorizado para venda é carne suína cozida e processada: são cortes específicos de suínos submetidos a um processo térmico, entre os quais destaca-se o famoso “bacon”, muito consumido naquele mercado.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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