Além dos diversos problemas emocionais e fisiológicos que a depressão provoca nos pacientes que sofrem desse mal, problemas ósseos também podem ser agravados com um quadro depressivo instalado. Uma das consequências da doença trata-se da diminuição da densidade mineral óssea, o que aumenta as chances de osteoporose.
O médico ortopedista e traumatologista, Joaquim Reichmann, cita estudos desenvolvidos por pesquisadores israelenses que avaliaram dados de mais de 2.300 pacientes com depressão e 21 mil pessoas sem a doença. “A relação entre depressão e problemas ósseos é a ativação do sistema nervoso simpático. A depressão aumentaria os níveis desses neurotransmissores no tecido ósseo, o que contribuiria para um pico de massa óssea menor, perda de tecido e osteoporose”, explica. Reichmann observa que a doença ainda favorece níveis mais elevados de cortisol na corrente sanguínea, o que causa uma redução nos níveis de densidade óssea.
Outro fator que justifica a associação da depressão a osteoporose são os hábitos do paciente. “Pessoas deprimidas provavelmente não estarão dispostas a desenvolver atividades físicas, podem aumentar o consumo de cigarro e álcool, ter distúrbios nutricionais, além da ingestão de remédios que é normal em função da doença”, argumenta.
A formação óssea é estimulada pela atividade física, e a falta de exercícios pode comprometer a densidade do osso. “É importante que o processo de remodelação óssea seja constante. Os ossos são tecidos vivos que estão o tempo todo sendo reabsorvidos e formados. Quando a pessoa se exercita, a regeneração ocorre com mais facilidade”, explica Reichmann.
Além do estimulo à prática de exercícios físicos, o médico orienta que pacientes depressivos deveriam ter a densidade óssea monitorada por especialista periodicamente.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional