Cicatriz menor, menos agressão a musculatura, curto período de internação, diminuição na intensidade da dor, baixo índice de complicações e retorno mais rápido às atividades são alguns dos benefícios que o paciente, com lesões no ombro, que se submeteu a cirurgia através de videoartroscopia. A constatação é do médico ortopedista e traumatologista, Joaquim Reichmann, diretor da Clínica Reichmann, especializada em ortopedia e traumatologia, cirurgia do joelho, ombro, quadril e traumatologia dos esportes.
De acordo com Reichmann, a utilização do método de vídeoartroscopia de ombro é a forma mais inovadora e eficaz no tratamento de 90% das patologias dolorosas, inclusive LER-DORT (síndrome do impacto, ruptura do manguito rotador), Ele explica que o procedimento por vídeo é realizado em bloco cirúrgico com método minimamente invasivo e o tratamento exige técnica, profissional capacitado, ambiente hospitalar seguro e arsenal cirúrgico completo. “O procedimento é feito através de pequenas incisões (0,5 cm) conhecidas como portais. A articulação do ombro é distendida com soro fisiológico, o que permite a visualização interna da cavidade glenoumeral (articulação verdadeira), subacromial (articulação falsa) entre o acrômio (parte anterior da escápula) e o manguito rotador”, argumenta.
O método trata patologias intra-articulares, que podem ser visualizadas com ampliação de 20 vezes apenas pela vídeoartroscopia e não pela cirurgia aberta, assim como lesões do lábio glenoidal, lesões de cartilagem, corpos livres, calcificações, tendinite calcária, capsulite adesiva, sinovites, lesões da cabeça longa do bíceps, lesões SLAP (parte superior do lábio glenoidal), instabilidades por ruptura de ligamentos ou de fraturas.
O médico relata que, no caso de síndrome do impacto, a lesão inicia com inflamação e bursite e evolui para tendinopatia e ruptura parcial ou completa de um ou mais tendões do manguito rotador. Quando ocorre a lesão completa dos tendões, faz-se a reinserção óssea com pequenos parafusos intra-ósseos (âncoras) e fios de sutura de alta resistência. É possível retornar às atividades leves do dia-a-dia em duas semanas, depois de tratar a síndrome do impacto. Na ruptura do manguito rotador é necessário esperar 30 dias e, nas luxações, 90 dias.
Joaquim Reichmann salienta que o diagnóstico da síndrome do impacto é subestimado e muitas pessoas sofrem desnecessariamente com tratamentos não-eficazes para a patologia. Já a bursite e a tendinite ocorrem apenas no início da patologia – que é progressiva e podem ser tratadas sem cirurgia. Na síndrome do impacto, que necessita de vídeoartroscopia para correção, a reabilitação fisioterápica é iniciada no 2º dia pós-operatório. A tipóia é utilizada por um ou dois dias e, após, libera-se o ombro para recuperação passiva do arco de movimentos que deve estar completa em duas semanas. Passado esse período, pode ser iniciado trabalho de reforço muscular. O médico orienta que ao sentir dor no ombro por mais de um mês, é necessário procurar um médico ortopedista que tenha familiaridade com o método de videoartroscopia.
Fonte: Marcos A. Bedin
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