21 de março de 2012

Meio rural será uma fábrica de taperas

Estamos fazendo um apelo em nome dos 9.000 associados da Cooperativa Rio do Peixe (Coperio) e dos 10.000 associados da Cooperativa de Produção e Consumo de Concórdia (Copérdia) para que não se cometa essa desastrosa injustiça com os pequenos produtores rurais de Santa Catarina, os quais, a exemplo dos associados das cooperativas acima citadas, possuem o mesmo perfil.

Não é possível que tenhamos que ver nossos produtores que representam mais de 95% das 187.000 propriedades rurais (mini, pequenos e médios) de Santa Catarina (70% são sócios de cooperativas) submetidos a um código florestal que descaracterizará o código ambiental de do Estado, colocando os produtores, cooperativas e demais organizações que sustentam as cadeias produtivas de carnes, leite e grãos num processo de degradação das estruturas produtivas.tapera

O código promoverá a desestruturação das propriedades rurais de forma extremamente acelerada num processo de taperização dos empreendimentos do campo do nosso Estado em função do abandono compulsório por parte da lei que está para ser votada. A favelização do meio rural será evidente num futuro muito breve e as cooperativas terão que criar um serviço de apoio para encaminhar os produtores associados a se cadastrarem nos programas assistenciais do governo federal, como o bolsa família.

É desumano e cruel fazer isso com produtores exemplares, como os de Santa Catarina, os quais estarão sendo atingidos com uma lei inadequada a sua realidade em prol do interesse internacional. Todos os brasileiros mais esclarecidos e patriotas têm consciência que a intenção é tomar a Amazônia do Brasil e usá-la para os interesses dos países desenvolvidos em detrimento do nosso país, usando estratégias de Ongs que estão sendo pagas para essa inescrupulosa finalidade.

A preservação dos parâmetros e critérios contidos no código ambiental catarinense, principalmente com relação às áreas consolidadas, matas ciliares, apps e reserva legal,  se não forem previstas formas de contemplar no código florestal brasileiro,  estará comprometendo seriamente o futuro dos agricultores e do agronegócio catarinense.

Apelamos aos deputados e senadores do nosso Estado para que não permitam a aprovação de uma lei que transformará o meio rural numa fábrica de taperas. Somos  cooperativistas catarinenses e brasileiros. Nem Santa Catarina, nem o Brasil podem aceitar esse jogo de falácias de ambientalismo como um fim em si mesmo e que está desprovido, em grande parte, de fundamentação técnica e científica adequada, onde claramente percebemos a manipulação irresponsável de Ongs e de um percentual, graças a Deus, pequeno de deputados antipatriotas e que não deveriam estar nas casas legislativas porque estão tentando criar uma lei contra o país.

Os órgãos de pesquisa, extensão e assistência rural brasileiros possuem tecnologias de sobra para promover o desenvolvimento sustentável e ambientalmente adequado para o nosso país.

Todos nós sabemos o real interesse disso tudo, pois faz parte das estratégias internacionais que qualquer brasileiro com o mínimo de cultura percebe. Sabedores do espírito público e do compromisso que os nobres deputados e senadores tem com Santa Catarina e com o Brasil, contamos com o espírito de luta para influenciar os demais por esse Brasil, afim de corrigir em tempo esse grave erro que está prestes a acontecer.

Por: Valdemar Bordignon, presidente da Copérdia e Decio Sonaglio, presidente Coperio

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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