30 de novembro de 2010

Fitoterapia: Padre é acusado de charlatanismo

Religiosos, professores e representantes de organizações sociais emitiram nota de apoio ao padre Renato Roque Barth, da Instituição Bio-Saúde, acusado de práticas terapêuticas que seriam exclusivas de médicos profissionais.

“Apresentamos nosso apoio às práticas tradicionais de saúde, às práticas integrativas e complementares, ao uso das plantas medicinais e à valorização do saber tradicional e popular em saúde”, afirmam os 36 subscritores do manifesto de apoio ao uso dos recursos fitoterápicos.

O Centro de Bio-Saúde, ligado à Associação Brasileira de Saúde Popular, oferece tratamento à base de ervas, argila e urinoterapia. Padre Renato frisa que os tratamentos aplicados no Centro já eramplantasmedicinais usados na Índia e no Japão muito tempo antes de Cristo. Ele trouxe o Método Bioenergético ao Brasil, depois de aprendê-lo na Nicarágua com o dr. Aton Inoue, em 1993.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Mato Grosso ingressou com processo contra o padre Renato por charlatanismo. “A gente vê isso com muita preocupação”, declarou o presidente do CRM, Arlan Azevedo, segundo a repórter Keka Werneck, do Centro Burnier Fé e Justiça.

Interesses econômicos querem desacreditar o saber popular em fitoterapia – estudo das plantas medicinais e seus efeitos sobre enfermidades -, diz o documento de apoio ao padre. Os signatários lembram que o Brasil é signatário de acordos internacionais que garantem as pessoas o acesso às etnomedicinas.

O manifesto condena o CRM do Mato Grosso, que quer “monopolizar o saber e a prática terapêutica no cuidado da saúde da população, menosprezando o saber milenar da medicina popular, indígena, quilombola, entre outros povos e comunidades tradicionais, transmitido oralmente entre as gerações”.

Fonte: ALC

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