Presidente da Associação Catarinense de Avicultura, Clever Pirola Ávila, reclama que União Europeia continua a aplicar medidas protecionistas para beneficiar produtores europeus, camufladas como ajustes técnicos. E defende: Brasil devir ir à OMC
A venda de carne de frango para a Europa caiu 15% no primeiro quadrimestre deste ano em consequência de uma série de fatores. Um deles é a instabilidade gerada pela crise na Grécia e em outros Países com seu balanço afetado: Espanha, Portugal e Itália. O outro é de ordem fiscal: a Europa mudou a conceituação de carnes frescas "fresh meat” e modificou a taxação do peito de frango brasileiro.
Esta alteração de taxação implica em fazer uma compensação ao Brasil através do regime de cotas – matéria que já é objeto de negociação com Bruxelas. O Brasil está concluindo um estudo para a abertura de um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) para discutir a decisão da União Europeia em criar mais restrições ao ingresso da carne de frango naquele continente. Essa posição é defendida pelo presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Clever Pirola Ávila, pois indústrias e criadores catarinenses são os mais prejudicados pelo protecionismo do velho mundo.
O dirigente entende que mudar a conceituação do produto e aumentar a tributação é claramente uma medida de injustificada retaliação comercial contra a qual o Brasil deve se insurgir. “Os Europeus continuam a aplicar medidas protecionistas para beneficiar o produtor local, camufladas como ajustes técnicos”, observou Ávila.
Para o presidente da ACAV, a solução é encontrar outros mercados ou ampliar a venda de carne de frango para alguns dos 127 países para os quais o Brasil exporta. O país já está fazendo isso com o Canadá, a Ásia e a África. Mas, esse desafio é grande porque, além de barreiras protecionistas, a situação cambial – com o real sobrevalorizado em relação ao dólar – faz o produto brasileiro perder competitividade.
De janeiro a abril deste ano, o Brasil exportou 1,16 milhão de toneladas que renderam 1,99 bilhão de dólares. O volume baixou 1,43% e a receita aumentou 18%. Santa Catarina, maior Estado exportador, vendeu 307 mil toneladas e faturou 594,5 milhões de dólares.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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