Por 559 votos a favor e 451 contrários, a Assembléia Geral da Igreja Evangélica Luterana na América (Elca, a sigla em inglês) aprovou, na sexta-feira, 21, a abertura do ministério ordenado a pastores gays e pastoras lésbicas que vivam numa relação estável. A Elca tem 4,6 milhões de membros.
Antes da votação na Assembléia, reunida de 17 a 23 de agosto, os 1.045 delegados com direito a voto debateram o tema da sexualidade humana. Na quarta-feira, 19, adotaram declaração social sobre o tema como uma ferramenta educativa e um guia da política da igreja sobre a sexualidade humana. O tema do encontro versou sobre “A obra de Deus em nossas mãos”.
Mesmo antes do debate de tema tão controverso, a Assembléia aprovara, por 771 votos a 230, resolução que compromete a igreja a respeitar as diferenças de opinião sobre o assunto e honrar os "laços de consciências" de quem não está de acordo com o mesmo.
Durante as horas de discussão, conduzidas pelo bispo presidente da Elca, reverendo Mark S. Hanson, os delegados tiveram vários momentos de reflexão para orar como assembléia, outras vezes em pequenos grupos.
As discussões demonstraram que o tema da sexualidade deve ser debatido em profundidade. O pastor Richard Mahan, do Sínodo da Virgínia do Oeste e de Maryland, manifestou-se contra a abertura do ministério sacerdotal a gays e lésbicas, porque considera-a contrária aos ensinamentos bíblicos.
“Não posso compreender como a igreja que conheci por 40 anos pode apoiar aquilo que Deus condenou", defendeu. "Isso significa que a partir de agora se diz que nas Escrituras a homossexualidade e o casal de pessoas do mesmo sexo são aceitáveis por Deus", agregou.
Outros expressaram que a ampla aceitação de pessoas de orientação gay na igreja era consistente com a Bíblia. O bispo Gary Wollersheim, do Sínodo da Elca do Norte de Illinois, disse que este era um tema de justiça e de hospitalidade, representando aquilo que Jesus espera das pessoas. Wollersheim anunciou que foi fortemente influenciado pelo diálogo nos encontros de jovens realizados em seu Sínodo.
Alguns oradores argumentaram que a aprovação de tal medida afastaria membros da Elca e provocariam uma diminuição no número de fiéis. Allison Gutte, do Sínodo Metropolitano de Nova Iorque, frisou que viu congregação florescerem porque se comprometeram com esse tema ao reconhecerem os dons de pastores gays e pastoras lésbicas.
Fonte: ALC
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