É um tema bastante estudado e para muitas mulheres é fator de certificação do bem estar sexual. Várias conjecturas já foram feitas para tentar explicar o baixo desejo sexual. Algumas delas, na esfera social, levantam discussões sobre a superpopulação mundial, em que a forma da natureza diminuir e controlar a natalidade (número de nascimentos) seria suprimir o interesse sexual.
Conjecturas do ponto de vista orgânico procuram responsabilizar o balanço alterado de algumas substâncias cerebrais pela diminuição da motivação sexual, ou mesmo, culpar algum defeito físico ou alguma doença pelo desinteresse.
Já a perspectiva psíquica aborda traumas e inibições sofridas, muitas vezes, em tenra idade ou em épocas onde a desilusão é o motivo maior de quebrar o paradigma do binômio amor/sexo ou emoções/repressões. A questão é que hoje, na atual forma da medicina ver os transtornos e as doenças em geral, o que determina os males é uma rede intrincada de fatores.
Na grande maioria das vezes, estes fatores agem conjuntamente, reforçando-se mutuamente. Na forma correta de se pensar é saber que o corpo humano é um todo que funciona de maneira harmônica e coerente e atua diretamente com o meio ambiente presente. Dessa forma, ao se falar em Transtornos do Desejo Sexual, estamos discutindo uma série de causas diferentes, mas com uma forma de apresentação clínica que pode variar apenas entre dois quadros distintos: O Desejo Sexual Hipoativo e a Aversão Sexual.
A aversão sexual ou evitação fóbica nada mais é do que o sofrimento causado pela premente necessidade de evitação de oportunidades e de encontros sexuais com parceiros, devido a sensações de desagrado, de medo, de "nojo", de repulsa e de perigo iminente. Por vezes, a razão da repulsa são as secreções genitais; em outros casos, o simples pensar em sexo, o toque ou o beijo já é evitado com angústia. Também podem aparecer sinais de pânico, como náuseas, suor excessivo e falta de ar quando a pessoa tenta enfrentar esse medo, aproximando-se de seu parceiro.
Desejo sexual hipoativo
O desejo sexual hipoativo é a diminuição ou ausência total de fantasias e de desejo de ter atividade sexual. Simplesmente, a pessoa sente que tanto faz ter sexo ou não, pois não faz falta para si. Há um grande sofrimento por sentir essa desmotivação e pelos problemas que causa a um casal, gerando comumente conflitos, que muitas vezes levam a separações.
O que causa o baixo desejo sexual
Sempre devemos observar se há alguma causa orgânica determinando a baixa do desejo ou a aversão, como, por exemplo, os desequilíbrios hormonais, os nódulos, infecções nos genitais ou o uso de algumas medicações que têm, como efeito colateral, a diminuição do apetite sexual. Enfim, deve-se falar sempre com o médico a este respeito, pois na imagem do ginecologista reside um profissional habilitado a orientar e muitas vezes fazer um tratamento de suporte especializado para ajudar a resolver estes problemas.
Algumas doenças psiquiátricas, como a depressão, podem também suprimir a motivação por sexo. As causas psicológicas mais profundas são:
- situações traumáticas de abuso sexual,
- mensagens anti-sexuais durante a infância,
- comportamento sedutor por parte dos pais,
- dificuldade em unir amor com sexo na mesma pessoa (esposa X prostituta),
- culpas,
- raivas entre o casal,
- competição temida com o pai ou mãe, entre outros.
Existe cura para os transtornos do desejo sexual?
Os problemas de desejo são bastante desgastantes, pois acabam afetando toda a motivação de vida de uma pessoa e também de seu cônjuge ou parceiro.
Entretanto, existe tratamento, é recomendável procurar um psiquiatra especializado em sexualidade humana para fazer uma avaliação. Evidentemente que em primeiro lugar, será necessário examinar com um ginecologista, para saber se o problema não é orgânico. Depois, uma revisão será feita para ver se existe alguma medicação que possa ser usada para aliviar os sintomas, visto que, em alguns casos de aversão, por exemplo, certas medicações podem ajudar muito.
Geralmente, alguma forma de psicoterapia pode ser indicada. Como, por exemplo:
- a Cognitivo-Comportamental (tarefas),
- a Nova Terapia Sexual (combina tarefas com terapia focal) e
- a Psicoterapia de Orientação Analítica (mais utilizada para elaboração de traumas mais profundos).
Fonte: Site Médico
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