8 de dezembro de 2009

Dor no ombro, fraqueza e perda de mobilidade? Pode ser hora de procurar um especialista

Dor no ombro, fraqueza e perda da mobilidade são sintomas que podem levar ao diagnóstico de ruptura do manguito rotador. O alerta é do médico ortopedista Joaquim Reichmann, diretor da Clínica Reichmann de Chapecó, especializada em ortopedia, cirurgia do joelho, ombro, quadril e traumatologia. O manguito rotador auxilia na elevação e na rotação do braço, além de funcionar como estabilizador da articulação do ombro. É formado por quatro músculos (subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e redondo menor) que cobrem a cabeça do úmero e têm grande importância na estabilização, na força e na mobilidade do ombro.

Conhecida como uma das causas mais comuns de dor e limitação funcional em ombros na idade adulta, a ruptura do manguito rotador ocorre com maior frequência no supra-espinhoso, mas outros tendões podem estar envolvidas. É mais comum em pessoas acima dos 40 anos de idade, no entanto, pode ocorrer em pessoas mais jovens devido a trauma agudo, trabalho repetitivo com os braços acima da cabeça ou atividade esportiva. Também pode surgir junto a outras lesões como fraturas e luxações.

Reichmann explica que os sintomas de uma ruptura do manguito rotador podem ser agudos ou ter um início gradual. Dor aguda usualmente segue-se a um trauma como levantamento de peso ou queda sobre o braço, mas normalmente o início é gradual e pode ser causado por esforço repetitivo acima da cabeça ou por desgaste e degeneração do tendão.

Outro sintoma é a dor na frente do ombro que corre para baixo na parte lateral do braço, para o pescoço e escápula. Inicialmente, a dor pode ser leve e somente em atividades com os braços acima da cabeça. Com o tempo, a dor aparece até mesmo durante repouso. Pode haver dor ao deitar-se de lado e também à noite.

Podem surgir, ainda, rigidez e perda de movimentos do ombro afetado, dificuldade de realizar atividades diárias como pentear o cabelo e vestir-se. Quando a ruptura ocorre com uma lesão aguda, pode haver dor súbita, sensação de estalido e fraqueza imediata do braço.

O diagnóstico de uma ruptura do manguito rotador é baseado nos sintomas, exame físico, raios-X, e estudos de imagem como o ultra-som e a ressonância magnética. Alguns dos sinais de uma ruptura do manguito rotador incluem: atrofia dos músculos do ombro, dor na elevação do braço, dor ao abaixar o braço após uma elevação completa, fraqueza ao elevar ou girar o braço, estalidos ou sensação de atrito quando mover o ombro em algumas posições.

Raios-X do ombro com uma ruptura do manguito rotador podem mostrar um pequeno esporão. Por este motivo, pode ser necessário outro exame como uma ultra-sonografia ou ressonância magnética. “Estes exames podem visualizar melhor as estruturas musculares e tendinosas como o tendão do manguito rotador”, destaca Reichmann.

TRATAMENTO - Em muitas situações, o tratamento conservador (não-cirúrgico) pode resultar em alívio da dor e recuperação da função do ombro. As opções de tratamento podem incluir repouso e limitação das atividades acima da cabeça, uso de tipóia, medicações antiinflamatórias, exercícios de fortalecimento e fisioterapia.

A recuperação da força e da mobilidade pode demorar semanas ou meses. Caso o tratamento conservador não apresente resultados significativos, pode ser necessária a realização de cirurgia. Muitas cirurgias podem ser realizadas em ambulatório, sem ser necessária a internação do paciente. De modo geral, podem ser utilizadas três abordagens para o reparo cirúrgico:

Reparo Artroscópico - Um artroscópio de fibra óptica e pequenos instrumentos são inseridos no ombro através de pequenos orifícios puntiformes ao invés de uma incisão aberta. ‘O artroscópio é conectado a um monitor de televisão e o cirurgião pode realizar o reparo através da imagem do vídeo.

Reparo através de uma mini-incisão - Novas técnicas e instrumentos permitem os cirurgiões a realizar um reparo de uma ruptura completa do manguito rotador através de pequenas incisões, de 4 a 6 cm.

Reparo Aberto - Uma cirurgia através de uma incisão tradicional é geralmente necessária quando se tem uma lesão grande ou complexa, ou se uma reconstrução adicional, como uma transferência de um tendão, precisa ser feita.

Após a cirurgia, o braço é imobilizado para permitir a cicatrização da ruptura. O tempo de imobilização depende da gravidade da lesão. Passado este período, um programa de exercícios deve ser iniciado para a recuperação da mobilidade e da força do ombro.

Salienta-se que mais de 90% de todas as patologias cirúrgicas do ombro podem ser tratadas com reparo artroscópico e apresenta muitas vantagens em relação aos outros métodos cirúrgicos, como menor agressão, evitar desinserções musculares, menor tempo de recuperação, fisioterapia pós-operatória imediata, alta precoce e outras.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

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3 comentários:

  1. Um alerta importante.
    A saúde deve estar sempre em primeiro lugar.

    Abraço
    Serenissima

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  2. Olá, gostaria de um e-mail de contato para obter maiores informações sobre este assunto, uma vez que ja fui a mais de 5 médicos e nenhum acha onde o problema realmente se encontra, vindo esta explicação de encontro com os sintomas.

    No aguardo.
    Maira

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  3. Boas!

    A lesão do ombro é muito complexa e difícil de tratar. Podes fazer fisioterapia, operar, imobilizar, mas ela vai te incomodar para o resto da vida. É daquelas que deixa um relógio: com a diferença de temperatura, humidade, esforço, ela vai-te despertar!

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