Considerada pelos especialistas tão importante quanto a fisionomia, a voz é vista atualmente como parte da identidade pessoal. Portanto, é essencial que as pessoas estejam atentas para alguns sintomas como rouquidão, esforço e cansaço ao falar. Estimativas apontam que 5 a 8% da população têm alguma dificuldade vocal que atrapalha a comunicação no dia a dia.
A voz é produzida na laringe através da vibração das pregas vocais, também conhecidas como cordas vocais, que realizam seu movimento com o fluxo de ar que vem dos pulmões e com a ação dos músculos da laringe. De início o som é baixo e fraco, sendo ampliado pelas cavidades de ressonância, que são a faringe, a boca e o nariz. Após a amplificação, o som será articulado na cavidade oral por meio dos lábios, bochechas, língua, palato e mandíbula.
Segundo a fonoaudióloga do Programa de Medicina Preventiva (Univida) da Unimed Chapecó, Ana Paula de Castro Funai, o pigarro representa um sinal de que algo não vai bem. Quando ocorre com frequência pode estar relacionado a problemas de saúde como alergia, rinite, sinusite, entre outros. Pessoas que sofrem de problemas desta natureza têm maior tendência a apresentar alterações vocais.
“Além disso, doenças como bronquite, asma, rinite, sinusite, laringite e faringite podem provocar edema nas mucosas do trato respiratório, incluindo as pregas vocais, o que dificulta a vibração e gera disfonia”, explica Ana Paula.
A fonoaudióloga alerta ainda que sintomas como rouquidão pela manhã, tosse crônica, dor ou irritação na garganta podem representar a causa primária do refluxo gastresofágico. Neste caso, é necessário procurar um especialista para o tratamento e controle do problema.
Outro fator de risco para problemas vocais é o uso constante do telefone. Isso acontece porque, além de aumentar o volume da voz, toda energia da comunicação está concentrada no ato de falar. O ar condicionado também pode trazer prejuízos, pois algumas pessoas são mais sensíveis, apresentando ressecamento e alteração na voz. “Ingerir pequenos goles de água ao longo do dia auxiliam na hidratação que é um fator importante para o bom desempenho da voz”, orienta a fonoaudióloga.
Para impedir a existência do estresse vocal, a orientação é falar sem esforço e articular bem as palavras. Também é importante evitar gargalhadas exageradas, pigarrear, gritar, conversar durante a prática de exercícios físicos, proferir discursos por longos períodos e sussurrar ou cochichar. “Nessas emissões, a vibração livre das pregas vocais é bloqueada”, justifica Ana Paula.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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