Com uma taxa de 4,4 homicídios para cada 100 mil mulheres o Brasil ocupa a sétima posição dentre 84 países analisados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no período compreendido entre 2006 a 2010. Em primeiro lugar aparece El Salvador, com 10,3 homicídios para cada grupo de 100 mil mulheres, seguido por Trinidade y Tobago e Guatemala, com 7,9, Rússia, 7,1, Colômbia, 6,2, e Belize, com 4,6.
Em 30 anos, de 1980 a 2010, foram assassinadas 91,9 mil mulheres no Brasil mostra o documento Mapa da Violência 2012, elaborado pelo Instituto Sangari, de São Paulo. Os femicídios acontecem geralmente na esfera doméstica, quase a metade dos crimes é perpetrada pelo parceiro ou ex-parceiro da mulher.
Outro relatório, sobre o Peso Mundial da Violência Armada, revela, no capítulo “Quando a vítima é uma mulher”, que os altos níveis de feminicídio vão acompanhados, frequentemente, de elevados níveis de tolerância da violência contra as mulheres e, em alguns casos, resultam dessa intolerância.
Um dado relevante do Mapa da Violência brasileiro mostra que os pais são os principais responsáveis pelos crimes em vítimas até os 14 anos de idade. Até os 4 anos de idade das vítimas, as mães são as maiores autoras dos assassinatos e a partir dos dez anos destaca-se a figura paterna.
O pai é substituído pelo marido ou namorado, ou os respectivos ex, em mulheres que são vitimadas a partir dos 20 anos até os 59 anos de idade. Nos crimes de vítimas com idade acima dos 60 anos são os filhos que assumem preponderantemente esse papel.
A arma de fogo é o principal instrumento de morte tanto nos homicídios, em 75,5% dos casos, como nos feminicídios, em 53,9% dos casos. A seguir vêm os objetos cortantes ou penetrantes usados nos crimes, em 26% dos casos contra mulheres e em 15,5% nos assassinatos de homens.
No Brasil, o Espírito Santo é o Estado que apresenta o maior número de homicídios de mulheres, com 9,4 casos para cada grupo de 100 mil, e o piauiense, com 2,6, é o menos violento em relação às mulheres.
Dentre as capitais brasileiras, Porto Velho, em Rondônia, desponta em primeiro lugar na lista das mais violentas, com 12,4 homicídios por 100 mil, e Brasília a menos violenta, com 1,7 por 100 mil.
Paragominas, no Pará, é, dentre os municípios que têm mais de 26 mil mulheres entre os seus habitantes, o que apresenta a maior taxa de femicídio do país, com 24,7 casos, seguido de Piraquara, no Paraná, Porto Seguro, na Bahia, e Arapiraca, em Alagoas, todos com taxa acima dos 20 assassinatos por 100 mil.
Fonte: ALC
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