Assim defeniu, o juiz Roberto Lepper, a atitude do proprietário de uma choperia, ao proferir a sentença que o condenou a indenizar um cliente.
O empresário Jocemir Ademir da Veiga, proprietário da choperia Zum Schlauch, em Joinville, foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais em benefício de Bruno Otto Baetchtold, agredido no interior do estabelecimento após discussão sobre uma comanda pendente de pagamento.
Segundo o autor da ação, ele já teria quitado sua conta e saía do estabelecimento quando foi interpelado pelo proprietário e mais um segurança. Bruno foi levado para as dependências da choperia e, neste momento, agredido por Jocemir, que teria batido sua cabeça contra a parede, provocando-lhe um corte no couro cabeludo.
O empresário negou tal versão. Disse que foi o próprio cliente, embriagado, que debateu-se e chocou a cabeça contra a parede até sangrar para não ter que pagar a conta de R$ 400,00.
"Além de ser deveras fantasioso pensar que alguém, mesmo sob pressão, reaja debatendo-se contra a parede com força tal que seja suficiente para se auto lesionar, tal afirmação vai de encontro ao que disseram, num só timbre, as testemunhas ouvidas" , anotou o juiz Roberto Lepper.
Até o sócio da choperia, Norton Fabrício Silva, admitiu em seu depoimento judicial que Jocemir desferiu um empurrão na região do peito de Bruno, com força suficiente para projetá-lo para trás e provocar o choque de sua cabeça contra a parede, motivo das lesões constantes no laudo pericial.
"Pode até ser que Bruno estivesse um pouco alterado em razão das bebidas alcoólicas [...]o que, por razões óbvias, sequer deveria ter causado surpresa aos administradores da casa. Contudo, o rapaz não mostrou-se reticente à solicitação do segurança, nem deu ensanchas a receber, como retribuição, a desatinada agressão perpetrada pelo destemperado Jocemir, que, pelo visto, pensa que vive na Idade Média e não num Estado Democrático de Direito" , ponderou o magistrado
Para o juiz Lepper, mesmo que Bruno estivesse saindo sem dispor de recursos para pagar a conta – conduta que caracteriza crime previsto no artigo 176 do Código Penal, fato sequer comprovado, a solução para o impasse deveria ter sido aquela que sempre está ao alcance de todos que agem dentro da lei: acionar a autoridade policial competente.
“Ao impôr-se a justiça pelas próprias mãos com o propósito de fazer valer um suposto direito, transgrediu-se a lei. Nada – absolutamente nada – justifica o comportamento hostil manifestado por Jocemir, respaldado pelo segurança do botequim”, censurou o juiz. Para o magistrado, a agressão de Bruno foi “covarde” e “despropositada” e, com certeza, custou-lhe bem mais que o sangramento na cabeça.
O fato de ter sido agredido frente a amigos e demais freqüentadores da choperia , acrescentou, já justificaria a reparação moral. “Ser enxovalhado, tachado de caloteiro e, ainda agredido publicamente, é algo que desestrutura a psique de qualquer ser humano. O episódio dificilmente será esquecido por quem vivenciou situação tão humilhante", encerrou o juiz. Em paralelo, tramita na Comarca de Joinville ação criminal em função das lesões corporais sofridas por Baechtold. (Autos nº 038.06.058303-4/038.06.051652-3)
Fonte: TJSC
Mas os amigos não enfiaram a porrada no segurança e no imbecil do proprietário?
ResponderExcluirAs vezes nestas horas os amigos somem...
ResponderExcluire de onde tiraram que ele pensa que vive na idade média?
ResponderExcluirhttp://www.linkdahora.com.br
ResponderExcluirMAIS UMA OPÇÃO PRA VOCÊ DIVULGAR SEU BLOG
Bom, valeu a pena os amigos não ter metido a porrada. O cara faturou 20 mil e o dono do buteco ainda não esta livre de responder pelo crime. Vai pagar uma grana boa e quem sabe pega uma cana ainda.
ResponderExcluirAinda bem que os amigos sumiram.
ResponderExcluirTenho minhas dúvidas de que se os amigos tivessem feito justiça com as proprias mãos, esse cara teria recebido uma indenização tão grande e tão facil.
Segundo o juiz é pela atitude que ele tomou. Acho que na Idade Média se agia assim.
ResponderExcluirAbraços!
Mário e Bob, olhando por este lado vocês tem razão. Mas será que vale a pena apnhar por 20 mil?
ResponderExcluirAbraços!
A questão não é apanhar ou não, a questão é que no Brasil as pessoas estão muito acostumadas a tomar a justiça pelas próprias mãos, e um olho por olho deixa todo mundo cego!
ResponderExcluirPode ter certeza que essa situação vai deixar o dono do bar esperto agora!
Pois é, Lucas, dizem que o brasileiro só aprende quando dói no bolso.
ResponderExcluirAbraços!
ridiculo, bando dew amigo fdp marica que não foi ajudar!
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